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quinta-feira, 7 de abril de 2016

Ele, sempre ele...

No meio do furdunço em que se transformou Brasília com a proximidade do golpe midiático-parlamentar contra o atual governo, um personagem parece ter submergido no noticiário das mazelas da República. E o senador-eterno-candidato José Serra pretendente a candidato a Presidente numa eventual cassação do mandato de Dilma e Temer. 



Figura inapagável do anedotário da República graças a bolinhas-de-papel, dedo no nariz e tantas outras proezas tais, o atual senador por São Paulo pouco tem frequentado o noticiário, depois de haver proposto a literal entrega do Pré-Sal às petroleiras estrangeiras com a redução forçada da obrigação de participação da Petrobras na exploração dos campos da nova província petrolífera do Brasil, a Amazônia Azul. 

Pois não é que o Zé das Bolinhas como é mais conhecido nas rodas paulistanas voltou à carga e agora quer por que quer estabelecer um teto para a dívida pública da União. Seria o uso da Lei de responsabilidade Fiscal com fins totalmente eleitorais e que paralisaria completamente o País e botaria abaixo todos os atuais programas e investimentos sociais do governo. 

Serra, na calada de sua pequenenez, torce para o caos total como forma de surgir salvador da Pátria, talvez a única possibilidade que lhe reste para assumir a Presidência. 

O assunto é árido e por isso pouco mencionado mesmo nos blogs progressistas já que a grande mídia, por suas ligações com o capital internacional e pauta anti-Brasil, normalmente não daria destaque ao assunto. 

Em resumo o projeto quer parar inteiramente o governo federal em seus gastos e já está em tramitação no Senado federal. 

O Blog do Luís Nassif publica o texto O golpe contra a democracia e o limite da dívida pública de autoria de Pedro Paulo Zahluth Bastos no site: http://jornalggn.com.br/noticia/o-golpe-na-democracia-com-o-projeto-da-divida-publica-de-serra-por-pedro-zaluth

Lá, entre outras coisas, se diz que tal projeto é tão ou mais maléfico ao País quanto o impeachment. 

Abaixo um trecho do artigo 

"A democracia corre um risco mais imediato do que o impeachment: a possibilidade de votação do projeto para definir um teto para a dívida pública da União.
A democracia brasileira corre um risco mais imediato do que o impeachment ilegal contra Dilma Rousseff: a possibilidade de votação, essa semana, do projeto do senador José Serra para definir um teto para a dívida pública da União. 

Contra o projeto de Serra, já foi publicado um manifesto assinado por economistas que rejeitam os riscos ao crescimento do emprego e da renda, e apoiado por intelectuais e ativistas que rejeitam a ameaça à soberania popular que o projeto embute.

A Carta Maior também publicou uma revista especial reunindo vários especialistas contrários ao projeto. Aqui se argumenta que esse projeto tem forte relação com os objetivos do golpe que o impeachment representa."