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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Coitado do Neves...

Tem um dito popular que fala do Neves... Nem sei bem do que se trata, mas acho que é coisa assim do tipo "até aí morreu o neves..". É coisa passada com a qual pouco nos preocupamos em saber quem era o Neves que morreu... 

Pois não é que agora surgiu um outro Neves que ainda não morreu - por enquanto, acho eu -  e quem anda atrás dele é a polícia suíça que o descobriu vivíssimo e ganhando propina de 8,5% num contrato desse negócio do "transalão"... 

Quem será esse Neves, hein gente???


Documento da Alstom na Suíça registra 8,5% para a conta “Neves”. E agora?


Será que alguém conhece algum "Neves" no reino do tucanato ligado à multinacional Alstom? Porque tem um misterioso código "Neves" em um memorando da Alstom apreendido na Suíça com uma cifra anotada de 8,5% ao lado, investigada como sendo a suposta percentagem de pagamento de propina.

O Ministério Público está devendo elucidar quem é o "Neves" que está por trás dessa misteriosa conta e recuperar o dinheiro surrupiado.
Quem resgatou a notícia foi o Novo Jornal, mas não adianta os tucanos ficarem nervosos e quererem desqualificar esta notícia, porque ela não é nova. Foi publicada em 2008 na revista Época, das Organizações Globo.


http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI7423-15228,00-O+CODIGO+NEVES.html
Eis trechos do texto da revista:
O código "Neves"
A investigação dos Ministérios Públicos federal e de São Paulo sobre o esquema de propinas do grupo francês Alstom para autoridades brasileiras em 1997 avançou bastante desde a chegada ao Brasil de documentos apreendidos pelo Ministério Público da Suíça. (...) Uma das principais peças da investigação é um memorando manuscrito em francês por um executivo da Alstom. Nele, é identificada a rota das propinas. O dinheiro iria para integrantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE), funcionários da Secretaria de Energia e ainda para o caixa do PSDB. Na descrição dos intermediários da propina, o executivo da Alstom, em seu memorando, usou vários códigos. Entre eles constam “RM”, “CM”, “Splendor” e “Neves”.

Os investigadores acreditam já ter identificado três desses códigos. O tal “RM” seria Robson Marinho, ex-secretário da Casa Civil do governo Covas e atual conselheiro do TCE. “CM” seria Cláudio Mendes, um sociólogo que atuou como lobista de empresas da área de energia junto ao governo paulista entre o fim dos anos 80 e 2004. “Splendor” é uma das seis offshore (empresas de fachada instaladas em paraísos fiscais no exterior) por onde também teriam sido feitos pagamentos da propina pela Alstom, segundo documentos do MP da Suíça. (...) E quanto ao código “Neves”? Os investigadores acreditam que era a pessoa responsável por transformar o suborno da Alstom em caixa de campanha do PSDB. O memorando do executivo da Alstom é de 21 de outubro de 1997. Nele, “Neves” aparece ao lado da cifra “8,5%”, suposto valor da propina. (...)