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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Rumba ou tango???

A rumba é ritmo caribenho que mais se presta a celebração da alegria. O tanto argentino, ao contrário, quase sempre retrata dramas e sofrimento... 

Pois não é que esse caso da médica cubana que foi abduzida pelo doutor Caiado, líder dos Demos que é médico e quer o fim do programa "Mais Médicos" vai acabar em tango???

Olha só o que comenta o Fernando Brito, no seu "Tijolaço": 


Apareceu a verdade: a Dra. Ramona montou uma farsa para encontrar namorado em Miami


miami

A Dra. Ramona Matos Rodrigues tem o direito de querer viver com o namorado em Miami.

Isso é um problema dela com as autoridades de seu país e não nos cabe, a brasileiros, darmos palpite sobre as regras cubanas de emigração, que, atualmente, só restringem a saída de médicos, cientistas e militares. Os Estados Unidos restringem a entrada em seu país e que, volta e meia, vemos cenas dantescas de  dezenas de “chicanos” mortos ocultos em vagões de trem para tentar entrar no “eldorado” americano e ninguém diz que, com isso, ferem a liberdade de ir e vir.

Mas a Dra. Ramona não tem o direito de ilaquear a boa-fé do povo brasileiro montando uma história farsesca sobre as razões de sua tentativa de fuga para Miami.

A Folha, hoje, revela o suficiente da história para que compreendamos que, como disse Janio de Freitas, esta história “vá dar rumba”.

A Dra. Ramona se aproveitou da simpatia que lhe teve uma senhora, prestadora de serviços ao “Mais Médicos” para encontrar acolhida em Brasília. Dizia sentir-se só e foi recebida por ela em sua casa, num rasgo de solidariedade.

Depois de um final de semana, como planejado, foi à embaixada americana pedir para ser “abduzida” àquele país, para surpresa da amiga que, então, disse que para isso sua casa não era abrigo.

Então a Dra. Ramona montou sua pequena farsa, com a ajuda providencial do deputado Caiado, que critica a “escravidão médica” de Cuba, mas é contra a abolição da escravatura “de peão” proposta na PEC do trabalho escravo.
Aí veio a cantilena sobre o “fui enganada”, etc, etc, etc…

A Dra. Ramona usou o congresso e a imprensa brasileira como palco e platéia de seu “teatro”, sem nenhum pudor.

E os usou porque sabe que, neste país, existe um sistema de comunicação que a transformaria em “heroína” quando é apenas uma pessoa que mente por seus interesses, em lugar de proclamar e lutar por seus direitos abertamente.
O que, no Brasil, ninguém duvida, poderia ter feito.

Mas a Dra. Ramona foi contratada por nosso país para atender doentes, não para se portar como uma transtornada – que seja, concedamos a generosa possibilidade – por um amor na Flórida que a leve a mentir na sede do parlamento, diante de toda a imprensa.

Porque, para esta fila de “vistos” americanos, tem muito brasileiro na frente dela, que sequer vai receber os gordos subsídios que o Governo americano dá aos médicos cubanos dispostos a expatriar-se.

Ao contrário, se pagassem metade do que paga o Mais Médicos, muitos médicos brasileiros estariam nessa fila, porque Miami. para eles, é lugar de gente.

Pacajás, no Pará, não.

Aliás, nada impediria o namorado da Dra. Ramona, se é tão grande este amor, vir para cá.

Talvez o que o impeça seja, apenas, Miami.

Mas isso é um problema privado do casal.

E esse é o pecado imperdoável da Dra. Ramona: transformar os seus quereres pessoais em um caso político em país alheio.

PS. Desde ontem, no início da tarde, havia essa informação. Como não havia confirmação, não publicamos. Correr o risco da mentira era agir sem dignidade. Coisa que a Dra. Ramona não fez com a opinião pública brasileira.

***

Comentário nosso: esse tal de doutor Caiado perdeu boa oportunidade de ficar calado... Mas, o problema do cara é pior do que se pensa, é de alienação mental mesmo. Talvez ele ficasse melhor se fosse pra Miami curtir sua fortuna de latifundiário goiano...