O Fernando Brito, do "Tijolaço" faz bela análise da vocação suicida do PMDB e de seu capeta-mor, o seu aprendiz de feiticeiro, o Eduardo $$$ Cunha:
O PMDB vai seguir o seu Jim Jones?
Autor: Fernando Brito
Vocês conhecem aquela história do chinês, sobre só haver duas coisas
com que você deve se preocupar, se está doente ou não, e se está se vai
se curar ou morrer, e se morrendo vai para o céu ou para o inferno…
Não é demais pensar nela quando se analisa a “rebelião” do PMDB.
O efeito mais grave que terá será a perda dos cerca de quatro minutos
de tempo do partido na propaganda eleitoral, pelos quais Aécio Neves
já se agita e. não dividem, Eduardo Campos fará também o diabo.
Mas é difícil que consiga, porque são imensos os conflitos regionais entre tucanos e peemedebistas.
Neste caso, sem candidato a Presidente, o tempo do PMDB seria
proporcionalmente repartido segundo o número de candidato e as bancadas
com candidato, o que manteria a imensa folga que tem a candidatura Dilma
neste quesito eleitoral.
O apoio local dos candidatos peemedebistas a governador?
Bom, neste caso é preciso ver o que representa para eles a perda do apoio do Governo e de Lula.
Qual deles quer estar junto da foto aí de cima. em pleno 2014?
No caso do Rio de Janeiro, não vejo em que vá ajudar Aécio Neves ter o apoio de Sérgio Cabral.
Certo que alguma coisa somará, no interior, ainda que eu duvide que
isso vá ser significativo. Mas será arrasador para Aécio justamente no
setor de onde lhe vem os votos: a Zona Sul e a classe média, onde o
prestígio de Sérgio Cabral é muito abaixo de zero. Eduardo Cunha, para
quem as coisas já estiveram melhores, está pendurado demais nos gastos
federais com obras aqui que vai se encolher.
É certo que será muito melhor para Dilma que aconteça o provável refluxo do PMDB.
Mas, se não ocorrer, são os peemedebistas que têm mais motivos de
preocupação e, em véspera de eleição, estou para ver estes episódios de
suicídio coletivo de candidatos a reeleição.
Uma coisa é aplaudir o Jim Jones peemedebista, Eduardo Cunha.
Outra é dividir o copo de veneno com ele.
Até porque Cunha vai ter farto estoque de um antídoto muito eficiente
contra fracasso eleitoral, guardados nos guardanapos de Sérgio Cabral.
É isso o que hoje Lula começa a perguntar aos líderes, de fato, do PMDB.
Se vão mesmo fazer um brinde com Jim Jones.