Ainda que a grande mídia já dê por favas contadas a imposição do impeachment a Dilma, algumas análises lúcidas apontam caminhos. Uma delas, ainda pensando na hipótese de rejeição do impedimento, é do professor J. Carlos Assis, publicada no Blog de Luís Nassif. Dela extraí o trecho abaixo que merece ser lido.
Aliança pelo BrasilO que pode ser feito depois da rejeição do impeachmentpor J. Carlos de AssisÉ fundamental encontrar uma solução imediata para a crise financeira dos Estados. A noção de que há dois cidadãos, o cidadão estadual e o federal, podendo o cidadão estadual ser entregue às baratas enquanto o federal pode ser socorrido por déficit e dívida pública é uma estupidez política. Os Estados estão sendo esmagados por uma lei burra, a Lei de Responsabilidade Fiscal, cujo único objetivo tem sido preservar a receita pública estadual para pagar juros de dívida pública enquanto os serviços públicos estão se derretendo.O setor público, em determinadas circunstâncias, e certamente nas etapas de depressão da economia como atualmente, não só pode como deve recorrer ao endividamento. Se o Estado não tem condições de endividar-se, o Governo federal deve fazê-lo por ele. A consequência é um estímulo de natureza keynesiana ao crescimento econômico, levando a um aumento da receita e, por último, à redução da própria dívida. Assim, para eliminar a crise dos Estados, o Governo federal deve facilitar seu endividamento e, em último caso, endividar-se por eles. É o que esperamos seja feito depois da rejeição do impeachment, mandando às favas as objeções do FMI e das agências de risco mancomunadas com os especuladores financeiros.
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