Hoje o Blog "Tijolaço" do Fernando Brito se esmerou em dar notícias sobre a tal de "dona crise" que ronda o Brasil. E duas em sequência, pois vale a pena vê-las:
Enquanto a mídia chora, os gringos enchem as burras no Brasil
O Brasil está em crise, certo?
A inflação vai subir, o consumo vai subir, a inadimplência disparar, o emprego estagnar, etc, etc…
Outro dia a gente mostrou “tolinhos” como a BMW se animavam a investir aqui, recorda?
Aí, hoje, no UOL, descobrimos que tem muito mais gente boba que acha
que tem que fazer o mesmo nas grandes redes de comércio mundial.
Mas então não estão sufocadas pela queda de consumo, pela baixa produtividade do trabalhador e pela asfixiante carga tributária?
Coisa nenhuma.
A loja de junk food do Mac Donald num shopping do Itaquera, é a que mais vende em toda a América Latina.
E eles vendem muito para a classe média baixa da Zona Leste como vendem para os afluentes da Zona Sul.
A Hooters – que eu torço para tomar diversas tundas na Justiça do
Trabalho pela exploração abjeta que faz de suas garçonetes - teve na
filiar da Vila Olímpia a terceira unidade da rede que mais faturou no
mundo, fora os restaurantes dos Estados Unidos.
Os churrascos do Outback deram à empresa um crescimento de 20% em relação a 2012.
E o UOL ainda apresenta outra matéria dizendo que marcas famosas, que
estiveram no Brasil e desistiram, em outros tempos, como a Sears, estão de malas prontas para voltar aos trópicos.
Imaginem se não estivéssemos na crise que os nossos jornais descrevem, não é?
Mas a recessão está feia: imagine que foram precisos longos 90
minutos para venderem 36 mil ingressos das cadeiras e arquibancadas do
carnaval, a R$ 200 de preço mínimo.
Como diz o Paulo Henrique Amorim, que horror!
Petrobras conclui mais um navio-plataforma para o pré-sal
Quem passou no final de semana na ponte Rio-Niterói, a caminho das
praias oceânicas da cidade – mais vazias, nestes dias abrasadores – deu
com um imenso navio azul que praticamente bloqueia a entrada do Porto de
Niterói.
É o navio-plataforma Cidade de Ilhabela, um antigo superpetroleiro, o Anne,
construído em 1996, pelo estaleiro sul-coreano Hyundai, cujo casco foi
reformado na China e, agora, vai receber 22 mil toneladas de módulos de
pressão, tratamento de fluidos, geração de energia e tudo o mais que o
transforma numa plataforma de petróleo aqui.
Quase toda a superestrutura do gigante foi construída no Estaleiro
Brasa, em Niterói, uma “joint venture” entre a SBM Offshore e o Grupo
Synergy, especializada na construção destes módulos.
Outros três módulos, de remoção de CO2, foram fabricados pela Empresa
Brasileira de Solda Elétrica, a EBSE, uma centenária empresa nacional a
qual, durante o primeiro Governo Brizola, ajudamos a evitar que
quebrasse, pela política de então.
E, no segundo semestre, o Cidade de Ilhabela parte para o pré-sal,
para se tornar a segunda unidade exploradora junto no campo de Sapinhoá,
junto ao de Lula, produzindo 150 mil barris de óleo por dia.
Quem vive aqui no Rio, como eu, se passar pela ponte, deve reduzir um
pouco a velocidade logo depois da Ilha de Mocanguê, a direita de quem
vai para Niterói.
Vale a pena ver o espetáculo de guindastes imensos, cada um deles
capaz de levantar 750 toneladas, erguendo os módulos de 30 metros de
comprimento por 20 de altura e largura. No total, serão 22 mil toneladas
colocadas sobre o convés do Ilhabela.
Vale a pena ver, porque vale a pena ver nosso país construindo sua independência econômica.