Páginas

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Mais uma do Bessinha:
FHC corno por opção


































Fonte "O Esquerdopata"
DO FACEBOOK:

deu hoje na coluna de Ilimar Franco, no "O Globo":

"Follow me

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) está pagando para o facebook anunciar sua página na rede social. “Curta a página de Aécio Neves, acompanhe suas ações e conheça sua historia”, diz o texto da página sugerida."

REAÇÃO DE UM PARTICIPANTE DA REDE: 
SE CAIR NO MEU FB EU DENUNCIO POR PROPAGANDA ENGANOSA!!!!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Tiro no pé...



O inefável "O Globo" publicou hoje na coluna "Panorama Político", assinada por Ilimar Franco a seguinte notinha: 

A volta do presidente bossa-nova
O PSDB definiu a forma que seu candidato a presidente, Aécio Neves, dará á sua pré-candidatura. O partido quer explorar a vocação política do senador mineiro, aliada à sua jovialidade, tentando um contraponto com a presidente Dilma, candidata inventada por Lula. Os tucanos buscam provocar o PT e Dilma, considerada avessa a negociações políticas, mostrando que é fundamental ao presidente conversar com os partidos, sejam de oposição ou aliados. “Vamos passar a ideia do presidente bossa-nova, em referência a Juscelino, que governou com inovações. Aécio é o candidato alegre, alto-astral”, diz um tucano.

 Pelo andar da carruagem é um verdadeiro "tiro no pé!" associar Aécio Neves  a uma candidatura "alegre, alto astral"... Vai que o Estadão resolva republicar o seu editorial "Pó para, governador"...

No: Carta Maior

Pratos cuspidos e trilhos entalados

  •    

O governo vai em romaria aos grandes centros financeiros mundiais para atrair investidores interessados em construir ferrovias, estradas, portos e aeroportos no país.

Não é um passeio. Pode ser uma cartada decisiva.

A continuidade do desenvolvimento requer algo em torno de R$ 500 bilhões em investimentos para dilatar a fronteira logística de um sistema econômico originalmente projetado para servir a 30% da sociedade.

O Brasil corre contra o tempo, mas o momento é favorável.

O governo oferece projetos de concessão pré-esquadrejados pelo Estado.

O interesse público define as prioridades , prazos, qualidade do serviço e taxas de retorno – atraentes, diga-se, de até 15% ao ano.

Num mundo estagnado pela desordem neoliberal, com juro negativo e dinheiro embolorando no caixa das corporações, pode dar certo.

Mas a romaria que começa nesta sexta-feira não visa apenas o capital externo.

Na verdade, destina-se também a desfechar um safanão no rentismo local.

Em 2012 ele já fora abalroado por um corte de 5,5 pontos na taxa da Selic.

Dilma roçou baixo o pasto gordo da renda fixa, livre, leve e líquida propiciada pelos títulos públicos.

Ainda assim a manada hesita.

Resiste em migrar dos piquetes de engorda de curto prazo para canteiros de obras de longo curso.Mesmo com taxas de retorno maiores que a do juro real da dívida pública.

A relutância não é totalmente espontânea.

Anima-a a lira musical conservadora que sassarica dando voltas no salão, a embalar expectativas de que o Brasil de Dilma vai acabar na próxima curva.

A estratégia tem lógica.

Trata-se de engessar a economia em um imenso gargalo de infraestrutura, capaz de emprestar alguma relevância ao discurso do senhor Neves, em 2014.

O governo tenta contornar a arapuca trazendo a concorrência do investidor estrangeiro para atiçar o investimeto local.

Mas não é o único obstáculo que enfrenta.

O país que pretende construir 10 mil kms de ferrovias nos próximos anos não dispõe de uma única fábrica de trilhos para atender a demanda prevista.

O colapso dos trilhos, curiosamente, não integra os hits da lira musical conservadora.

De todos os colapsos alardeados pelas manchetes nos últimos meses, o dos trilhos é o mais palpável.

Não como ameaça.

É a realidade palpitante dos dias que correm.

Um trecho de 600 km da Ferrovia Norte-Sul, que ligará as cidades de Ouro Verde (GO) e Estrela D"Oeste, em São Paulo, em construção pela Valec, está com as obras prestes a parar.

Por falta de trilhos, informa o insuspeito jornal Valor Econômico.

Que a fuzilaria midiática não se debruce sobre esse férreo gargalo causa espécie.

O Brasil, ao lado da Austrália, é o maior exportador de minério de ferro do mundo.

Não qualquer minério.

A mina de Carajás, no Pará, concentra a maior reserva de ferro de alto teor do planeta. Bom para fazer o aço requerido por uma laminadora de trilho.

Trata-se de uma reserva nuclear rodeada por um imenso estoque de manganês, além de ouro, dez jazidas de cobre e quatro de níquel.

Carajás, que fica próximo a Serra Pelada, tem fôlego para cerca de quatro séculos de exploração.

O paradoxo não fica nisso.

A China compra 70% do minério de ferro embarcado pelo Brasil.

E o país importa da China cada centímetro de trilho de aço de que necessita.

Quando há problema com as importações, como agora no caso da Valec, o comboio descarrila.

Como entender que o senhor Neves, seus padrinhos de partido e os embarcados da mídia não explorem um desconcerto como esse que grita ao sol do meio dia?

Uma rápida recapitulação ajuda a entender o paradoxo dentro do paradoxo.

A Vale do Rio Doce, detentora da jazida de Carajás, foi privatizada por R$ 3,3 bilhões, em 1997 no governo FHC --com o empenho firme de Serra, gosta de contar o ex-presidente tucano.

Um trimestre padrão de lucro da empresa pagaria o valor atualizado da transação.

A Vale exporta, em média, uns US$ 25 bi ao ano em minério de ferro bruto.

Fundamentalmente para a China, no valor médio de US$ 130 a tonelada.

O Brasil importou, só em um edital de compras, em 2010, para citar um exemplo, 244,6 mil toneladas de trilhos.

Fundamentalmente da China e secundariamente do leste europeu.

Preço médio: US$ 864 a tonelada.

Quase sete vezes o valor do minério bruto embarcado.

Durante seus dois governos, Lula insistiu inúmeras vezes, em público e em encontros privados, para que a Vale investisse em siderurgia e beneficiasse o minério brasileiro.

Transformando-o em trilhos.

Seus apelos foram recebidos com estupefação pela mídia sempre ciosa dos interesses superiores dos acionistas, em relação às necessidades secundárias do país.

E tratados com senhorial indiferença pelo presidente executivo da Vale, o tucano Roger Agnelli, que dirigiu a empresa de 2001 a 2011, por indicação dos acionistas privados, conforme reza o esperto escopo da privatização.

Uma laminadora de trilhos adquire escala econômica a partir de 500 mil toneladas ano de produção.

A demanda do país chegou a 496 mil toneladas em 2010 .

Ou seja, antes de deflagrar os planos que agora projetam o maior investimento ferroviário dos últimos 40 anos.

O Brasil nem sempre foi assim tão paradoxal.

Foi preciso empenho para chegar onde chegamos.

Em 1996, um ano antes de privatizar a Vale do Rio Doce , o governo Fernando Henrique Cardoso desativou também o laminador de produção de trilhos da Companhia Siderúrgica Nacional.

A CSN criada por Vargas.

O tucano que prometeu enterrar o ciclo Vargas fez barba e bigode.

Entregou o minério bruto.

E inviabilizou a agregação de valor local.

Não foi um plano demoníaco.

Foi a pacífica convicção anti-desenvolvimetista na complementariedade dos livres mercados.

Movida por uma fé esférica nas vantagens comparativas 'naturais' --que a história não tem direito de contrariar, como Vargas o fez.

Ao mandar Vargas e o desenvovimentismo às favas, o ciclo tucano definiu que cabe ao Brasil fazer o que sabe melhor: raspar Carajás até o fundo do tacho.

Abastecer o mundo.

E importar o que for preciso.

Acionistas da Vale nunca reclamaram dessa lógica.

Nem a mídia que agora fuzila a Petrobrás, pelos índices de nacionalização impostos às encomendas de equipamentos.

Nem o colunismo que ecoa a 'pátria dos acionistas', inconformado com o desvio de dividendos da estatal para a 'irrealista' meta de construir quatro refinarias --e ainda por cima, uma delas com a Venezuela-- que agreguem valor ao pré-sal.

Enquanto comandou a Vale, com a cobertura dos acionistas privados, da mídia amiga e dos tucanos, Roger Agnelli jamais permitiu tamanho disparate.

Foi assim que seu nome foi alçado à galeria dos melhores CEOs do planeta.

O seleto grupo de ‘matadores’ de um capitalismo reflexo, rapinoso e imediatista, em que as coisas dão certo quando tudo dá certo.

Quando dá errado, como na crise de 2008, a Vale, de Agnelli, foi a primeira empresa brasileira a baixar o porrete grosso: demitiu 1.300 operários numa tacada.

A Petrobrás não demitiu ninguém. E engoliu um congelamento estratégico do preço da gasolina, martelado como escândalo pelo jornalismo especializado no direito dos acionistas graúdos.

O herói pró-cíclico consagrou-se assim.

Esburacando o país para saciar a fome das siderúrgicas internacionais.

Graças a sua resistência, a obra tucana de privatizar o subsolo e esfarelar a superfície industrial manteve-se intacta por uma década.

Um ciclo de fastígio da república dos dividendos.

Hoje o Brasil é um paradoxo mineral: exporta ferro e vive sob a ameaça de um colapso na oferta de trilhos.

O governo do PT teve tempo.

Poderia ter montado uma laminadora estatal de trilhos, por exemplo. Por que não o fez?

O governo errou.

Mas a mesma mídia que agora retrucará assim – não sem razão – seria a primeira a disparar alarmes e sinalizadores contra 'o estatismo ineficiente e empreguista' do PT.

Ou não é exatamente como agem hoje em relação à Petrobrás e ao pré-sal?

FHC reclama que Dilma cospe no prato fino que os seus oito anos de governo legaram ao país.

O colapso dos trilhos revela a ponta da gororoba, o imenso angu de caroço acumulado sob a película do caviar.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Esquerda: caminho do coração



 Rodolpho Motta LimaAdvogado formado pela UFRJ-RJ (antiga Universidade de Brasil) e professor de Língua Portuguesa do Rio de Janeiro, formado pela UERJ , com atividade em diversas instituições do Rio de Janeiro. Com militância política nos anos da ditadura, particularmente no movimento estudantil. Funcionário aposentado do Banco do Brasil.

Do Blog: Direto da Redação

Pode parecer redundante (e, cá para nós, é mesmo) a insistência com que esta coluna se refere aos temperos e destemperos da mídia global ao tratar da matéria política em nosso país. Além das inúmeras razões já exaustivamente expostas para essa insistência, a verdade é que ela também tem motivos  históricos. A vantagem dos cabelos grisalhos (se é que existe) é que aquele que os detém pode falar daquilo que vivenciou, que testemunhou. Nos tempos  da ditadura, presenciei a sustentação que essa mídia deu ao regime militar da repressão, dos assassinatos e das torturas.  De lá para cá, lembro-me de muitos episódios antidemocráticos em que ela se envolveu e não é por acaso que , no ambiente da internet,  já esteja carimbada como um dos componentes da sigla PIG (Partido da Imprensa Golpista). Quer alguns deles? Pesquise o caso da Proconsult,  a edição do debate Lula x Collor, o episódio da “bolinha de papel” do Serra...
Essa apregoada hegemonia de audiência  deveria trazer consigo responsabilidades com o povo que a sustenta. Não é assim, porém, que a banda toca e, lamentavelmente, em nome dos interesses neoliberais, valem todos os recursos para iludir, desinformar, alienar, suprimindo-se a importância daquilo que não interessa  destacar e conferindo-se um relevo desproporcional a tudo que ajuda a construir uma não disfarçada plataforma político-ideológica. Um verdadeiro partido,  mas que dispõe  de  meios inacessíveis a qualquer organização partidária, com a vantagem de que não se submete a eleições e praticamente fala sozinho...
Mas esse quadro monopolista nefasto, se bem analisado,  deixa nu algo que se tenta enfaticamente negar ou esconder: não morreram as ideologias e, queiramos ou não, todos somos tendentes, em nossa visão do mundo, a trilhar caminhos em que o coração nos  leva para a esquerda ou para a direita.
Se a queda do muro e a própria globalização constituíram “vitórias” da direita – chegando-se a apregoar, então, um mundo ideologicamente unificado - , não demorou muito para que essa fosse uma vitória de Pirro, a julgar pelas crises que o nada civilizado capitalismo vem impondo ao mundo. Voltam a ser discutidas   alternativas a esse sistema que, no fundo, busca perpetuar elites dominantes e fortíssimas corporações financeiras. As massas estão indo às ruas com movimentos de ocupação para defender valores sociais e exigir  a representação  de seus autênticos interesses. Não é por acaso que, na América Latina, proliferam, hoje, governos nitidamente  de esquerda,  eleitos pelo povo,  na Venezuela, na Bolívia, no Equador, no Uruguai etc . E mesmo aqui, apesar de uma certa despersonalização ideológica, fruto da funesta “governabilidade”  que impõe a participação dos Sarneys, dos Calheiros e outros do gênero .
Voltando a mídia e seus desígnios, saúdo o texto de Mário Augusto Jakobskind sobre a vinda da blogueira cubana Yoáni Sánchez  ao Brasil , e endosso por inteiro o que ali se contém. Na tentativa de dar à  discutida personagem  um destaque que ela  não tem, fazem isso com tal estardalhaço que, é claro, acabam por provocar reações cujo acerto nem quero discutir, fruto do inconformismo dos que enxergam nessa farta cobertura o mesmo jeito unilateral e manipulador  de sempre, onde o contraditório não se manifesta. Afinal, há muitos cubanos que poderiam vir ao Brasil para falar bem do seu país. E se alguém quiser argumentar que estariam “a serviço do regime castrista”, é claro que podem também valer os argumentos dos que acham que Yoáni está a serviço de outras entidades... Se ‘O Globo” pode intitular os manifestantes contrários à cubana de componentes de uma “minoria histérica”  – usando o recurso de sempre, de se valer de “especialistas” colhidos a dedo - é evidente que a direita pode esperar retaliações e qualificações pouco nobres para os seus representantes e  é óbvio que nem todas serão controladas pelos gritos do Senador Suplicy. É o confronto entre  direita e  esquerda em plena atividade...
Um detalhe significativo,  que , embora pareça insignificante, torna óbvia a luta ideológica que se trava  em nosso país: na edição de quarta-feira, dia 20.02,  o Jornal “O Globo” – repetindo o que fizera o Jornal Nacional no dia anterior – dedica espaço bem maior às escaramuças que envolveram a cubana  do que ao pronunciamento da mais importante de nossas mulheres,  a  Presidenta Dilma,  sobre as últimas medidas que buscam a extinção da miséria no país. Nada mais emblemático: Cuba é, historicamente, muito mais um problema para os americanos do que para nós.  Afinal, é uma ilhazinha que ousou enfrentar o império do Norte e que, ao longo de mais de 50 anos,  jamais permitiu ao poderoso vizinho – mesmo  com a vergonhosa Guantánamo em suas entranhas – promover a volta do antigo sistema de quintal. 

O nosso problema, imensamente maior,  é mesmo a desigualdade, que cerca de indignidade a existência de milhões de brasileiros miseráveis.  Ao privilegiar Yoáni em relação a Dilma, os globais deixam bem claras suas posições, seus interesses, seus compromissos, suas posturas de direita que transcendem o ambiente nacional. E robustecem as teses de quem considera que é preciso mudar esse panorama midiático, o mais urgentemente possível.  Quanto à dicotomia esquerda x direita, está mais evidente do que nunca. No fundo, além dos racionais aspectos  econômicos,  ela reflete a forma como cada um se sente, a direção para a qual cada coração aponta. O meu, por exemplo, volta-se assumidamente para a esquerda e, a esta altura, nem penso em mudar-lhe o rumo. Ele vai muito bem assim, obrigado...        

Altamiro Borges: FHC é quem cospe no prato que comeu



por Altamiro Borges, em seu blog
 FHC participou ontem, em Belo Horizonte, do primeiro seminário oficial para alavancar a cambaleante candidatura de Aécio Neves. No evento, segundo a Folha tucana, o ex-presidente “subiu o tom contra o PT e chamou Dilma de ‘ingrata’”. Ainda segundo o jornal, FHC afirmou que a atual governante “cospe no prato que comeu”, insistindo na tese egocêntrica de que ele deixou uma “herança bendita” aos seus sucessores. O eleitorado até hoje não se convenceu disto, tanto é que derrotou três candidatos seguidos do PSDB.
O tal “prato” de FHC estava vazio – se é que existia. A economia quase quebrou, forçando o Brasil a ficar de joelhos duas vezes para o Fundo Monetário Internacional. Os trabalhadores foram as principais vítimas do tsunami tucano – com taxas recordes de desemprego, brutal arrocho salarial e regressão dos direitos trabalhistas. Nas urnas, eles deram a resposta. Não foi “ingratidão”, mas sim sabedoria política. Desde o início do ciclo aberto por Lula, o PSDB e os seus satélites – DEM e PPS – definham a cada eleição.
Na verdade, o “guru” de Aécio Neves deveria agradecer a Lula e Dilma. Ele é quem “cospe no prato que comeu”. Para evitar confrontos políticos, que teriam um efeito pedagógico na elevação da consciência da sociedade, as duas lideranças petistas não atacaram a “herança maldita” de FHC. As inúmeras denúncias de corrupção contra o governo tucano foram esquecidas – em especial, o esquema das privatarias. No caso de Dilma, ela até fez afagos ao ex-presidente. Hoje, felizmente, percebe que não dá para acariciar escorpiões – ou tucanos!
Esta conduta “civilizada” abriu brechas para que alguns demotucanos, mais sujos do que pau de galinheiro, posassem de paladinos da ética. Ontem mesmo, ainda segundo a Folha, FHC insistiu na exploração deste tema em 2014. “FHC disse que o PSDB deveria recorrer novamente ao discurso da ética para combater os petistas, uma estratégia adotada sem sucesso pelo partido em 2006”. Para ele, o julgamento do “mensalão” deve ser uma importante peça de campanha. “Temos que ser duros nessa matéria… Nós não roubamos”.
FHC é realmente muito “ingrato”. Além de pedir para esquecer o que ele escreveu, ele quer também que a gente esqueça o que ele fez?
 
Fonte: Viomundo - Azenha

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A imagem


Diz velho bordão jornalístico que "uma imagem vale mais que dez mil palavras". A foto publicada no site do jornalista Paulo Henrique Amorim, o "Conversa Afiada" diz tudo sobre o PSDB, o partido dos tucanos e de José Serra - seu nome de maior expressão - e do encarquilhado FHC e sua vocação para fazer do Brasil o quintal do mercado internacional...

Do site O Cafezinho

 

O tempo de TV em 2014

O colunista do Estadão, José Roberto de Toledo, lembrou de um fator fundamental para se analisar objetivamente as condições eleitorais dos candidatos a presidência da república em 2014: o tempo de TV.
Segundo a apuração do Estado, Dilma terá 12 minutos e 51 segundos, por bloco de 25 minutos, quase quatro vezes mais que seu principal adversário, Aécio Neves, cujo tempo de propaganda eleitoral deverá ser de apenas 3 minutos e 25 segundos.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, por sua vez, contará com somente 1 minuto e 45 segundos; e Marina Silva, 1,11 minuto.
Leia trecho da coluna de Toledo, explicando como os cálculos foram feitos:
Por ora, eis o que Dilma tem no seu cronômetro, além dos 2 minutos e 49 segundos do PT: 2’26″ do PMDB; 1’19″ do PP; 1’10″ do PR; 44″ do PDT; 38″ do PTB; 27″ do PC do B e do PSC; 15″ do PRB, o tempo de nanicos; e, novidade da próxima eleição, o 1’39″ do PSD. Tudo isso somado aos cerca de 50 segundos a que todo presidenciável deverá ter direito e ela chega a 12’51″ de 25′. É um arco de tempos e forças bem mais poderoso do que o de 2010.
Enquanto isso, Aécio conta com os 1’43″ do PSDB; os 46″ do DEM; os 15″ do PPS; e se tiver, digamos, sorte, com os segundos de alguns nanicos. Não chega a quatro minutos. É insuficiente, mas é melhor do que a situação das “costelas do projeto petista”, como o tucano chamou as candidaturas de Marina e Eduardo Campos.
(…)Se tiver só o PSB a apoiá-lo, o governador de Pernambuco apareceria por apenas 1 minuto e 54 segundos a cada bloco de propaganda na TV. E Marina Silva, mesmo que atraia toda a bancada do PV para a sua rede, não passaria de 1’11″ – ou 11 segundos a menos do que apareceu na campanha de 2010. Campos e Marina estariam à mercê das circunstâncias.
Neste final de semana, aconteceram algumas movimentações políticas importantes para 2014. Ainda no Estadão, foi publicada uma entrevista com Aécio Neves sobre as eleições de 2014 que produziu o primeiro sinal importante de que uma aliança entre Eduardo Campos e o PSDB era apenas um sonho impossível de Merval Pereira. A declaração de Aécio, de que Campos precisava de “um divã” para decidir se entrará na disputa como aliado ou oposição ao governo, levou o governador a responder que o tucano, ele sim, precisava de dois divãs.
Campos também foi vítima de fogo amigo disparado por Ciro Gomes, em entrevista a uma rádio cearense publicada no site Brasil 247. Mas o incêndio foi logo apagado pelaintervenção do vice-presidente do PSB, Roberto Amaral. De qualquer forma, Ciro não apita muito no PSB e seu estilo metralhadora giratória é manjado no meio político, que portanto já é vacinado contra ele. O irmão de Ciro, o governador do Ceará, tem sido, até o momento, partidário da manutenção da aliança com PT nas eleições de 2014.
A situação de Marina Silva, por sua vez, continua delicada. Ela parece ter convencido muito pouca gente sobre suas intenções. A única manifestação positiva que eu consegui colher na mídia, em vários dias, foi uma crônica de Affonso Romano Sant’anna, comparando as estratégias da verde para se posicionar politicamente a de uma senhora para achar seu cãozinho perdido.
O Globo de hoje dá mais uma paulada em Marina Silva. Novamente, os platinados pressionam a presidenciável a assumir uma candidatura assertivamente de oposição e sinalizar a possibilidade de aliança com o PSDB num segundo turno.
(…) para quem deseja o poder, o adversário a ser batido é o PT. O Rede faria aliança com o PSDB num eventual segundo turno no ano que vem? Em 2010, a ex-senadora não fez e liberou seus eleitores, forma dissimulada de ajudar no avanço de Dilma Rousseff para a vitória.
Enquanto Marina não aceitar essas condições, a mídia não lhe dará o apoio. Resta a saber se a verde cederá à chantagem. Se depender do sucesso das manifestações anti-Lula ou anti-Renan (são a mesma coisa) que aconteceram neste fim-de-semana, este modesto blogueiro aconselha a ex-ministra a não dar muita trela aos jornalões.
As passeatas malograram mais uma vez, mas não deixaram de receber forte repercussão da mídia, que estampou os micro-aglomerados com enorme destaque. O Globo deu quase metade da página 4.
Acredito que entre os cidadãos que protestam há mistura de indignação autêntica contra corrupção, antipetismo reacionário, udenismo, golpismo, leitura ingênua ou passiva da mídia conservadora,  e oportunismo partidário. Mas todos esses entendem muito bem que a grande mídia é sua principal aliada. A mídia, por sua vez, continua estimulando sentimentos antipolítica, para fomentar na sociedade o desejo de procurar uma solução que não passe pela política, mas por setores como judiciário, ministério público e imprensa. Antes, aliaram-se aos gorilas de farda, agora flertam com os gorilas de toga.
Frase

TARSO:  O COMISSÁRIO DE GOLBERY E A DEMOCRACIA"A estratégia usada por Elio Gaspari para promover suas crônicas foi muito comum na época da ditadura, quando o SNI - através de articulistas cooptados - recheava de informações manipuladas a grande imprensa, sobre a "subversão" e as "badernas estudantis". O regime tentava, desta forma, tanto manter o controle da opinião pública, como dividir a oposição legal e a clandestina, num cenário em que povo já estava cansado do regime. Elio Gaspari parece que se contaminou com este vício e combinou-o com uma arrogância olímpica: desqualifica todo mundo, não respeita ninguém, o que pode significar uma volúpia de desrespeito a si mesmo; vários dirigentes políticos, tanto da oposição como da situação - da direita e da esquerda - que não estão satisfeitos com o sistema político atual, debatem uma saída: uma reforma política para melhorar a democracia no país. Todos sabemos que não existe um sistema ideal e perfeito, mas que é possível uma melhora no sistema atual, que pode tornar mais decente a representação e os próprios partidos. Este debate (...)tem despertado a santa ira de Elio Gaspari, que dispara para todos os lados, mas nunca diz realmente qual é a sua posição sobre o assunto" (Tarso Genro).

Fonte: Agência Carta Maior
Frase

TARSO:  O COMISSÁRIO DE GOLBERY E A DEMOCRACIA"A estratégia usada por Elio Gaspari para promover suas crônicas foi muito comum na época da ditadura, quando o SNI - através de articulistas cooptados - recheava de informações manipuladas a grande imprensa, sobre a "subversão" e as "badernas estudantis". O regime tentava, desta forma, tanto manter o controle da opinião pública, como dividir a oposição legal e a clandestina, num cenário em que povo já estava cansado do regime. Elio Gaspari parece que se contaminou com este vício e combinou-o com uma arrogância olímpica: desqualifica todo mundo, não respeita ninguém, o que pode significar uma volúpia de desrespeito a si mesmo; vários dirigentes políticos, tanto da oposição como da situação - da direita e da esquerda - que não estão satisfeitos com o sistema político atual, debatem uma saída: uma reforma política para melhorar a democracia no país. Todos sabemos que não existe um sistema ideal e perfeito, mas que é possível uma melhora no sistema atual, que pode tornar mais decente a representação e os próprios partidos. Este debate (...)tem despertado a santa ira de Elio Gaspari, que dispara para todos os lados, mas nunca diz realmente qual é a sua posição sobre o assunto" (Tarso Genro).

Fonte: Agência Carta Maior

Janio de Freitas: O teatrinho mambembe de Aécio Neves e Eduardo Campos

publicado em 24 de fevereiro de 2013 às 23:48

por Janio de Freitas, na Folha de São Paulo, sugestão de Julio César Macedo Amorim
A semana política teve a sua graça, com o teatrinho mambembe do senador Aécio Neves e do governador pernambucano Eduardo Campos. O primeiro pôs a cabeça para fora do armário, pressionado a fazer um discurso que deveria projetá-lo à liderança da oposição. O outro quis entrar no armário, para diminuir as atenções postas em sua alegada pretensão presidencial.
Aécio Neves apoiou sua “denúncia” dos “13 erros” do governo petista na ideia de que “quem governa o Brasil é a lógica da reeleição”. Muito bem visto. Com toda a certeza, Dilma Rousseff não governa com a lógica da derrota eleitoral. No que tem o exemplo deixado por todos os políticos. E, em particular, por um certo Aécio Neves no governo de Minas, que chegou até a espalhar no Estado placas de autopromoção em obras devidas ao governo federal. A queixa federal não deu resultado, mas a propaganda do então governador deu.
Desde o ano passado Fernando Henrique Cardoso e Sérgio Guerra, presidente do PSDB, insistiam com Aécio Neves, inclusive publicamente, para assumir o encargo de falar ao país pela oposição. Insistência duplamente justificada, por ser no partido o único possível candidato a presidente e pela oportuna ausência de liderança na oposição. Mas, se os erros e deficiências dos dois governos petistas fossem só os que Aécio Neves encontrou, para afinal lançar a pretendida liderança oposicionista, não haveria mesmo por que fazer oposição.
A crítica de maior alcance produzida por Aécio Neves, como uma síntese de todas, ficou na afirmação de que “tivemos um biênio perdido” (2011-12). Perdido por quem? Não por aqueles milhões que, não tendo emprego antes e não sendo herdeiros, obtiveram trabalho, salário, carteira assinada na redução do desemprego a históricos 4,4%. Também não por aqueles que, dizem os jornais apesar de si mesmos, entraram na classe média. Muito menos pelos resgatados de carências opressoras por programas assistenciais, pelas cotas universitárias, as oportunidades de consumo, e o mais que Aécio Neves sabe.
Eduardo Campos protegeu sua coerência com a criação de um neologismo: reclamou de “se eleitorizar” tanto e tão cedo a política. E tratou de se eleitorizar ali mesmo, em discurso para cerca de 200 prefeitos e sob os brados de “presidente! presidente!”
Seu discurso se eleitorizando tinha que ser crítico ao governo, do qual Eduardo Campos e o seu PSB são “aliados”: “A população está preocupada com um Brasil que não cresceu como se esperava”. Só se fosse a população pernambucana, mas nem ela, ao que se saiba fora de Pernambuco e conste sobre o governo de Eduardo Campos, no mínimo mediano.
Preocupados aparentam estar uma corrente empresarial e os economistas do mercado. Mas, se confrontados os seus ganhos e as tais preocupações, pode-se desconfiar (ou mais do que isso) de uma onda bem arranjada para extrair do governo sempre mais vantagens. E o fato é que o governo as tem concedido sem cessar.
Aécio Neves e Eduardo Campos não foram suficientes para evitar a atribuição a Lula e Dilma do lançamento da disputa sucessória. Para isso, bastou que Lula brindasse os petistas, na sua festa, com um “vamos reeleger Dilma!”. Quem precipitou essa historiada de sucessão foi, de fato, a imprensa, a partir do blablablá de Lula candidato. Na realidade, Aécio Neves enfraqueceu-se muito; Eduardo Campos alimenta o noticiário criado em torno do seu nome, mas ainda não criou fatos que substituam a artificialidade; e Dilma, como sua Minas, está onde sempre esteve. Ou seja: a rigor, por ora nada de novo.

Fonte: Folha de S. Paulo via Viomundo

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


Coisas da Política

A ilha, seu povo, seu sonho

Jornal do BrasilMauro Santayana 

Podemos  discordar do regime político de Cuba, que se mantém sob o domínio de um partido único. Mas é preciso seguir o conselho de Spinoza: não lisonjear, não detestar, mas entender. Entender, ou procurar entender. A história de Cuba — como, de resto, de quase todo o arquipélago do Caribe e da América Latina — tem sido a de saqueio dos bens naturais e do trabalho dos nativos, em benefício dos colonizadores europeus, substituídos depois pelos anglossaxões.
E, nessa crônica, destaca-se a resistência e a luta pela soberania de seu povo não só contra os dominadores estrangeiros mas, também, contra  seus vassalos internos.


Já se tornou  luga-comum lembrar que, sob os governos títeres, Havana se tornara o maior e mais procurado bordel americano. A legislação, feita a propósito, era mais leniente, não só com o lenocínio, e também  com o jogo, e os mais audazes gangsters de Chicago e de Nova York tinham ali os seus negócios e seus retiros de lazer. E mais: as mestiças cubanas, com sua beleza e natural sensualidade, eram a atração irresistível para os entediados homens de negócios dos Estados Unidos.
A Revolução Cubana foi, em sua origem, o que os marxistas identificam como movimento pequeno burguês. Fidel e seus companheiros, no assalto ao Quartel Moncada — em 1953, já há quase 60 anos — pretendiam apenas derrocar o governo  ditatorial de Fulgencio Batista, que mantinha o país sob cruel regime policial,  torturava os prisioneiros e submetia a imprensa a censura férrea. A corrupção grassava no Estado, dos contínuos aos ministros. O enriquecimento de Batista, de seus familiares e amigos,  era do conhecimento da classe média, que deu apoio à tentativa insurrecional de Fidel, derrotada então, para converter-se em vitoria menos de seis anos depois. Os ricos eram todos associados à exploração, direta ou indireta, da prostituição, disfarçada no turismo, e do trabalho brutal dos trabalhadores na indústria açucareira.
Foi a arrogância americana, na defesa de suas empresas petrolíferas, que se negaram a aceitar as novas regras, que empurrou o advogado Fidel Castro e seus companheiros, nos dois primeiros anos da vitória do movimento, ao ensaio de socialismo. A partir de então, só restava à Ilha encampar as refinarias e aliar-se à União Soviética.
Os americanos, sob o festejado Kennedy — que o reexame da História não deixa tão honrado assim — insistiram nos erros. A tentativa de invasão de Cuba, pela Baía dos Porcos, com o fiasco conhecido, tornou a Ilha ainda mais dependente de Moscou, que se aproveitou do episódio para livrar-se de uma bateria americana de foguetes com cargas atômicas instalada na Turquia, ao colocar seus mísseis a 100 milhas da Flórida, no território cubano.
A solução do conflito, que chegou a assustar o mundo com uma guerra atômica, foi negociada pelo hábil Mikoyan: Kruschev retirou os mísseis de Cuba, e os Estados Unidos desmantelaram sua bateria turca, ao mesmo tempo em que assumiram o compromisso de não invadir Cuba — mas mantiveram o bloqueio econômico e político contra Havana. Enfim, ganharam Moscou e Washington, com a proteção recíproca de seus espaços soberanos — e Cuba pagou a fatura com o embargo.   
O malogro do socialismo cubano nasceu desse imbróglio de origem. Tal como ocorrera com a Rússia Imperial e com a China, em movimentos contemporâneos, o marxismo serviu como doutrina de empréstimo a uma revolução nacional. O nacionalismo esteve no âmago dos revolucionários cubanos, tal como estivera entre os social-democratas russos, chefiados por Lenin  e os companheiros de Mao.  
Os cubanos iniciaram reformas econômicas recentes,  premidos, entre outras razões, pelo fim do sistema socialista. Ao mesmo tempo tomaram medidas liberalizantes, permitindo as viagens ao exterior de quem cumprir as normas habituais. É assim que visita o país a dissidente Yoani Sánchez (que mantém seu blog na internet de oposição ao governo cubano) e é reverenciada pelos setores de direita. Ocorre que ela não é tão perseguida em Havana como proclama e proclamam seus admiradores. Tanto assim é que, em momento delicado para a Ilha, quando só pessoas de confiança do regime viajavam para o exterior, ela viveu dois anos na Suíça, e voltou tranquilamente para Havana.
É sabido que Yoani Sánchez mantém encontros habituais com o escritório que representa os interesses norte-americanos em Cuba, como revelou o WikeLeaks. Há mais, ela proclama uma audiência que não tem, como assegura o sistema de registro mais confiável, o da Alexa.com (citado por Altamiro Borges em seu site), em que ela se encontra no 99.944º lugar na audiência mundial, enquanto o modesto jornal O Povo, de Fortaleza, se encontra na 14.043ª posição, ou seja dispõe de sete vezes mais  seguidores do que Yoani. Há mais: ela afirma que tem 10 milhões de acessos por mês, o que contraria a lógica de sua posição no ranking citado.  O site de maior tráfego nos Estados Unidos é o do New York Times, com 17 milhões de acessos mensais.


Apesar de tudo isso, deixemos essa senhora defender o seu negócio na internet. É seu direito dizer o que quiser, mas não podemos tolerar que exija do Brasil defender os direitos humanos, tal como ela os vê, em Cuba ou alhures. Um dos princípios históricos do Brasil é o da não interferência nos assuntos internos dos outros países. O problema de Cuba é dos cubanos, que irão resolvê-lo, no dia em que não estiverem mais obrigados a se defender da intervenção dos estrangeiros, que vêm sofrendo desde que os espanhóis, ainda no século 16, ali se instalaram.  Foram substituídos pelos Estados Unidos, depois da guerra vitoriosa de Washington contra o frágil governo da regente Maria Cristina, da Espanha.  Enfim, o generoso povo cubano, tão parecido com o nosso, não teve, ainda, a oportunidade de realizar o seu próprio destino, sem as pressões dos colonizadores e seus sucessores.
Dispensamos os conselhos da senhora Sánchez. Aqui tratamos, prioritariamente, dos direitos humanos dos brasileiros, que são os de viver em paz, em paz educar-se e em paz trabalhar, e esses são os direitos de todos os povos do mundo. Ela, não sendo cidadã de nosso país, não deve, nem pode, exigir nada de nosso governo ou de nosso povo.  Dispensamos seus avisos mal-educados e prepotentes, e esperamos que  seja festejada pela direita de todos os países que visitará, à custa de seus patrocinadores (como o Instituto Millenium), iludidos pelo seu falso prestígio entre os cubanos.
Do Facebook:

Laerte Braga compartilhou a foto de Leo Dias.
Não pude perder essa...
Deu no "O Globo":


 
 
"gois de papel
Coluna de Ancelmo Gois

A coluna de hoje

Parabéns pra você

Para celebrar os 70 anos do economista carioca Pedro Malan, completados terça, dia 19, a Casa das Garças, no Rio, reúne hoje em um seminário algumas das maiores estrelas do pensamento econômico mundial.
Da prata da casa estarão, entre outros, Fernando Henrique Cardoso, André Lara Resende, Edmar Bacha, Ilan Goldfajn, Regis Bonelli, além do próprio Malan.

De fora...

Entre os supereconomistas estrangeiros estarão presentes Albert Fishlow, orientador da tese de doutorado de Malan na Universidade de Berkeley, John Williamson, o economista inglês que cunhou o termo “consenso de Washington”, Larry Summers, ex-secretário de Tesouro dos EUA, e Stanley Fischer, presidente do Banco Central de Israel.
 

Malan merece...."

Quem não merece é o Brasil que já foi quebrado três vezes por essa mesma turma!!!!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


É HORA DE REPRODUZIR A FACE DOS INCONFIDENTES

 

Projeto Faces

 

 

O jornal “O Estado de S. Paulo” está publicando com destaque e ampla repercussão, matéria especial baseada em pesquisa arqueológica realizada por aluna de mestrado da USP em que são analisados os restos mortais de D. Pedro I, e das imperatrizes Leopoldina e Amélia, esposas do Imperador.

Nos meios históricos de Minas Gerais há a décadas uma justa e instigante dúvida sobre a face e aparência dos nossos “Inconfidentes”, os conjurados que se reuniram em Vila Rica no final do Século XVIII em torno de um movimento de liberação da então capitania das Minas Gerais do Reino de Portugal.

Os estudos realizados em São Paulo em torno da família imperial brasileira nos levam a sugerir que se faça um estudo de reconstituição facial com os crânios dos Inconfidentes sepultados no Memória do Museu da Inconfidência em Ouro Preto, de forma a dar a esses personagens históricos de fundamental importância na vida do País uma face ou uma visão de como eram seus rostos já que tal não é possível com os restos mortais de Tiradentes, desaparecidos após sua exposição pública depois do esquartejamento de seu corpo. .

O processo de reconstituição facial por computação gráfica é simples, disponível e pouco oneroso, o que leva a sugerir às nossas autoridades a criação de um “Projeto Faces” visando reconstituir o rosto de Tomaz Antônio Gonzaga; Alvarenga Peixoto; Padre Rolim; Vitoriano Veloso e de todos os outros “inconfidentes” que têm suas ossadas identificadas e depositadas no Museu ouropretano.

Fica aí a ideia e a sugestão.

 

Abaixo artigos sobre o tema:

Computação gráfica e prototipagem rápida dinamizam e aprimoram cirurgias complexas


O que é a pesquisa

Você já imaginou como uma cirurgia de reconstrução facial poderia ser muito mais simples se o cirurgião tivesse em suas mãos uma réplica exata do crânio do paciente, na qual pudesse ensaiar todos os procedimentos? E se, além disso, ele pudesse modelar com antecedência uma prótese exclusiva para aquele caso, que se encaixasse perfeitamente nos ossos da face? Pensando nessas questões, os pesquisadores da Divisão de Desenvolvimento de Produtos do Centro de Pesquisas Renato Archer (CenPRA), em Campinas (SP), criaram, em agosto de 2001, o projeto Prototipagem Rápida na Medicina (Promed). O objetivo: facilitar o planejamento de cirurgias complexas com o auxílio da computação gráfica e da prototipagem rápida.

O projeto Promed oferece um conjunto de soluções inovadoras: modelos virtuais tridimensionais e protótipos de partes do corpo, modelos de próteses e moldes para a confecção de próteses exclusivas. O modelo virtual é uma representação computadorizada de determinada parte do corpo do paciente. A partir de dados obtidos em tomografias ou ressonâncias magnéticas, é possível a geração de imagens com estruturas e proporções fiéis à realidade. Com o emprego do software InVesalius, desenvolvido pela equipe do Promed para o tratamento de imagens médicas, o cirurgião pode observar o modelo por diversos ângulos, fazer cortes e medidas e separar o objeto de interesse – eliminar os tecidos para analisar apenas os ossos, por exemplo. Esses recursos possibilitam um diagnóstico preciso e a clara visualização da situação clínica.

O protótipo permite que o cirurgião tenha em suas mãos a cópia perfeita da estrutura interna que irá operar. Ele pode utilizá-la para planejar a cirurgia – definir o local e o tamanho das incisões etc. – e para simular os procedimentos, como a fixação de telas e pinos. Se o caso exigir uma prótese, o cirurgião tem a oportunidade de ensaiar sua colocação passo a passo no protótipo, usando um modelo da prótese feito com prototipagem rápida. Já o molde viabiliza a confecção de uma prótese de verdade, em material biocompatível, sob medida para o paciente.

Até abril de 2005, e com menos de quatro anos de existência, o projeto Promed forneceu protótipos para cerca de 350 cirurgias neurológicas, de coluna e, principalmente, de reconstrução craniofacial, entre outras. Os cirurgiões parceiros recebem os protótipos para cirurgias em hospitais de referência, universitários ou públicos, com programa de residência médica e pós-graduação. Em troca, preenchem questionários para avaliar os benefícios do uso da técnica e também contribuem para o aperfeiçoamento do software InVesalius.

O projeto Promed estendeu suas fronteiras para além da medicina e tem feito muitos trabalhos em cooperação com o Museu Nacional do Rio de Janeiro, o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Nesses casos, a computação gráfica e a prototipagem rápida são usadas para criar modelos virtuais e protótipos de fósseis e múmias. Ao contrário das peças originais, raras, frágeis e valiosas, os protótipos podem ser transportados de um lugar para outro, manuseados e analisados por um grande número de pessoas, o que contribui para a difusão do conhecimento.

Como é feita a pesquisa

Nos casos de utilização para o planejamento cirúrgico, o paciente deve, em primeiro lugar, submeter-se a uma tomografia ou ressonância magnética. Esses exames "cortam" o corpo humano em diversas "fatias" e produzem imagens bidimensionais dessas fatias. Para ilustrar, imagine um legume picado em rodelas bem finas – o que se vê na superfície das rodelas corresponde às imagens geradas pelo exame. São essas imagens que servirão de base para a construção do modelo virtual tridimensional. Portanto, é necessário que o exame seja feito de acordo com um protocolo específico, pois a precisão do modelo virtual e, conseqüentemente, do protótipo depende da qualidade dos dados obtidos. Em seguida, as imagens são encaminhadas ao CenPRA. Os pesquisadores utilizam o software InVesalius para tratar essas imagens e "empilhá-las", criando assim o modelo virtual tridimensional Para se chegar ao protótipo é necessário levar o modelo virtual para o software Computer-Aided Design (CAD), onde ele é divido em fatias horizontais. As características das fatias são transmitidas à máquina de prototipagem rápida – no CenPRA, um dos processos utilizados é o de Sinterização Seletiva a Laser (do inglês Selective Laser Sintering – SLS). A seguir, a máquina sobrepõe camadas de pó de poliamida, que variam de 0,08 milímetro a 0,5 milímetro de espessura. Em cada camada, um feixe de laser de CO2 provoca a aglutinação do pó nas áreas que devem ser sólidas, respeitando as características da fatia correspondente no modelo virtual. As paredes do protótipo vão sendo construídas de baixo para cima, e ele pode ter espaços vazios em seu interior. O CenPRA também dispõe da tecnologia de impressão tridimensional (3DP); o protótipo é feito em gesso, e a deposição de um material aglutinante substitui a função do feixe de laser.

O software CAD também é usado nos projetos de próteses exclusivas, que se encaixarão perfeitamente no paciente. Para conseguir o tamanho e o formato exatos, os pesquisadores fazem operações de espelhamento e subtração de imagens baseadas no modelo virtual. As características da prótese são enviadas para a máquina de prototipagem. Seguindo o mesmo processo descrito para a fabricação do protótipo, a máquina produz um modelo da prótese e um molde para que a prótese verdadeira seja confeccionada em material biocompatível. O modelo não pode ser colocado no paciente, mas é útil para que o cirurgião simule o procedimento no protótipo.

Os modelos virtuais e protótipos de fósseis e múmias são feitos da mesma maneira que os do corpo humano: uma tomografia ou ressonância gera as imagens necessárias para a montagem do modelo virtual, que dará origem ao protótipo.

Importância da pesquisa

Fazer o diagnóstico preciso de um caso complexo é muito mais fácil quando se pode ver as estruturas internas do corpo humano não em raios x, tomografia ou ressonância, mas como elas são de fato, em três dimensões. Com o modelo virtual e o protótipo, o cirurgião consegue identificar as particularidades da estrutura de seu interesse – seja "navegando" por uma representação computadorizada, seja manuseando uma réplica em tamanho natural.
Além de facilitar o diagnóstico, as soluções oferecidas pelo projeto Promed são a base para um planejamento cirúrgico detalhado. Com elas, o cirurgião tem total conhecimento da situação antes de começar a operar o paciente. Por isso, pode definir previamente todas as etapas e procedimentos, o local e o tamanho das incisões, como será o acesso à área afetada etc. Em suma, ele tem todas as condições para encontrar as melhores soluções para cada caso em particular. Uma cirurgia bem planejada é feita em menos tempo; como conseqüência, há menos riscos para o paciente e a recuperação é bem mais rápida.

Os modelos virtuais e protótipos são especialmente úteis nos casos em que uma prótese se faz necessária. Nas cirurgias craniofaciais de reconstrução óssea, as próteses geralmente são moldadas na hora sobre o paciente, procedimento demorado e de resultados, muitas vezes, comprometedores. A possibilidade de moldá-las com antecedência e de ensaiar sua colocação em um protótipo reduz a duração da cirurgia e torna a operação mais simples. O paciente se recupera em menos tempo e consegue um resultado estético muito melhor. Para pessoas que se sentiam excluídas da sociedade por causa da aparência, trata-se de um grande avanço.

O número de pessoas no Brasil com algum tipo de deformidade facial é muito elevado, em decorrência do alto índice de acidentes de trabalho, de trânsito e de vítimas da violência, além dos casos congênitos. O CenPRA avalia que a adoção dessas tecnologias e procedimentos cirúrgicos por parte do Sistema Nacional de Saúde seria eficaz na reabilitação de pacientes, pois proporcionam resultados qualitativamente superiores, menores taxas de retorno e redução dos custos globais.
Publicado no CanalCiência em 23/05/2005.


Glossário

Réplica – cópia; imitação.
Prótese – dispositivo implantado no corpo para suprir a falta de um órgão ausente ou para restaurar uma função comprometida.
Prototipagem – fazer protótipos (o primeiro de uma série), modelos.
Planejamento cirúrgico – ato de utilizar ao máximo informações e conhecimento de especialistas para que uma cirurgia ocorra da melhor forma possível e com os melhores resultados.
Tridimensionais – em três dimensões.
Tomografias – imagens obtidas por exame radiológico que permitem visualizar as estruturas anatômicas na forma de cortes (imagens em duas dimensões). Mais indicado para visualizar tecidos duro do corpo humano, como os ossos.
Ressonâncias magnéticas – imagens obtidas por incidência de altos campos magnéticos que permitem que ressaltam visualizar estruturas anatômicas na forma de cortes (imagens em duas dimensões). Mais indicado para tecidos moles como cérebro e órgãos internos.
Software - programa, rotina ou conjunto de instruções que controlam o funcionamento de um computador.
Diagnóstico - fase em que o médico procura identificar a natureza e a causa do problema do paciente.
Incisões – cortes cirúrgicos.
Poliamida – material plástico que entra na produção de fibras sintéticas muito úteis em suturas cirúrgicas, na indústria têxtil, em objetos domésticos etc.
Espessura – altura de cada camada que o sistema deposita. Quanto mais fina, mais preciso é o protótipo.
Feixe de laser de CO2 – conjunto de raios laser produzidos por um tubo com gás de dióxido de carbono que é capaz de aquecer onde incide.
Aglutinação – do verbo aglutinar: fazer aderir ou ligar-se fortemente por algum processo físico ou químico; combinar(-se) em (um composto, um todo); fundir
Operações de espelhamento e subtração de imagens – processo de preencher espaços (como por exemplo uma falha óssea no crânio) utilizando informações do lado que não tem a lesão para obtenção da prótese exata para aquele paciente.
Material biocompatível –material que pode ser implantado ou colocado em contato com tecidos ou órgãos do corpo humano que não provocam qualquer tipo de reação adversa do organismo por rejeição ou contaminação. Em outras palavras, o organismo convive com esse material com um mínimo de agressão mútua.
Simule – do verbo simular: reproduzir da forma mais exata possível.
Fósseis - conjunto de restos, traços ou molde de um ser vivo de um período geológico passado, preservado nos estratos da crosta terrestre, que auxilia na determinação da idade das rochas.
Procedimentos - modo de fazer (algo); técnica, processo, método.
Cirurgias craniofaciais – cirurgias na região do crânio e na face.
Deformidade - que se deforma, perde sua forma original.
Casos congênitos – deformidade ou anomalia que o indivíduo nasce com ela ou apresenta durante a sua vida decorrente da suas características genéticas ou por deformações durante o parto ou gestação.
Menores taxas de retorno – redução do número de cirurgias complexas que um paciente deve ser submetido. É o dito popular do fazer certo da primeira vez.
Redução dos custos globais – aparentemente os custos de uma cirurgia se tornam mais altos ainda quando se utilizam novas tecnologias, porém os resultados são muito melhores evitando-se novas cirurgias e integrando o cidadão ao convívio social.
Biomodelo – protótipo reproduzindo um órgão ou parte do corpo humano.

Fontes: pesquisadores responsáveis e Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa


Outras Informações

- Para mais informações sobre o projeto Promed e obtenção do software InVesalius, visite o site www.cenpra.gov.br/promed

- Leia mais sobre modelos virtuais e protótipos de fósseis em:
Computadores digitalizam modelos tridimensionais dos dinossauros brasileiros
www.canalciencia.ibict.br

- O Projeto de Prototipagem Rápida na Medicina foi iniciado em agosto de 2001 e tem caráter permanente

- Texto: Jornalista Raquel Bueno Brandão (Colaboradora voluntária do projeto Promed)
Pesquisador(es) Responsável(eis)
Jorge Vicente Lopes da Silva
Ailton Santa Bárbara
Título do trabalho acadêmico
Prototipagem Rápida na Medicina (Promed)
Site do projeto
www.cenpra.gov.br


Figura 1: Recursos da interface do RenderVox
Modelagem Anatômica de Esqueleto
Utilizando-se de uma estrutura de dados baseada em articulações, Nedel [Nedel 98a, 98b] estudou e desenvolveu uma nova representação do esqueleto humano baseada em dados anatômicos. Trabalhou-se com dois modelos distintos: um esqueleto básico formado apenas por articulações e segmentos de reta entre as mesmas (Figura 4b) e um esqueleto tri-dimensional composto por ossos mas sem nenhuma relação com os dados referentes às articulações (Figura 4a) e portanto, sem a representação do movimento. Quanto ao esqueleto básico mencionado, pode-se dizer ainda que é baseado na posição e orientação de articulações, possuindo uma estrutura topológica de árvore concebida com o objetivo de representar um corpo vertebrado com mobilidade pré-definida, porém sem a representação gráfica de ossos associada ao mesmo.
Com base nos dados descritos acima e em estudos referentes aos conceitos de anatomia, um novo conceito de representação do esqueleto humano foi desenvolvido, usando o modelo básico baseado em articulações para representar a estrutura do novo humanóide. A partir do esqueleto tridimensional descrito acima e de acordo com estudos em anatomia, as posições e orientações das articulações foram redefinidas. Quanto ao aspecto visual, é importante salientar que a representação gráfica dos ossos no novo modelo, não foi concebida apenas por razões estéticas mas por serem realmente úteis, sobretudo durante a animação. A visualização do esqueleto durante o processo de animação permite que sejam evitadas com relativa facilidade as posturas impossíveis, o que consiste em uma tarefa bastante entediante quando usando apenas linhas para representar os membros. A Figura 5 apresenta alguns exemplos de posturas diferentes executadas com o esqueleto proposto.
 
Centro Científico de Estudos de Segurança Pública
Objetivo
Este recurso permite a rápida localização de pessoas em uma base cadastral de informações, contendo fotografias e outros dados pessoais internos, relevantes para instituição usuária.
Desenvolvido em 2002 por Isnard Martins para laboratórios experimentais de pesquisas de suspeitos em bases criminais, FOTOCRIM permite o cruzamento biométrico de um Retrato Falado com qualquer base de fotografias pré-processadas. Desenvolvimento Isnard Martins
Como trabalha o Sistema FOTOCRIM


Uma seqüência de informações biométricas de um indivíduo será singular quanto melhor e maior for o seu conteúdo. Por exemplo, distinguir tamanho do cabelo, forma do cabelo, cor dos olhos, forma do queixo, formato das orelhas, forma do nariz, base do nariz, forma da boca curva dos lábios, estatura, idade aproximada, cicatrizes eventuais, cor do cabelo, cor da pele e compleição física, estatisticamente será próximo a zero a probabilidade de o sistema oferecer mais de um indivíduo que atenda aos argumentos específicos desta pesquisa.
Mesmo com baixa alimentação destes parâmetros, os possíveis candidatos apresentados na pesquisa podem ser observados através de rápida paginação para seleção visual do suspeito mais próximo da identificação desejada.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Esta charge foi inspirada pelo início das obras do Metrô em Campanha, a primeira grande obra do PAC-3 no Sul de Minas. A Rua "E" no bairro Cohab II, onde vai se situar a primeira estação do trecho Cohab-Xororô ( não é Xororó) já teve início com a buraqueira aberta em conluio entre a Prefeitura e a Copasa. Agora é só seguir com o tatuzão às margens da Rodovia Vital Brazil e chegar, quem sabe, a Baependi... O Comendar Phyntias da Silva, Editor de jornal, promete para estes dias as fotos impressionantes do buracão aberto na Rua E e adjacências...
Do Facebook:

Pasme-se: em Campanha (MG) o número de pacientes deve ser multiplicado por dez!!!