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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O amor e a pensão vitalícia...

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Viva o amor e 
a futura pensão vitalícia...
Anteontem o senhor Fernando, viúvo de 82 anos, foi ao Cartório formalizar sua união estável com a jovem Patrícia Kundrát, de 36. A vida particular de ambos só interessa a eles, e ninguém tem nada com isso. Que seja feliz, o casal.

Senhor Fernando é aposentado e a união estável formalizada garantirá pensão vitalícia à jovem 46 anos mais nova, quando ele presumidamente falecer. O Estado brasileiro, os contribuintes e as empresas que recolhem para a Previdência vão custear este benefício, garantido pela legislação. Até aí também nada de mais, direito é direito, deve ser respeitado e garantido de maneira isonômica a todo e qualquer cidadão.

Tudo isto não teria nenhuma importância, não fosse o Fernando em questão o Henrique Cardoso, que chamou os aposentados de vagabundos. Aquele mesmo que desejava privatizar a Previdência e só não o fez por conta da forte reação social, popular e sindical e por causa do alto custo da transição para um sistema privado.

Se o Presidente tivesse conseguido seu intento, o cidadão Fernando não precisaria formalizar a união estável pois a consorte não teria mais direito à pensão vitalícia.

Imaginem, amigos diletos, a reação dos grandes jornalecos e redes de tv se o Fernando em questão não se chamasse Fernando, mas Luis Inácio...
Imagem: paraisoweb.com.br/