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domingo, 3 de novembro de 2013

A charge do domingo...

Do Blog "Brasil! Brasil!"


Charge do Bessinha


E o Eduardo Cunha já articula, a mando dos patrões do baronato midiático, mudar a nossa Lei de Mídia...

Um balaio complicado...

Marcos Coimbra, na Carta Capital faz sua última análise do quadro político: 

Os problemas da oposição

Dilma Rousseff também tem os seus, mas aqueles de seus adversários na corrida presidencial continuam maiores
 
 
Antonio Cruz / Agência Brasil
Dilma Rousseff
A presidenta Dilma Rousseff tem seus problemas, mas ainda está em melhor posição que os adversários

A 11 meses da eleição presidencial, as oposições enfrentam problemas. Não apenas elas, pois a presidenta Dilma Rousseff também tem os seus, mas aqueles dos adversários são claramente mais complicados.

As dificuldades dos diversos possíveis candidatos oposicionistas começam pela indefinição a respeito da própria candidatura. Nos vários partidos que pensam disputar a eleição contra Dilma há nomes de mais ou de menos. 

Nas duas principais legendas é evidente o conflito entre os postulantes à cabeça de chapa. No PSDB, Aécio Neves e José Serra estão em rota de colisão cada vez mais acelerada. A qualquer hora vão trombar, com mortos, feridos e um rastro de destroços pelo caminho.

No PSB, Marina Silva comporta-se como a convidada bem trapalhona na festa de Eduardo Campos. Desde a sua filiação ao partido, o governador de Pernambuco amarga uma dor de cabeça após a outra.


Enquanto os tucanos se bicam e os socialistas encenam o jogo da “aliança programática”, pequenas legendas entram na dança das candidaturas próprias. Nenhuma sabe se será para valer, mas algumas têm até nomes provisórios para oferecer. Outras estão à cata de um.

No PPS, há quem fantasie o lançamento da vereadora Soninha Francine, para desagrado de seu presidente, Roberto Freire, que parece vê-la como substituta insuficiente de Marina Silva que tanto desejava. 

No PSC, o pastor Everaldo discursa como presidenciável. Não é impossível surgirem outras candidaturas semelhantes.

O estímulo a essas microcandidaturas vem de cima, do PSDB e do PSB. São parte da estratégia imaginada por Aécio Neves e Eduardo Campos para tentar dificultar o caminho de Dilma Rousseff, multiplicando o número de oponentes que ela terá de enfrentar, por menores que sejam.

Não são, portanto, candidaturas espontâneas. Nem sequer pretendem representar uma parcela, mesmo pequena, da sociedade. Nascem apenas como linha auxiliar de um combate que as transcende.

Os partidos ideológicos não agem assim, sejam os de extrema-esquerda, sejam os de agenda específica. Eles participam de eleições sem expectativa realista de vitória, na busca por marcar posição e levantar bandeiras. PPS, PSC e congêneres não têm ideologia para defender. 

Nessas e em outras movimentações há algo que não conhecíamos em nossa história política pós-ditadura: a constituição de uma espécie de “frente ampla” oposicionista, sem agenda propositiva e cuja finalidade se define pela negação, por buscar a derrota do “lulopetismo”. Aécio e Campos aparecem em fotos nas quais trocam sorrisos, enquanto fabricam nanicos para correr por fora, na tentativa de trazer alguns votos para o balaio comum. Desde 1989, é a primeira vez que se esboça algo assim.

A oposição extrapartidária, especialmente a brigada midiática, mostra-se encantada com a entente cordiale armada para 2014 e a encoraja a todo instante. Se depender dela, a paz reinará na seara oposicionista, de preferência enquanto o governismo se fraciona e guerreia. 

Dá-se o caso, contudo, de essa possibilidade só existir no sonho de alguns. No mundo real, nem há paz dentro dos partidos da oposição, nem haverá entre eles na hora em que a disputa eleitoral se intensificar. Para Aécio e Campos, ou qualquer composição de nomes de seus partidos, o sabor de uma hipotética derrota petista não anularia o gosto amargo da vitória do outro. Ambos apostam em conseguir mais votos e querem somente se aproveitar do aliado ocasional.

No fundo, tudo isso apenas reflete o aspecto central do oposicionismo brasileiro de hoje: sua falta de identidade e rosto natural. O contrário do que havia em 2002, quando o governismo foi derrotado por uma candidatura de oposição inteiramente natural, a de Lula pelo PT.


Aécio? Serra? Campos? Marina? Soninha? O pastor Everaldo? Mais alguém? Em frente ampla? Cada um por si? Tantas interrogações indicam: por razões distintas, está tudo no ar no campo oposicionista. 

O mau desempenho dos nomes da oposição nas pesquisas atuais e a vantagem de Dilma, é fato, não significam que a presidenta só terá bons ventos pela frente. Parece claro, porém, que as dificuldades de seus oponentes serão maiores.

Nem precisamos lembrar que a presidenta possui um amplo estoque de boas notícias e propostas para apresentar ao eleitorado. Quanto à oposição, até agora não mostrou saber o que quer, a não ser assumir o poder.

A mensagem do Faraó Aécios I

Numa boa adaptação de texto do site Egiptologia Brasil, aí vai...

"Ó viventes que estais na terra,
Dai graças ao Faraó.
A fim de que possais viver.
Velai por sua obra,
Respeitai o que ele ordena.
Tal ato será útil aquele que o realiza,
ele será um venerável amado por seu deus,
E assim será coerente.
Perfeito será seu comportamento ao longo de toda a sua existência."

(Texto no relevo de Metjetji, 
a imagem é do Faraó Sesóstris III)

David Souza ∴✍
Equipe @[301524119891658:274:Egiptologia Brasil] #EBDS [R] #EBPM
 
 






















"Ó viventes que estais na terra, dai graças ao Faraó, a fim de que possais viver a plenitude do neoliberalismo tucano. Velai por sua obra e respeitai o que ele ordena sob pena da chibata da grã irmã Andréia. Tal ato será útil àquele que o realiza e serás um venerável amado por seu deus mercado. E assim será coerente com a doutrina de Fernandus o privatizador e assim agindo, perfeito será seu comportamento ao longo de toda a nossa profícua e rica existência de entregadores em favor do nosso sagrado deus o senhor dos mercados dos bens que construistes com seu suor de escravos destas minas." (Texto em relevo da afundada Cidade Administrativa em BH na imagem  do Faraó Aécios I  rei da 3ª dinastia dos Nevius, imitando Sesóstris III) 

Ironia pouca é bobagem...

Para este domingo ensanduichado pelo feriado do Dia dos Mortos, nada melhor que a ironia aberta do texto publicado hoje pelo Antônio Prata na Folha de S. Paulo...

Guinada à direita
 

Antonio Prata



Você, cidadão de bem: junte-se a mim nesta nova Marcha da Família com Deus pela Liberdade
Há uma década, escrevi um texto em que me definia como "meio intelectual, meio de esquerda". Não me arrependo. Era jovem e ignorante, vivia ainda enclausurado na primeira parte da célebre frase atribuída a Clemenceau, a Shaw e a Churchill, mas na verdade cunhada pelo próprio Senhor: "Um homem que não seja socialista aos 20 anos não tem coração; um homem que permaneça socialista aos 40 não tem cabeça". Agora que me aproximo dos 40, os cabelos rareiam e arejam-se as ideias, percebo que é chegado o momento de trocar as sístoles pelas sinapses.

Como todos sabem, vivemos num totalitarismo de esquerda. A rubra súcia domina o governo, as universidades, a mídia, a cúpula da CBF e a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, na Câmara. O pensamento que se queira libertário não pode ser outra coisa, portanto, senão reacionário. E quem há de negar que é preciso reagir? Quando terroristas, gays, índios, quilombolas, vândalos, maconheiros e aborteiros tentam levar a nação para o abismo, ou os cidadãos de bem se unem, como na saudosa Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que nos salvou do comunismo e nos garantiu 20 anos de paz, ou nos preparemos para a barbárie.

Se é que a barbárie já não começou... Veja as cotas, por exemplo. Após anos dessa boquinha descolada pelos negros nas universidades, o que aconteceu? O branco encontra-se escanteado. Para todo lado que se olhe, da direção das empresas aos volantes dos SUVs, das mesas do Fasano à primeira classe dos aviões, o que encontramos? Negros ricos e despreparados caçoando da meritocracia que reinava por estes costados desde a chegada de Cabral.

Antes que me acusem de racista, digo que meu problema não é com os negros, mas com os privilégios das "minorias". Vejam os índios, por exemplo. Não fosse por eles, seríamos uma potência agrícola. O Centro-Oeste produziria soja suficiente para a China fazer tofus do tamanho da Groenlândia, encheríamos nossos cofres e financiaríamos inúmeros estádios padrão Fifa, mas, como você sabe, esses ágrafos, apoiados pelo poderosíssimo lobby dos antropólogos, transformaram toda nossa área cultivável numa enorme taba. Lá estão, agora, improdutivos e nus, catando piolho e tomando 51.

Contra o poder desmesurado dado a negros, índios, gays e mulheres (as feias, inclusive), sem falar nos ex-pobres, que agora possuem dinheiro para avacalhar, com sua ignorância, a cultura reconhecidamente letrada de nossas elites, nós, da direita, temos uma arma: o humor. A esquerda, contudo, sabe do poder libertário de uma piada de preto, de gorda, de baiano, por isso tenta nos calar com o cabresto do politicamente correto. Só não jogo a toalha e mudo de vez pro Texas por acreditar que neste espaço, pelo menos, eu ainda posso lutar contra esses absurdos.

Peço perdão aos antigos leitores, desde já, se minha nova persona não lhes agradar, mas no pé que as coisas estão é preciso não apenas ser reacionário, mas sê-lo de modo grosseiro, raivoso e estridente. Do contrário, seguiremos dominados pelo crioléu, pelas bichas, pelas feministas rançosas e por velhos intelectuais da USP, essa gentalha que, finalmente compreendi, é a culpada por sermos um dos países mais desiguais, mais injustos e violentos sobre a Terra. Me aguardem.

Atualizado em 04.11 as 16h56

Colunista da Folha desenha para quem não sabe ler


A ironia está no texto e no fato do Otavinho haver permitido publicá-lo....

sábado, 2 de novembro de 2013

Pontaria certeira...

Dizem de nossas cartas de despedida que aquelas que criticam o que deixamos para traz são missivas de quem "saiu atirando"...

Pois hoje vamos publicar uma carta de quem saiu atirando pro lado certo e de forma certeira, ao reproduzir o texto da carta de despedida do jornalista e blogueiro Leandro Fortes da Carta Capital. Ela não críticas à publicação de Mino Carta, mas só elogios. No entanto , é certeira na análise e na avaliação que faz do jornalismo brasileiro neste tempo de meu deus... 




Despedida doída

Eu devo a CartaCapital a oportunidade de ter voltado a amar o jornalismo. Espero ter retribuído à altura

por Leandro Fortes 

No site da Carta Capital

Em outubro de 2005, eu havia desistido do jornalismo.

A fúria com que a mídia havia se debruçado sobre o escândalo do “mensalão” havia, na época, iniciado uma onda de vandalismo editorial que transformara o trabalho das redações de Brasília em gincanas de uma só tarefa: derrubar o governo Lula.

Transformados em soldados de uma estrutura paralisante de pensamento único, os repórteres de Brasília passaram a gravitar em volta desse objetivo traçado pelo baronato da mídia sem maiores preocupações críticas. De repente, a ordem era adaptar todas as teses progressistas e de esquerda vinculadas ao governo do PT ao esgoto do “maior escândalo de corrupção da história do Brasil” e, a partir de então, iniciar a caçada a Lula e seu mandato presidencial. Fracassaram, mas não pararam de se multiplicar.

Assim, meia dúzia de famílias que monopolizava (e ainda monopoliza) o negócio da comunicação no País se uniu, como em 1964, para derrubar um presidente eleito pelo voto popular por meio do mesmíssimo discurso udenista de combate à corrupção agregado, a partir de uma adaptação tosca e deliberadamente manipulada, a conceitos difusos de liberdade de imprensa e liberdade de expressão – uma armadilha retórica que perdura até hoje, cujo o objetivo continua sendo o mesmo, o de não discutir seriamente nem uma coisa nem outra.

Eu havia largado empregos promissores da chamada “grande imprensa” para me dedicar a dar aulas de jornalismo em uma faculdade de Brasília. Pretendia, como acabei fazendo pouco tempo depois, criar um fórum próprio de discussão e formação em jornalismo desvinculado da crescente ideologização de direita, conservadora e medíocre da mídia nacional. Assim nasceu a Escola Livre de Jornalismo, uma arena de ideias, seminários, palestras e oficinas para estudantes e jovens jornalistas em busca de contrapontos ao mau cheiro da mídia tradicional. Dediquei-me, ainda, a escrever livros e fazer palestras Brasil afora.

A CartaCapital entrou na minha vida, em 2005, pelas mãos da mesma pessoa que me fez vir para Brasília, em 1990, Cynara Menezes – minha amiga e contemporânea dos tempos da UFBA, minha irmã querida, jornalista brilhante, desde sempre.

Eu não sabia, mas ao ser indicado por Cynara para assumir o cargo de correspondente da Carta em Brasília, eu teria a chance de viver a mais importante, relevante e satisfatória experiência da minha carreira de jornalista desde que, numa tarde de maio de 1986, eu botei os pés na redação da Tribuna da Bahia, como estagiário não-remunerado, em um velho prédio coberto de fuligem do bairro da Sete Portas, nas entranhas da velha Salvador.

A experiência na Carta traz o traço marcante da convivência com o idealizador e a alma da revista, Mino Carta, de longe o mais importante e referencial jornalista ainda em atividade no Brasil. Eu, que já havia trabalhador para as famílias Mesquita, Sirotsky, Marinho e Nascimento Brito, não sabia o que era ter como patrão um jornalista de verdade. Fosse apenas isso, ter a oportunidade de trabalhar e conviver com um profissional da qualidade – e com a sabedoria – de Mino, a experiência na CartaCapital já teria sido um presente. Mas foi mais do que isso.

Nesses oito anos de CartaCapital, moldei meu espírito de repórter no combate permanente às injustiças sociais, ao moralismo seletivo e ao mau jornalismo vendido à sociedade como suprassumo do pensamento liberal, mas que é somente subproduto risível de certa escola de reportagem a serviço do que há de pior e mais reacionário no pensamento das autodenominadas elites nacionais.
Desde a minha trincheira, na capital federal, parti para percorrer o País a fim de ouvir quem nunca tinha sido ouvido e dar voz a quem nunca pode falar.

Fui, com muito orgulho, o repórter dos invisíveis.

Agora, de partida para outras plagas profissionais, gostaria de compartilhar com todos vocês, queridos amigos, colegas e leitores, esse meu sentimento contraditório, tão típico dos que se despendem sem a certeza de que querem mesmo ir embora.

Eu devo a CartaCapital a oportunidade de ter voltado a amar o jornalismo, com todas as dificuldades e sacrifícios que esse ofício tão especial nos coloca no caminho, todo dia.

Hoje, no meu último dia de trabalho na Carta, olho para trás e espero, sinceramente, ter retribuído à altura.

Aqui, nesta matéria do "Tijolaço" do Fernando Brito está a explicação para a Carta de Leandro: 

Leando Fortes é primeiro golaço de Dilma para 2014

2 de novembro de 2013 | 10:06
Enquanto Veja e Serra brincam de fazer fofoca, Marina ajusta seu marketing ao do Itaú, e Campos passa o trator em cima do que resta de esquerda pró-Lula em seu partido, Dilma inicia seus preparativos para 2014 com a contratação de um dos maiores jornalistas do país: Leandro Fortes. 

Sim, ele mesmo. Fortes será um dos coordenadores da comunicação da campanha da presidenta em 2014, segundo informação veiculada há pouco pelo Brasil 247.

Esse golaço provavelmente tem o dedo de Franklin Martins, outra figura cujo peso tem ganhado relevância junto ao staff político da presidenta, e que também já foi anunciado como integrante do núcleo de comunicação da campanha.

É uma notícia promissora, que traz enorme alívio à militância, porque promete uma campanha inteligente, focada mais no debate e na informação, e menos em marketing. 

Sempre é bom lembrar que o marketing consegue fazer um candidato ganhar eleições. Mas a vitória política propriamente dita pertence à militância e ao staff político e jornalístico da campanha. Tem candidato que ganha eleição sem ganhar politicamente. Tem candidato que ganha politicamente mas perde a eleição. E tem quem ganhe nos dois: na eleição e na política.

Fortes é um lorde do jornalismo. Tem classe, talento e ideologia, qualidades que raramente se encontram reunidas numa só pessoa. Além de ser um entusiasta da blogosfera e do papel das redes sociais.

A direita não precisa se preocupar com equipe de comunicação, visto que a grande mídia em peso trabalha para ela. E nem vou falar que trabalha de graça, porque não é o caso. As perspectivas de retorno são gigantescas. 

Um jornalista vai trabalhar numa campanha para ganhar um salário, além do prazer de participar do mais importante embate político de uma democracia.
Uma empresa de mídia se engaja em prol de um partido em troca de muito mais que isso. 

Com dívidas tributárias remontando aos bilhões, a Globo sabe muito bem o que pode ganhar ou perder com as eleições de 2014. 

E os acontecimentos na Argentina a deixaram ainda mais nervosa.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Desvendando a maracutaia...

COMO O MINISTÉRIO PÚBLICO PROTEGEU OS TUCANOS

Procurador Rodrigo de Grandis engaveta oito ofícios do Ministério da Justiça que pediam apuração do escândalo do metrô de São Paulo e prejudica o andamento das investigações

Claudio Dantas Sequeira e Alan Rodrigues
Revista ISTOÉ


Apareceu um escândalo dentro do escândalo de corrupção em contratos de energia e transporte sobre trilhos de São Paulo que atinge em cheio os governos do PSDB. ISTOÉ descobriu que o procurador Rodrigo de Grandis engavetou desde 2010 não apenas um, como se divulgou inicialmente, mas oito ofícios do Ministério da Justiça com seguidos pedidos de cooperação feitos por autoridades suíças interessadas na apuração do caso Siemens-Alstom. 
 
Ao longo de três anos, De Grandis também foi contatado por e-mail, teve longas conversas telefônicas com autoridades em Brasília e solicitou remessas de documentos. Na semana passada, soube-se que, devido à falta de cooperação brasileira, o Ministério Público suíço decidiu arquivar a investigação contra três dos acusados de distribuir propina a políticos tucanos e funcionários públicos. 
 
Em sua única manifestação sobre o caso, De Grandis alegou que sempre cooperou e só teria deixado de responder a um pedido feito em 2011, que teria sido arquivado numa “pasta errada”. Mas sua versão parece difícil de ser sustentada em fatos.

LEIA MAIS EM
http://www.istoe.com.br/reportagens/332703_COMO+O+MINISTERIO+PUBLICO+PROTEGEU+TUCANOS?pathImagens&path&actualArea=internalPage




Tá lá no Facebook...

O nefasto Eduardo Cunha...

Não existe hoje na política brasileira figura mais nefasta que a de Eduardo Cunha, o deputado federal do PMDB do Rio de Janeiro, que se especializou em agir contra o povo e contra o Brasil, superando em muito as figuras execradas de outros partidos e deixando até José Serra no chinelo quando se trata de fazer o mal.... 

Não são poucas as armações, armadilhas e mal feitos dessa figura execrável que aos poucos vai levando o PMDB para o fundo do poço em termos de dignidade pública, ética e respeito ao País. 

O Blog do Rovai na "Revista Fórum" publica a penúltima - porque com ele nunca há a última - armação do mefisto carioca..


Eduardo Cunha articula acordão entre Globo e teles contra o Marco Civil

Publicado por Renato Rovai 
Este blogue apurou que o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, está se empenhando pessoalmente para transformar um longo debate na sociedade em um acordo entre dois setores econômicos, as teles e a radiodifusão. Ou seja, a Vivo, a TIM, a Claro e a Globo. A aprovação do texto do Marco Civil da Internet subiu literalmente no telhado e só irá descer com algum nível de qualidade se a sociedade for à luta.

É hora de pressionar Eduardo Cunha enviando e-mail, postando memes, ligando no gabinete. (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Pelo acordo que está sendo encaminhado por Eduardo Cunha, a Globo negociaria ao menos parcialmente a neutralidade na rede e ficaria com o artigo que garante que os direitos autorais no Brasil se sobrepõem aos direitos humanos.

É isso mesmo, você não leu errado. A Globo defende que apenas para questões que envolvam direitos autorais não haja necessidade de processo judicial para que um conteúdo seja retirado do ar. Ou seja, você pode defender a pedofilia que tudo bem, mas se divulgar o capítulo da novela no seu blogue estará perdido.

Mas o artigo que ajuda a Globo permitirá de alguma maneira que outros grupos se apropriem dele para praticar censura, utilizando-se do recurso do “uso indevido da imagem”. Por exemplo: os grupos LGBTS publicam textos pela sua militância e o Marco Feliciano solicita, via notificação extrajudicial, e retirada do ar porque usaram uma foto dele. O mesmo pode acontecer com o MST se criticar a Kátia Abreu. E aí aquela lei da biografias vai virar piada de salão…

Enquanto isso, as teles querem ser donas não só dos dutos por onde passam as informações, querem controlar também as informações que passam por ali. E a depender do que estiver circulando, cobrar diferente por isso, como fazem as tevês a cabo.

Ou seja, você quer só receber e enviar email, paga 10 reais por mês. Quer assistir vídeo no youtube é vintão. Quer ter um blogue, o pacote já fica 30. Quer também colocar vídeos na rede, o preço pode chegar a 100. É isso que está em jogo. Eduardo Cunha está (parafraseando Brizola) articulando a aliança entre o coisa ruim e o satanás.

A presidenta Dilma já deu declarações a favor da neutralidade na rede e contra o artigo que só interessa à Globo. Mas a relação do governo com o PMDB está num momento tenso e o Marco Civil pode pagar o pato.

É hora de pressionar Eduardo Cunha enviando e-mail, postando memes, ligando no gabinete, utilizando todos os instrumentos democráticos para convencê-lo a recuar desta operação.

O custo da aprovação de uma lei para garantir mais privilégios ainda à Globo e às telefônicas no Brasil seria imenso. De dimensões terríveis para o Brasil. E para quem defende a liberdade.

A inclusão e as mutações



Mutações inconclusas

A abrangência das mutações econômicas e sociais no país desde 2004 não foi acompanhada de uma contrapartida no plano da representação política.

por: Saul Leblon



A  abrangência das mutações econômicas e sociais registradas no país desde 2004  não se fez acompanhar de uma contrapartida  no plano da representação política.

O economista Márcio Pochman, presidente da Fundação Perseu Abramo , sugere – em entrevista ao Brasil Econômico - que essa assimetria lança uma luz mais intensa do que interpretações exclamativas, sobre irrupção da violência na cena política brasileira. 

Sua angulação expõe um flanco pouco debatido das políticas sociais desse período, na verdade, quase um tabu.

O carro-chefe delas, o decano Bolsa Família, chega hoje a 14 milhões de lares, reúne o formidável contingente de 50 milhões de beneficiados e não possui um fórum próprio que os expresse (leia o editorial ‘O Bolsa Família e os gastadores de gente’).

Note-se que até do ponto de vista funcional, a existência de mecanismos de participação contribuiria para o aperfeiçoamento do programa, que arregimenta 32 mil verificadores só para fiscalizar a  condicionalidade escolar.

O engajamento dos principais interessados talvez até  barateasse a estrutura, obsessão do conservadorismo que, todavia, vetou os comitês gestores formados por representações locais do Fome Zero, logo no início de 2003.

Nenhuma novidade.

As elites brasileiras, do alto de seus 380 anos de casa grande e senzala,  são cometidas de surtos psicóticos ao menor ensaio de organização autônoma e democrática dos interesses populares.

Pochman menciona outros paradoxos associados a esse interdito subjacente à tradição liberal brasileira.

Cerca de 1,1 milhão de jovens ingressaram no ensino superior nos últimos anos, por conta do Prouni; todavia, essa legião não engendrou maior fôlego às entidades estudantis.

Mais de 20 milhões de trabalhadores conquistaram um emprego no mercado formal desde 2003. Mas  a taxa de sindicalização não cresceu; ela permanece estagnada no país.

Milhões de famílias adquiriram imóveis pelo Minha Casa Minha Vida. Sem alterar, no entanto, o número de associações de moradores.

E assim por diante.
Seria importante que a Fundação Perseu Abramo abraçasse a inquietação de Porchman canalizando-a para uma pesquisa de fôlego nacional, capaz de adicionar escala e densidade a esse fenômeno.

Melhor ainda se fosse logo.

Falta ao campo progressista brasileiro ampliar a compreensão dos requisitos políticos e sociais ao passo seguinte do desenvolvimento nacional.

Certas dimensões do desafio tem sido subestimadas.

Transformações democráticas fornecem, muitas vezes, a única alavanca capaz de remover obstáculos  intransponíveis quando abordados no âmbito de sua própria lógica.

Justamente porque avançou muito nos últimos anos, explorando as linhas de menor resistência, mas também indo além delas em algumas áreas,  Brasil  talvez esteja muito perto de ter atingido o limite nessa trajetória a frio.

Não avançará muito mais a partir de agora se menosprezar os interesses  catalisados pelas políticas populares dos últimos dez anos.

Os bolsões de violência registrados em manifestações recentes de protestos  –insista-se no termo bolsões--, dos quais o fenômeno black bloc  é a marca da hora, não podem ser deduzidos mecanicamente do déficit de representação existente no país.

Há de tudo um pouco quando ações violentas se transformam em linguagem proeminente de protesto.

Existe a cota do vandalismo espontâneo  e a do instrumentalizado. Um bom naco da adesão decorre do modismo. Outro, não menor, de convicções doutrinárias de consistência inescrutável.

Com um aditivo gravoso no caso brasileiro: a longa exposição da opinião pública aos  efeitos danosos do elogio à loucura.

A demonização da política, dos partidos e das lideranças de esquerda, martelada insistentemente pela emissão conservadora, ao longo de todo o processo da AP 470, encontraria nos protestos de junho o altar de sua catarse.

Como convém aos rituais de uma seita, a cerimonia foi adornada de fogo e destruição  purgativa.

Tudo isso é verdade. Mas não elimina o escopo mais amplo da sintomatologia.

O baixo incentivo ao engajamento dos grandes contingentes ticados pelas políticas sociais nos últimos anos talvez tenha atingido seu ponto de saturação.

Desenvolvimento é transformação. É romper estruturas anacrônicas e construir outras novas, ao mesmo tempo e com igual intensidade. Quase como atravessar um rio de dupla correnteza, uma puxando para cada lado.

Quem acha que pode haver equilíbrio estático nesse ambiente açoitado por ventos e tempestades em litígio, acredita em fadas.

A fada dos mercados autorreguláveis, por exemplo.

Mas quem acredita que é possível  desencadear um novo ciclo de desenvolvimento sem um protagonista social que o conduza,  incorre igualmente em perigosas ilusões.

Mesmo sem acreditar em fadas, pode bater de frente com um exército de bruxas no meio do rio.

Marx save the Queem... A raínha virou comunista...

Diz o Paulo Henrique Amorim, no seu "Conversa Afiada" que aquela velhinha comunista do Palácio de Buckingham agora deu para botar as manguinhas de fora e aderiu de vez ao projeto comunista de dominação do mundo como a Leilane Neubarth, da GloboNíus, vê a Ley de Medios na Argentina e pelo mundo afora..

O site Rede Brasil Atual republica matéria da "Carta Capital" sobre essa adesão da Rainha ao "ideário comunista"...

Sem recurso

Inglaterra aprova novo sistema regulador da imprensa

Conselho Assessor da Rainha sancionou o novo regime que contempla a criação de um órgão regulador e outro ouvidor
por Marcelo Justo, da Carta Maior 

Andy Rain/EFE
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Passadas duas décadas, a constatação é de que a autorregulação da imprensa não funcionou


Londres – Os grandes grupos da imprensa britânica não puderam evitar, com um recurso judicial no último minuto, que se aprovasse um novo sistema regulador à luz dos escândalos das escutas telefônicas. O Conselho Assessor da Rainha da Inglaterra, composto por altos funcionários e membros do governo, sancionou o novo regime que contempla a criação de um órgão regulador e outro ouvidor com poderes ampliados e multas de mais de um milhão de dólares pela violação do código de ética da imprensa.

Em um dia de alta voltagem dramática, duas instâncias judiciais rechaçaram o recurso dos conglomerados midiáticos para que se bloqueasse a aprovação do novo sistema. Segundo o juiz Stephen Richards, a imprensa “teve muitíssimo tempo para apresentar seus argumentos” sobre o novo marco regulatório e sua demanda era “no melhor dos casos, muito frouxa”. Os conglomerados – News Corp de Murdoch, Daily Mail e General Trust Trinity Mirror – apelaram novamente à tarde à Corte que voltou a negar-lhes uma ordem interina para bloquear o novo sistema.

Consensuado pelos três principais partidos políticos, substitui a Comissão de Reclamações sobre a Imprensa, que se mostrou totalmente inoperante durante as duas últimas décadas, cenário dos escândalos envolvendo a família real e, finalmente, o das escutas telefônicas. Como pela mão de algum demiurgo, ao mesmo tempo em que a justiça limpava o caminho para a promulgação oficial do novo sistema, três jornalistas se declaravam culpados ante a Corte Criminal de Old Bailey de interceptar comunicações e interferir no telefone de uma estudante sequestrada e assassinada, Milly Dowler. O caso de Dowler provocou renúncias em massa no grupo Murdoch, o fechamento do dominical News of the World e forçou o governo a criar em 2011 a Comissão Leveson, que propôs um novo sistema regulatório.

A velha Comissão de Reclamações sobre a Imprensa era um mecanismo de autorregulação sem poderes de investigação ou sanção da imprensa e com um código de ética brando que ninguém respeitava. O atual sistema propõe a criação de um órgão regulador, nomeado pela própria imprensa, mas sem editores ou membros de diretorias de publicações, e um painel ouvidor que cuidará com que o regulador respeite o código de ética e se comporte de maneira independente.

A proposta, criticada em princípio pelas vítimas das escutas telefônicas, tentava manter um difícil equilíbrio entre uma espécie de autorregulação da imprensa – que nomeava o comitê regulador – e uma garantia de que este comitê atuasse de maneira independente graças à vigilância do órgão supervisor. Em uma tentativa de garantir a liberdade de imprensa e a não interferência política, o órgão supervisor não poderá ser integrado por jornalistas, políticos ou funcionários públicos.

O sistema tem um calcanhar de Aquiles: é voluntário. As publicações só serão submetidas a esta regulação se aceitarem participar. Esta participação será alentada por incentivos que favorecem que as queixas contra a imprensa se resolvam por processos internos de arbitragem e que autorizam as cortes a tratar de maneira diferente um periódico caso não faça parte do sistema.

Estes incentivos não bastaram para os donos da imprensa que agora devem decidir se farão parte do sistema ou se vão boicotá-lo, gerando um potencial enfrentamento entre o parlamento e os meios de comunicação. O diretor executivo do The Thimes, Roger Alton, insinuou que haverá uma resistência em massa. “Uma ideia que foi consensuada entre políticos e lobistas anti-imprensa enquanto comiam pizza não vai controlar a imprensa, que é chave para a democracia. Resistiremos”, assinalou.

Nenhum diário anunciou até aqui sua participação no sistema, mas nem todos apelaram contra a sua existência. Guardian, Financial Times e Independent se mantiveram à margem da ação judicial. O grupo “Hacked off”, fundado pelas vítimas das escutas, entre eles o ator Hugh Grant, condenou duramente o chamado à resistência. “Murdoch e seus amigos estão se aferrando ao direito a mentir, intimidar, intrometer-se e tornar a vida das pessoas miseráveis”, assinalou o diretor executivo de Hacked Off, Brian Cathcart.

A falta que faz a PEC 37...

No meio das manifestações de junho e julho, o Congresso Nacional, acovardado, recusou a PEC 37 que estabelecia controles e forma de agir do Ministério Público. Os procuradores e promotores federais em movimentação corporativista insuflaram as ruas e deixaram o MP à solta... 

Agora pagamos alto preço por isso como mostra o Fernando Brito, no "Tijolaço"... 






gaveta

Sigilo? O MP é fiscal da lei, não dono da lei

A saída de Roberto Gurgel da chefia do Ministério Público Federal parece ter preenchido uma lacuna na aplicação da lei neste país.
Ontem, a corregedoria do Ministério Público Federal abriu sindicância para apurar a razão que levou o Procurador Rodrigo de Grandis a deixar engavetado o pedido de investigação suíço sobre a propinagem que correu solta sobre os trilhos do Metrô e da Companhia de Trens Metropolitanos dos governos tucanos de SP. A corregedoria Conselho Nacional do Ministério Público, que não é composta apenas de membros do MP, também abriu investigação.
Hoje, na Folha, revela-se que a história da “gaveta errada” é uma farsa: e-mails do Ministério da Justiça e de promotores de São Paulo ligados às investigações do caso Alstom  é, simplesmente, mentira.
A democracia não pode conviver com “engavetadores-gerais da República”, como tivemos durante o governo Fernando Henrique, muito menos com a “ferocidade seletiva” que Gurgel implantou: contra a esquerda, pressa; contra a direita, desídia.
Mas há, ainda, outro obstáculo a ser superado.
Pode e deve haver sigilo em investigações criminais, mas não sobre atos administrativos.
O procurador Rodrigo de Grandis é um servidor público e seus atos estão sob o comando do artigo 37 da Constituição, de determina a publicidade das ações de Estado.
Por conseguinte, também das razões da não-ação, da omissão.
Se o MP deve dizer o que fez e porque fez, também deve explicar o que não fez e a razão de não fazer.
No caso do chamado mensalão, Gurgel parecia uma matraca.
Não se pede o mesmo.
Mas se exige a transparência, a menos que o sigilo, como parece, seja privilégio do que envolve os tucanos ou a Globo, no caso de sonegação fiscal ao qual o MP deu de ombros.
Por: Fernando Brito