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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Por encomenda...

Miguel do Rosário comenta no seu "O Cafezinho": 


O golpe da delação encomendada


 

roberto-marinho2



Aos poucos, o golpe vai sendo desmontado.
Tomara que a tempo de evitar que a mídia imponha seu marionete ao povo brasileiro.
Teresa Cruvinel, colunista do Brasil 247, já observou a sincronia entre as delações combinadas de Paulo Roberto Costa e Alberto Yousseff e o segundo turno presidencial.
O Conselheiro Nacional do Ministério Público, Luiz Moreira, denunciou o absurdo de termos uma delação premiada de dois bandidos, sem apresentação de nenhuma prova, influenciando o processo eleitoral.
Há cerca de um mês, um site de notícias divulgou que a advogada usada para convencer Paulo Roberto Costa a fazer a “delação encomendada”, Beatriz Catta Preta, seria prima de José Mauro Catta Preta, nomeado desembargador pelo governo do PSDB em Minas Gerais.
Não consegui confirmar essa informação. Pelo que pesquisei, Beatriz Catta Preta pertence a uma firma de advogados de São Paulo, e a firma fundada pelo desembargador José Mauro é de Belo Horizonte.
Os dois escritórios se chamam Catta Preta.
De qualquer forma, há um cheiro fortíssimo de armação no ar. Há algumas semanas, o Globo noticiou que Paulo Roberto Costa tinha se decidido fazer a delação premiada antes do mesmo se decidir.
O Globo decidiu por ele.
Na época, eu até escrevi um post sobre o assunto, intitulado: Globo atirou no “basso”.
Agora entendi. O Globo usou a velha tática da pressão. Criou um “fait accompli” e conseguiu convencer Costa a entrar no jogo.
Tudo que a mídia precisava era de um grande factóide, mesmo sem provas, para bater bumbo num segundo turno, quando o tempo é curto para desconstruirmos suas mentiras.
Dias depois, o próprio Costa afirmava que não havia nada decidido, e sua nova advogada, Beatriz Catta Preta, que já havia feito operações similares no passado, sempre acusando o PT, afirmou à mídia que Costa tinha “forte resistência à delação”.
Nesta data, uma matéria assinada por Fausto Macedo, um dos últimos jornalistas dignos, do Estadão, lembrava que “dez em dez advogados eram contra a ferramenta de delação premiada. Beatriz não.”
Por que os advogados são tão unânimes contra a delação premiada?
Não seria porque eles sabem que é uma ferramenta que apenas estimula a mentira, a pilantragem, a farsa?
A troco de que o Estado deveria acusar inúmeras pessoas e instituições com base apenas nas acusações de um bandido desesperado?
O que dizer de uma delação premiada feita às vésperas de um segundo turno de uma eleição presidencial no Brasil?
O que dizer de uma delação cujo teor a Justiça se recusou a dar à presidência da república, à CPI, mas vazou para a Veja e para a Globo?
O que dizer de uma imprensa que usa as falas de dois bandidos para compor infográficos e manchetes garrafais, na primeira página, tentando influenciar as eleições?
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O golpe da delação encomendada

roberto-marinho2


Aos poucos, o golpe vai sendo desmontado.
Tomara que a tempo de evitar que a mídia imponha seu marionete ao povo brasileiro.
Teresa Cruvinel, colunista do Brasil 247, já observou a sincronia entre as delações combinadas de Paulo Roberto Costa e Alberto Yousseff e o segundo turno presidencial.
O Conselheiro Nacional do Ministério Público, Luiz Moreira, denunciou o absurdo de termos uma delação premiada de dois bandidos, sem apresentação de nenhuma prova, influenciando o processo eleitoral.
Há cerca de um mês, um site de notícias divulgou que a advogada usada para convencer Paulo Roberto Costa a fazer a “delação encomendada”, Beatriz Catta Preta, seria prima de José Mauro Catta Preta, nomeado desembargador pelo governo do PSDB em Minas Gerais.
Não consegui confirmar essa informação. Pelo que pesquisei, Beatriz Catta Preta pertence a uma firma de advogados de São Paulo, e a firma fundada pelo desembargador José Mauro é de Belo Horizonte.
Os dois escritórios se chamam Catta Preta.
De qualquer forma, há um cheiro fortíssimo de armação no ar. Há algumas semanas, o Globo noticiou que Paulo Roberto Costa tinha se decidido fazer a delação premiada antes do mesmo se decidir.
O Globo decidiu por ele.
Na época, eu até escrevi um post sobre o assunto, intitulado: Globo atirou no “basso”.
Agora entendi. O Globo usou a velha tática da pressão. Criou um “fait accompli” e conseguiu convencer Costa a entrar no jogo.
Tudo que a mídia precisava era de um grande factóide, mesmo sem provas, para bater bumbo num segundo turno, quando o tempo é curto para desconstruirmos suas mentiras.
Dias depois, o próprio Costa afirmava que não havia nada decidido, e sua nova advogada, Beatriz Catta Preta, que já havia feito operações similares no passado, sempre acusando o PT, afirmou à mídia que Costa tinha “forte resistência à delação”.
Nesta data, uma matéria assinada por Fausto Macedo, um dos últimos jornalistas dignos, do Estadão, lembrava que “dez em dez advogados eram contra a ferramenta de delação premiada. Beatriz não.”
Por que os advogados são tão unânimes contra a delação premiada?
Não seria porque eles sabem que é uma ferramenta que apenas estimula a mentira, a pilantragem, a farsa?
A troco de que o Estado deveria acusar inúmeras pessoas e instituições com base apenas nas acusações de um bandido desesperado?
O que dizer de uma delação premiada feita às vésperas de um segundo turno de uma eleição presidencial no Brasil?
O que dizer de uma delação cujo teor a Justiça se recusou a dar à presidência da república, à CPI, mas vazou para a Veja e para a Globo?
O que dizer de uma imprensa que usa as falas de dois bandidos para compor infográficos e manchetes garrafais, na primeira página, tentando influenciar as eleições?
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