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sábado, 31 de agosto de 2013

The foot on the table...Viva Obama!

Uma foto da Agence France Presse publicada pelos principais jornais do mundo e aqui reproduzida com legenda do jornal norte americano editado no Rio de Janeiro com o nome de O Globo - melhor seria The Globe - mostra a quantas anda a civilidade no pais que já foi exemplo de avanço e conquistas pela ordem de seu povo. 

               O presidente Barack Obama conversa ao telefone no Salão Oval, na Casa Branca com presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, de Ohio, enquanto é observado pelo vice-presidente Joe Biden. Obama vai pedir ao Congresso que autorize ação militar contra o governo da Síria. Foto: Pete SOUZA / AFP / The White House

O presidente Barack Obama conversa ao telefone no Salão Oval, na Casa Branca com presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, de Ohio, enquanto é observado pelo vice-presidente Joe Biden. Obama vai pedir ao Congresso que autorize ação militar contra o governo da Síria. Pete SOUZA / AFP / The White House

Você imagina a hipótese de um político colocar os pés sobre a sua mesa como forma de demonstrar descontração? Acho que seria melhor dizer falta de educação, mesmo!!!

E a propósito: de onde o The Globe tupiniquim tirou a informação de o vice-presidente Joe Biden observava Obama? O vice olha pra outro lado e só mesmo na imaginação dos sempre subservientes redatores do jornal dos irmãos Marinho...

Precisa dizer mais???

O site do jornal "O Estado de S. Paulo", o conservador órgão dos Mesquitas, publica hoje em seu site matéria que põe por terra toda a falácia que cerca a campanha contra os médicos cubanos trazidos pelo programa "Mais Médicos do governo federal classificando-os "despreparados".

Vai ver que daqui a vinte anos o jornalão paulista siga o que fez o O Globo em relação ao golpe de 64 e faça como seu parceiro em tanta campanha contra o País reconhecendo o óbvio: os médicos cubanos são melhores que os nossos. 


Médicos formados em Cuba lideram aprovações no Revalida

Dos 77 aprovados em 2012, 15 vieram da Escola Latino-Americana, que é é criticada por especialistas

Médicos formados em Cuba foram os mais aprovados no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) em 2011 e 2012. Dos 65 que conseguiram revalidar o diploma em 2011, 13 estudaram na Escola Latino-Americana de Cuba (Elam), assim como 15 dos 77 aprovados em 2012. Os dados são do Ministério da Educação (MEC) e foram obtidos via Lei de Acesso à Informação.
A escola oferece curso de Medicina para estudantes de 113 países, incluindo brasileiros saídos de movimentos populares. A instituição, porém, recebe críticas de especialistas e conselhos de Medicina brasileiros, pois seus profissionais têm de fazer um complemento nos estudos para atuar no sistema de saúde cubano. 
Para o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Cid Célio Jayme Carvalhaes, os médicos aprovados no Revalida têm o conhecimento necessário para exercer a profissão no Brasil, apesar das críticas à escola. “Sabemos que, por determinação do governo cubano, os alunos da Elam não podem atuar em Cuba sem o complemento (residência). Mas, se foram aprovados no Revalida, têm o mínimo exigido para atuar no Brasil. Eles passaram, tiveram mérito”, disse.

~Eita jornalzinho falso, sô!!!...

O jornal "O Globo", principal veículo impresso das organizações Globo, da famiglia Marinho, publicou hoje em meio a uma disfarçada "Memória" uma espécie de arrependimento pelo apoio dado ao golpe militar de 1964 e à ditadura que dele resultou. 

Foi uma confissão tardia e feita em meio a manifestações que agora se fazem às portas das emissoras de TV do Grupo que se vê enfraquecido pela queda na venda avulsa e na receita publicitária do jornal; na audiência e na veiculação de propaganda em suas emissoras de TV e na credibilidade que chegou ao mínimo na história do jornalismo brasileiro.

Durante os protestos que eclodiram em junho, a Rede Globo e veículos afiliados foram alvo dos manifestantes em diversas cidades Foto: Marcelo Brammer / Brazil Photo Press
                                Durante os protestos que eclodiram em junho, a Rede Globo e veículos
                                afiliados foram alvo dos manifestantes em diversas cidades
                                Foto: Marcelo Brammer / Brazil Photo Press

 Mas, o reconhecimento soa falso quando toda a Organização se mobiliza para criar um clima de desencanto para com o País; uma oposição canina às teses e interesses populares e uma cada maior soberba no trato com questões sociais de interesse da maioria da população. Elitista, continua a ser o que sempre foi, tapando microfones, pedindo desculpas e atacando o Brasil, talvez à espera de novo reconhecimento de erro daqui a 30 ou 40 anos...

O melhor exemplo das posições reacionária, sinistramente fascistoides de O Globo, da TV Globo, da GloboNews e da revista Época aí estão para mostrar isso. 

No entanto, fica o registro do arrependimento como o publicou o Portal Terra: 

Pressionado, jornal O Globo admite que errou ao apoiar Golpe de 1964

O jornal O Globo publicou neste sábado em seu site um texto no qual admite que errou ao apoiar o Golpe de 1964, que deu início à ditadura militar no País. Pressionado pelos protestos de junho, o jornal decidiu divulgar o documento, que tornou públicas discussões internas das Organizações Globo sobre o episódio. “Não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio (ao golpe) foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original”, diz o texto, que pode ser lido na íntegra no site Memória, que reúne a história de O Globo.

Durante os protestos que eclodiram em junho, a Rede Globo e veículos afiliados foram alvo dos manifestantes em diversas cidades. Eles acusavam a empresa de ter apoiado editorialmente a ditadura militar. Atos contra prédios da emissora foram registrados em todo o País. Ao divulgar o texto hoje, O Globo afirma que “governos e instituições têm, de alguma forma, que responder ao clamor das ruas”.

“A lembrança é sempre um incômodo para o jornal, mas não há como refutá-la".

Pensamento para o fim de semana...

Tá lá rede:

Errado: "Melhor que roubar um banco, é fundar um" (Brecht)

Correto: "Melhor que fundar um banco, é filiar-se ao PSDB"
           a imprensa não denuncia;
           a polícia não investiga;
           o MP não indicia;
           a Justiça não julga






É muito mais fácil....

E agora, José???

Sem qualquer alusão ao Zé Serra, mas mesmo assim com alvo certo, circula na rede...

As campanhas da Globo, Veja, e outros absurdos só provam 
o quanto nossa mídia é safada!!!






















E aí nos perguntamos: e agora, como é que fica??? Não tem resposta???

Sem vinho...

O comentarista econômico da inefável GloboNius, Carlos Alberto Sardenberg, desta vez sem vinho e sem apostas, critica o crescimento do PIB dessa bost... chamada Brazil na concepção dos veículos da famiglia Marinho.



Ontem, comentando no intragável "Jornal das Dez" ele diz que perdemos em crescimento para a Indonésia, o Perú e Botsuana, considerando que o país é mera porcaria qualquer no meio de nações tão importantes quanto estas no cenário econômico mundial. Em momento algum ele se referiu ao crescimento do PIB americano e dos países da Europa, ou do Japão, da Rússia e de tantos outros..

Enfim, esta m... aqui não merece qualquer elogio para o povo da Globo e seu braço de ataque ao país que acha que somos cachorrinho vira-latas a ser chutado por aí.

Isso é que é isenção e correção de análise!!!

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Justiça esquisita...



Por ser assunto que nos interessa diretamente pelos efeitos que um ataque armado de potências ocidentais contra a Síria, saímos daqui para anotar uma coisa estranha nessa crise envolvendo a Síria e os Estados Unidos. 

Com base numa questionável acusação de uso de armas químicas contra opositores internos pelo ditador Bashar Assez al Assad, os Estados Unidos assumem o papel de xerife do mundo e se dispõe a atacar o país árabe.

Até aí os Estados Unidos cumprem seu papel de nação predadora que vem cumprindo desde que se tornou independente da Inglaterra em 1776... 

Mas, daí pra frente entra uma noção esquisita de justiça: para vingar a morte de 1.456 civis sírios os Estados Unidos podem provocar a morte de milhares de outros sírios e um sem número de norte-americanos que nada têm a ver com as ambições yankees no petróleo árabe... 

É de dar medo essa noção, né não???

O "amigo da onça", outra vez...




O "Jornal das Seis", noticiário da GloboNíus, braço pago dito informativo das Organizações Globo, proporcionou hoje, outra vez, mais um momento constrangedor para sua apresentadora, Leilane Neubarth e a editora de economia do jornal quando tratavam da economia e da repercussão do crescimento do PIB brasileiro, apontado pelas duas "Inesperado e surpreendente". 


Ao entrevistar o economista Carlos Tadeu, diretor de uma corretora, no estúdio, os moçoilas cumprindo talvez a pauta negativa da emissora tentaram por todas as razões mostrar que, apesar do crescimento do PIB, o Brasil, é "mercadoria estragada", não presta, não vale nada como país, uma m.... enfim...

Mas bateram no muro. O economista, todos sorrisos com o crescimento do PIB era a expressão do otimismo com o país e seu crescimento. A coisa atingiu seu auge quando a editora de economia, insuflada pela ruiva apresentadora, desandou a falar do "custo Brasil" e da logística e infraestrutura brasileiras... O economista rebateu na hora: "Não é bem assim..."

As caras duas moçoilas foi daquelas de quem acabava de enfrentar o "amigo da onça", imortal criação do desenhista Péricles e que décadas frequentou as páginas de "O Cruzeiro", revista semanal que pontificou no jornalismo brasileiro no século passado...  

Mais uma farsa do jornal do Otavinho...

A matéria referida na postagem abaixo sobre as prefeituras que "irão demitir" médicos para substituí-los pelos cubanos é esta: 



A médica da Folha e a semana de 128 horas

É difícil saber se essa polêmica do Mais Médicos está fazendo mais estragos na reputação dos médicos ou na dos jornalões brasileiros. Nesta sexta (30), dois jornalões (Folha e O Globo) dão destaque à triste história da Dra. Junice Maria Moreira, médica do programa Saúde da Família, que teria sido demitida para "dar lugar a um cubano" em Murici, interior da Bahia. Para azar dos jornalões, uma repórter seguiu o princípio básico de dar voz ao outro lado. Por André Borges Lopes.



É difícil saber se essa polêmica do Mais Médicos está fazendo mais estragos na reputação dos médicos ou na dos jornalões brasileiros.

Hoje (30) – não por coincidência – dois jornalões (Folha e O Globo) dão destaque à triste história da Dra. Junice Maria Moreira, médica do programa Saúde da Família, que estaria sendo sumariamente demitida para "dar lugar a um cubano" em Murici, povoado da cidade de Sapeaçu, BA. A denúncia foi plantada na imprensa pelo CRM da Bahia.

Os links:

Folha: "Disseram que eu tinha que dar lugar a um cubano"

O Globo: Prefeituras substituem médicos por profissionais do programa do governo.

Muito bem. Aí a gente acessa o serviço CNESNet da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde e pede uma busca pelo nome da doutora Junice Maria Moreira .

Descobre-se que a essa médica tem quatro vínculos empregatícios ativos, dois deles de 40 horas no Programa de Saúde da Família e mais dois de 24 horas cada como médico clínico (tela anexa). Total de 128 horas semanais (improváveis 18 horas e meia por dia, de segunda a segunda). Com um detalhe: os vínculos públicos são com prefeituras de três cidades diferentes (Murici, Queimadas e Jiquiriçá no interior baiano) distantes 357 km entre si, 4h40 de viagem segundo o Google Maps.

Com essa carga de trabalho insana e atendendo em três municípios distantes é de se supor que a Dra. Junice encontrasse dificuldades para cumprir seus horários contatados. Pois foi exatamente isso que constatou a repórter Louise Lobato do jornal Correio ao seguir o princípio básico de dar voz ao outro lado (relegado ao mero registro de um desmentido formal nas matérias da Folha e d'O Globo).

Da matéria da Louise:

"O secretário de Saúde da cidade, Raul Molina, desmentiu as alegações. 'Ela disse que está sendo substituída por um médico estrangeiro, mas isso não é verdade. A demissão aconteceu não para economizar recursos da prefeitura, e sim porque esta médica não está cumprindo o contrato. Ela se recusa a cumprir a carga horária determinada, de 40 horas, e ao invés disto, trabalha somente durante um turno, duas vezes na semana. Ou seja, apenas 12 horas', afirmou. 'Há três meses, nós comunicamos para a cooperativa que ela não estava cumprindo a carga horária, e pedindo a substituição. Contudo, a cooperativa disse que não tinha nenhum outro médico disponível para substituí-la. Por causa disso, demos entrada no pedido para participar do Mais Médicos', relata o secretário Molina."

Bem, se a Dra. Junice é uma amostra do tipo de profissional da saúde pública que está sendo trocado pelos médicos cubanos, continuo achando que o Brasil está fazendo um excelente negócio em trazer los hermanos.

(*) André Borges Lopes é professor universitário e produtor gráfico. Texto publicado originalmente na página do Facebook do autor.

O bom médico...

Em tempo em que o conceito dos médicos foi jogado na lata de lixo pelos mauricinhos e patricinhas e pelos Conselhos insuflados pela indústria farmacêutica, laboratórios e planos de saúde, Luís Nassif, com a percepção de sempre faz uma boa análise dos rumos do conceito público de nossos profissionais da medicina. 


O suicídio de imagem da medicina brasileira


Coluna Econômica

Prefeito de Vargem Grande do Sul, tio de minha mãe, o médico Bié Mesquita tinha um consultório com duas salas. Numa, os clientes que podiam pagar pela consulta; na outra, os que não podiam. Revezava o dia inteiro atendendo a ambos. Em frente o consultório, montou uma farmácia, mas ninguém sabia que era dele. Os pacientes necessitados saíam do consultório com a receita e a recomendação para aviar na farmácia em frente. Lá, eram informados de que não precisariam pagar nada.
Em Poços de Caldas, o pediatra Martinho de Freitas Mourão atendia de manhã os necessitados, de tarde os que podiam pagar.
Não havia equipamentos sofisticados. Eram tempos longínquos, no interior, com acesso a no máximo uma máquina de raio X. Tinham o estetoscópio, a paleta para colocar sob a língua do paciente e o conhecimento acumulado pelo curso e pela prática. Salvavam vidas.
***
Não são exemplos isolados. Na medicina nacional, grandes nomes, médicos bem sucedidos, cirurgiões consagrados passaram a dedicar parte de sua atividade à saúde pública ou atendimento em hospitais públicos. É assim com Adib Jatene, Miguel Srougi e tantos outros. A medicina brasileira forneceu alguns dos maiores homens púbicos do país, sanitaristas como José Gomes Temporão, David Capistrano, José Veccina Neto. Ajudou na criação de um modelo federativo através da obra monumental do SUS (Sistema Único de Saúde).
***
Mesmo os Conselhos de Medicina têm um histórico digno. Não fossem os médicos voluntários do Conselho Regional de Medicina atenderem a um pedido e se deslocarem para o Instituto Médico Legal (IML), em maio de 2006, o número de assassinatos da Polícia Militar teria dobrado.
***
Por todo esse histórico, é chocante a maneira como Conselhos de Medicina e médicos em geral reagiram à vinda dos médicos cubanos e, antes disso, nas manifestações de rua, portando cartazes agressivos contra políticos, como se fossem os mais vulgares dos trolls de Internet.
Conseguiram jogar a imagem da profissão na lata de lixo, apresentando-se para a esquerda como elitistas insensíveis e para a direita como corporativistas rançosos.
***
A própria velha mídia, que estimulou inicialmente os ataques aos cubanos, levantando os argumentos mais inverossímeis para o que era uma medida de saúde pública, recuou, deixando os movimentos médicos com a broxa na mão, expondo a imagem do médico brasileiro a críticas de todos os quadrantes.
***
Raras vezes assisti a um suicídio de imagem tão amplo e irrestrito.
Agora, é hora de defender a categoria dessa malta que a representou nas manifestações. A medicina brasileira não são aqueles manifestantes, não são os CRMs que estimularam as agressões vergonhosas contra cubanos.
A medicina brasileira é Bié e é Martinho, é Jatene e é Zerbini, são os sanitaristas que desenharam um novo sistema de saúde, é a estrutura das santas casas de misericórdia, que seguraram a peteca em séculos de descaso público com a saúde, são os médicos do serviço público que cumprem com garra sua missão.
Espera-se que os verdadeiros médicos tenham a coragem de vir a público para consertar o estrago que esses vândalos cometeram contra a imagem da categoria.

***

E como complemento, acrescemos uma boa lembrança da medicina na pequena Campanha, no Sul de Minas até a década dos setenta do século passado, quando as duas mais proeminentes figuras da política e da vida social da cidade, os médicos Manoel Valadão e Zoroastro de Oliveira Filho - este com notável descendência de médicos de renome em diversos campos da mais avançada medicina brasileira - se revezavam na Prefeitura e no atendimento aos pobres da cidade. 

Não havia na velha Campanha de então, pobre que ficasse sem atendimento por um ou por outro que na prática médica jamais fizeram qualquer distinção entre ricos e pobres e, curiosamente, mesmo sendo um do PSD e o outro da UDN, sem qualquer discriminação de caráter político. 

Eram médicos na verdadeira acepção da palavra e de seu juramento de classe...

FHC, o "príncipe" e o livro...

Paulo Henrique Amorim é jornalista de nomeada além de apresentador do programa semanal de variedades da Rede Record aos domingos e editor do site "Conversa Afiada". Vez por outra, PHA - como ele faz referência a si mesmo - dá uma de jornalista dos velhos tempos e sai a campo com entrevistas objetivas e instigantes.

Essa que segue abaixo foi feita com Palmério Dória que está lançando numa forma de continuidade ao "Privataria Tucana" do Amaury Ribeiro Jr. o livro "O Príncipe da Privataria", uma referência desde o título ao autor da maior roubalheira que já se fez neste País que quase foi todo vendido por Fernando Henrique Cardoso - o imortal Barão do Higienópolis.

 :

Foto Brasil 247



Vale a pena ler...

PHA: Esse livro tem uma revelação – entre muitas – que é a identidade do ”Senhor X”, o homem que conta tudo sobre a reeleição de Fernando Henrique Cardoso. Palmério, quem é o “Senhor X”?
Palmério: O “Senhor X” é uma eminência parda do Acre, isso a gente percebeu logo que o encontrou.

Uma figuraça, elétrica!

Ele é dono de uma retransmissora do SBT; dono de academias de ginástica; prédios e até de um cemitério.

Na campanha da reeleição, ele pegou pela proa a bancada acreana e tirou deles a confissão de que a reeleição estava sendo comprada pelo Serjão Motta (ex-ministro das Comunicações do Governo FHC); Orlei Cameli, então governador do Acre; e pelo Amazonino Mendes (ex-governador do Amazonas).

Isso era só a frente acreana. Na verdade essa compra, pelas contas do Senador Pedro Simon (PMDB-RS), chega a 150 deputados, pelo menos. 
















À esquerda, Palmério, que deixou para o fim uma estrondosa gargalhada. 
À direita, Narciso na época das gravações


PHA: Ele (o ”Senhor X”) se chama Narciso Mendes, não é isso?
Palmério: Isso, chama-se Narciso Mendes.

É um potiguar; passou por Belém; casou com uma moça chamada Célia; foi viver no Acre e fez a vida lá.

Foi deputado na Constituinte, depois não se reelegeu, mas a mulher dele se elegeu. Daí ele tinha acesso livre ao Congresso.

Como é um cara muito simpático, despachado, desempenado, ele foi procurado pelo repórter Fernando Rodrigues, da Folha (*), que através de uma intermediação feita pelo Carlos Aírton – outro deputado da época (também do estado do Acre) – Narciso começou a gravar com um gravadorzinho pequenino, que o Fernando Rodrigues tinha, japonês.

Nem precisava perguntar, as pessoas já chegavam contando tudo.

Isso dessa porção acreana da compra de votos.

Agora, o Narciso é também um segredo de polichinelo, né?


PHA: Por quê?
Palmério: Porque todo mundo sabe que esse homem existe, que é o Narciso Mendes, e ninguém se ocupou, ninguém quis ouvi-lo; chegar lá e dizer: “então, o senhor é o ”Senhor X”, vamos conversar”.


PHA: E o Fernando Rodrigues reproduziu as gravações na Folha…
Palmério: O Fernando Rodrigues reproduziu, essa matéria teve grande repercussão, o Fernando Rodrigues na época foi capa na revista Caros Amigos. Aliás, a capa foi o próprio gravador que ele usou nas gravações com o ”Senhor X”.

Pena que tenha chegado dez dias depois de a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) – que naquela época era a CNBB de guerra – denunciar que havia um esquema de compra de votos. Algum tempo depois, veio a matéria (da Folha).


PHA: Então, o Narciso Mendes gravou, passou a gravação ao Fernando Rodrigues, que transcrevia a gravação e sempre se referia a ele, Narciso, como ”Senhor X”?
Palmério: Sempre se referia a ele como ”Senhor X”, e assim ele apareceu na capa de Caros Amigos.


PHA: Por que o ”Senhor X”, que era um segredo de polichinelo, resolveu sair da toca e se identificar agora ?
Palmério: Ele passou por maus bocados de saúde e achou que tinha de contar essa história antes de morrer.

Mas, o fato é que ele está muito longe disso, ele tem saúde para dar e vender e, seguramente, vai viver mais do que eu.

Ele tem um cemitério lá, né? Ele me levou para conhecer o cemitério e eu me candidatei a uma vaga para quando eles implementarem a cremação.

PHA: Você diz que as gravações se referem à compra de votos para a reeleição de Fernando Henrique na bancada do Acre. Quanto se pagava por deputado na bancada do Acre?
Palmério: Pagava 200 mil reais. Era um esquema dos tempos dos coronéis, pagava-se em cheque.

Era uma espécie de pré-pago. Depois (de votar) eles trocariam o cheque.

Mas, ai, alguém os advertiu: cheque, né? É como alguém dar um cheque para um traficante – não estou comparando os deputados com os traficantes, mas é por ai.

Ai alguém falou: “é melhor pagar em dinheiro”. Ai passaram a fazer o pagamento em dinheiro, os deputados saiam com sacolas de dinheiro.


PHA: E quem é que comprava?
Palmério: Nessa operação, no caso do Acre, o Amazonino Mendes, então governador do Amazonas; o Orlei Cameli, do Acre, e outros que eu não sei.

Mas, o Acre é apenas uma ponta, como o Pedro Simon deixa claro.


PHA: O seu livro fala que, nas conversas (gravadas) aparecia claramente, como última instância do processo, o Sérgio Motta, ministro das Comunicações do Fernando Henrique.
Palmério: Isso. Aparece na época claramente nos jornais. Publicaram o envolvimento dele, as acusações contra ele.

E depois, o Fernando Henrique, sem citar o nome de Narciso Mendes, fala desse episódio no livro ”Arte da Política” – um catatau de umas setecentas páginas, naquele estilo gorduroso de que você fala, né?


PHA: Isso, cheio de colesterol…
Palmério: Cheio de colesterol!

O fato é que é segredo de polichinelo, Paulo, porque todo mundo sabia quem era a peça, quem era a figura, quem fez as gravações. A certa altura do livro, o Fernando Henrique, sem citá-lo, começa a falar dele, começa a desqualificá-lo.

Mas, o fato é que falaram em CPI nessa época, e não houve CPI. A Comissão de Constituição e Justiça ouviu alguns deputados – como você sabe, dois deputados acreanos renunciaram logo em seguida, sobre pressão.

Muito bem, o fato que é que quando se falava em ”Senhor X”, ninguém quis ouvi-lo, nem CPI nem a Comissão de Constituição e Justiça.


PHA: Então são 200 mil em dinheiro, para a bancada do Acre. O Pedro Simon calcula que tenham sido comprados 150 deputados. Então é 200 mil, vezes, 150, não é isso? E em dinheiro vivo!
Palmério: Em dinheiro vivo! Bufunfa; massaranduba; e em sacolas.

E eu acredito que os comprados do “sul maravilha” não se venderam por 200 mil reais.

PHA: Então deve ter sido mais ? Mais de 30 milhões de reais ?
Palmério: Eu acho que sim, acho que sim.

O problema do tucanato é o seguinte: eu até te perguntei de quanto deveria ter sido a roubalheira e você não consegue mensurar. Eu acho que nem um computador de última geração desses da NASA consegue mensurar a escala de roubo quando você fala de tucanato.


PHA: Agora tem esse negócio de Trensalão.
Palmério: É, não dá pra você calcular…


PHA: Palmério, o Fernando Henrique já se referiu a esse episódio dizendo que ele e o PSDB não precisavam comprar ninguém, porque a maioria absoluta era a favor da reeleição. No seu livro,  o Narciso Mendes contesta esse argumento. Como é que o Narciso contesta isso?
Palmério: Ele diz que, por exemplo, o Orlei Cameli não se candidatou à reeleição.

Já começa por ai. No caso acreano, o governador não se candidatou à reeleição. Ele desmonta a tese do Fernando Henrique com esse simples fato.


PHA: Outro argumento do Fernando Henrique é que ele não precisava (buscar a reeleição), mas quem precisava eram os governadores, que estavam tão interessados na reeleição quanto ele. Porque se beneficiariam. Então, pelo mesmo raciocínio do Cameli, você desmonta esse argumento.
Palmério: Claro, Claro, sem a menor dúvida.

Então, você vê o esforço que foi feito para ele ( Narciso) não ser ouvido. Como se passam 13 anos e esse cara nunca foi procurado para falar ? Nunca.


PHA: Você acredita que o Luís Eduardo Magalhães – você cita ele no seu livro como presidente da Câmara – interveio nesse processo bombardeando a ideia de uma CPI, é isso?
Palmério: Sim, sim, foi criado ali um bloqueio total.

Era o bate-bola permanente entre os dois, os dois que faleceram, o Luís Eduardo e o Serjão.

O Serjão era o grande operador, ele e seu projeto de 20 anos (de tucanos no poder).


PHA: Você reproduz no livro uma frase muito interessante do Serjão: “95% das coisas que eu digo foi o Fernando Henrique quem falou; os os outros 5% é o que ele pensa e não diz”.
Palmério: Ou seja, é impossível, que o Fernando Henrique não soubesse do que estava rolando nos bastidores.

O desconforto com o qual ele fala disso no livro é a maior bandeira.


PHA: O livro “Príncipe da Privataria” é, na verdade, um perfil muito rico, muito detalhado, uma pesquisa minuciosa feita por você e pela sua equipe, e que trata de muitos assuntos.

Trata da Privataria de uma forma geral; trata de outros tipos de financiamento da campanha do Fernando Henrique, como a ligação dele com o então presidente do Banco Bamerindus (Andrade Vieira); trata do processo vil que foi a venda da Vale do Rio Doce.

Tem um episódio muito importante narrado pelo delegado Protógenes Queiroz, que é uma ligação muito mal explicada pelo Fernando Henrique – a relação dele com títulos da dívida externa brasileira em posse do banco francês Paribas.
Palmério: De quando ele era ministro da Fazenda e o Armínio Fraga era o homem do Banco Central.


PHA: Tem um componente importante desse seu livro que é a cumplicidade da imprensa brasileira no episódio do filho que o Fernando Henrique Cardoso pensou por muito tempo ter tido com uma jornalista da TV Globo.

Qual é a relação desse episódio com a TV Globo? Como que a Globo participa desse processo de acobertar um fato público, que é o presidente da República ter um filho, ou supor ter um filho, com uma jornalista de vídeo, da emissora de televisão mais vista do país.

Onde se casam – sem trocadilhos – Fernando Henrique Cardoso e a Globo nesse caso do filho que ele reconheceu e que, na verdade, não era dele.
Palmério: É o Proer da imprensa, eis aí uma tese de doutorado, Paulo Henrique. A figura central da TV Globo nesse caso é o Alberico Souza Cruz – que tomou o lugar do Armando Nogueira depois que manipulou aquele debate Lula x Collor.

Então, ele passou a circular com desenvoltura por Brasília.

Ele era amigo da Míriam Dutra (jornalista que teve o suposto filho de FHC) – ela era subordinada dele, né? – e era muito amiga da Rita Camata (ex-deputada federal), que, por coincidência, começou a aparecer em todos os espaços (da Globo), especialmente no Jornal Nacional.

Ele (Alberico) era um dos bombeiros. O  outro era o José Serra, o planejador; e o Serjão, o operador.

Foram eles que operaram a transferência da Míriam para SIC, (Sociedade Independente de Comunicação), em Portugal (associada à Globo).

Não à toa: o Alberico é padrinho do Tomás (suposto filho de FHC).


PHA: Então, o Alberico remove a Míriam para Lisboa e apadrinha o menino?
Palmério: Apadrinha o menino, depois ela é transferido para Barcelona.

Agora, como houve o Proer dos bancos houve um Proer da imprensa.

Um dinheiro oficial, e até mesmo privado, em uma quantidade imensa, incalculável, para comprar o silêncio da mídia sobre o filho de Míriam Dutra, o “bolsa pimpolho”, como muitos denominaram.

Eu acho que todos os veículos de comunicação investigaram o caso, mas não publicaram. Alegaram que era para ter e usar apenas se o concorrente furasse; matéria de gaveta, como se diz.

Isso lembra um arsenal dissuasório, como se diz: ”olha, há bombas nucleares suficientes para destruir o planeta ‘N’ vezes, mas não é para usar, é para ter”. Então a chantagem campeia pela imprensa, né?


PHA: Na verdade, o que eu chamo de PIG, aqui, no nosso site, não chegou a usar essa bomba.
Palmério: Não, não usou. E depois na matéria da Caros Amigos nós ouvimos, um a um, os diretores de redação de jornais e revistas da época.


PHA: E isso está no livro também. Palmério, só para concluir: depois de muito tempo, ficou confirmado que o filho que o Fernando Henrique supunha ter não era dele, era de outra pessoa.

E tem no livro – e é evidentemente que não podemos revelar aqui – uma cena de comédia italiana, que é o diálogo de Fernando Henrique e Míriam Dutra depois que ficou comprovado que o filho não era dele.
Palmério: É, um amigo meu disse que deu uma estrondosa gargalhada com o fim do livro.
Agora eu só queria dizer uma coisa para você, Paulo Henrique, esse é um bom livro para ler na Semana da Pátria, não é?


PHA: Aliás, o 7 de Setembro que Fernando Henrique qualificou como uma palhaçada.
Palmério: Exatamente, Exatamente…


PHA: Parabéns, Palmério, depois de desmontar o pessoal do ”Honoráveis Bandidos”, do José Sarney – quantos livros já vendeu o José Sarney?
Palmério: O Zé Sarney já vendeu cerca de 130 mil livros. Mas, a turma do Zé Sarney, perto dessa turma do Fernando Henrique, não passa de amadores. É outra escala.


PHA: Os ”Honoráveis Bandidos” são amadores…
Palmério: É, é outra escala, outra escala…

***

A propósito aí está um bom convite: 


Transmissão pela Rede Brasil Atua e blogs como Conversa Afiada, Blog da Cidadania, Viomundo e outros

Quem puder ir não vai perder viagem...

O PIB e o trem...

Diz uma antiga avaliação que "economista é o sujeito que, viajando no último vagão, tenta adivinhar pelo balanço do mesmo, a direção do trem"...

Pois não é que parece isso mesmo!

Hoje saiu o resultado do crescimento do Produto Interno bruto do País no 2º trimestre de 2013 apontando crescimento de 1,5% o que já faz somar um crescimento de 2,1% neste ano e 3,3% nos últimos doze meses. 

Apesar disso, as manchetes do sites dos grandes jornais e portais ainda mostram economistas criticando... Em alguns, como no UOL, da inefável Folha do Otavinho, tá lá que o "Crescimento de 1,5% Alta do PIB não garante retomada da economia, dizem analistas"

Da´ki a confirmação do velho ditado acima. 

O Portal do "O Estado de S. PaULO" - o "Estadão" dá um gráfico bem elaborado e manchete positiva para o fato: 

PIB brasileiro cresce 1,5% no 2º trimestre




Agora é esperar que o Nerval, Míriam, Tio Rei, Jabur e outros "coisos" vão dizer contra...

Recomeçou o besteirol...




Começou a manipulação... Hoje a Folha de S. Paulo, aquele conjunto de papel sem vergonha do Otavinho, deu o sinal de partida para a nova frente de batalha dos corporativos médicos da máfia branca; laboratório e planos de saúde contra o programa "Mais Médicos" que pretende levar atendimento médico aos pobres dos rincões. 

Com manchete e evocando uma hecatombe de demissões em massa de médicos país afora, a inefável Falha trombeteia linha do novo ataque. "Prefeituras vão demitir médicos para receber equipes de governo"... É o fim... É o desastre... Em breve veremos milhares de médicos mendigando migalhas nas portas das igrejas... Meu Deus!!!


A Falha de S. Paulo só não diz que a sua reporcagem apurou que a demissão de médicos vai ocorrer - como diz a maté4ria sem especificar quantos médicos - EM APENAS ONZE DOS 3.567 municípios cadastrados no programa e que esse número talvez não chegue a vinte ou vinte e cinco doutores que se acostumaram a fraudar horário e ponto de trabalho para manter suas clínicas. 


Prefeituras vão demitir médicos para receber equipes do governo


LUCAS REIS
DE MANAUS
AGUIRRE TALENTO
DE FORTALEZA
NELSON BARROS NETO
DE SALVADOR
DANIEL CARVALHO
DO RECIFE




Para aliviar as contas dos municípios, médicos contratados por diferentes prefeituras no país serão trocados por profissionais do Mais Médicos, programa do governo Dilma Rousseff (PT) para levar estrangeiros e brasileiros para atendimento de saúde no interior e nas periferias.
Na prática, a medida anunciada à Folha por prefeitos e secretários de saúde pode ameaçar a principal bandeira do plano: a redução da carência de médicos nesses lugares.

A reportagem identificou 11 cidades, de quatro Estados, que pretendem fazer demissões para receber as equipes do governo federal. Segundo as prefeituras, essa substituição significa economia, já que a bolsa de R$ 10 mil do Mais Médicos é totalmente custeada pela União.

Ora, vá catar coquinho sô!!!... 


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E tem mais: o site da Agência Carta Maior ( http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm) publica hoje: : 

FARSA: 'DISSERAM QUE  EU TINHA QUE DAR O LUGAR A UM CUBANO'

A denúncia da médica Junice Maria Moreira, estampada na 1ª página da 'Folha', desta 6ª feira, é só primeiro fruto da colheita algo sôfrega, com a qual a mídia conservadora busca ansiosamente reverter o jogo do 'Mais Médicos'. O programa, combatido com a beligerância habitual dedicada a tudo que afronte a irrelevância incremental do liberalismo, caiu na simpatia da população. É forçoso desmonta-lo. E a isso se oferecia o grito anti-cubano da doutora Junice. O fruto suculento vendido pela  'Folha' no café da manhã não resistiu a alguns cliques de rastreamento digital.  Era mais uma baga podre do jornalismo que já ofereceu simulacros equivalentes em outros momentos. Basta acessar o serviço CNESNet da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde. Foi o que fez o professor universitário André Borges Lopes. Associado ao nome da doutora Junice  surgem quatro vínculos empregatícios ativos, dois deles de 40 horas no Programa de Saúde da Família e mais dois de 24 horas cada como médico clínico (tela anexa). Total de 128 horas semanais (improváveis 18 horas e meia por dia, de segunda a segunda). Com um detalhe: os vínculos públicos são com prefeituras de três cidades diferentes (Murici, Queimadas e Jiquiriçá no interior baiano) distantes 357 km entre si, 4h40 de viagem segundo o Google Maps. Pergunta: por que o diligente jornalismo da casa Frias não providenciou essa investigação mínima, antes de disparar a exclamativa manchete desta 6ª feira?