Um dos princípios básicos do jornalismo nos ensina que ao apurar transmitir uma notícia devemos nos inteirar do assunto antes de redigi-la ou apresentá-la na tela da TV...
Essa consideração a faço diante do absurdo assistido hoje pelos telespectadores da GloboNews, no "Jornal do Meio dia" quando a repórter Carla Lopes - uma profissional de boa apresentação de vídeo, dicção correta e que passa credibilidade - dava a notícia do total de venda de veículos no Brasil em Janeiro, quebrando recorde para o mês.
Foi simplesmente assustador ouví-la dizer que o Brasil havia produzido 312.619.000 - isso mesmo, trezentos e doze milhões, seiscentos e dezenove mil veículos... E isso foi repetido três vezes com a repórter repetindo "milhões de veículos"...
É claro que Carla Lopes queria dizer 312.619 veículos, um recorde para o período.
Mas, o que assusta é notar-se que a repórter simplesmente lia teleprompter ou anotação, sem sequer raciocinar sobre o que dizia. E isso é apavorante quando vemos que jornalistas que passam credibilidade e segurança, meramente repetem o que leem nos caracteres do teleprompter sem raciocinar sobre o assunto que falam...
Imagine-se isso levado ao campo do comportamento, dos fatos da política e o noticiário geral. É o absurdo total e mostra a que ponto chegamos...