Há bem tempo a grande imprensa brasileira, aquilo que Paulo Henrique Amorim acertadamente apelidou de PIG - Partido da Imprensa Golpista - não é confiável para a maioria da população.
Desde priscas eras quando os jornalões tinham outros nomes - Correio da Manhã, Jornal do Brazil, Província de S. Paulo e outros quetais - já se duvidava muito da credibilidade dos nossos jornais. Com a entrada em campo das famiglias Civita e Marinho e suas revistas e televisões, respectivamente representadas pela Veja e pela Globo, a coisa só foi piorando.
Agora, com a ascensão da Faia de S. Paulo, do Otavinho e daquela diretora que disse ser o jornal a "oposição" real no país, essa credibilidade foi para o ralo de forma definitiva.
Hoje o jornal virtual "Brasil de Fato" publica texto que foi reproduzido pelo site do Brasil 247 com adendos pertinentes. E diz exatamente isso:
Não saiu na mídia: Brasil não confia na mídia
Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas divulgada nesta semana - mas não na grande mídia - revela que a imprensa perde sua credibilidade a cada dia; segundo a mostra, nada menos que 71% dos brasileiros desconfiam das emissoras de TV, enquanto 62% não confiam na imprensa escrita do País; dados que constam do 7º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública comprovam que os leitores e os telespectadores brasileiros não aceitam mais ser enganados pelos grandes veículos de comunicação
247 – "A imprensa muitas vezes age como se fosse
um partido político, só não tem coragem de dizer que é". A declaração
foi do ex-presidente Lula no dia 16 de outubro, durante um evento em
Buenos Aires, na Argentina. E diz muita coisa. Ao defender os seus
interesses, e não o dos brasileiros, a grande imprensa provoca
desconfiança de seus leitores, telespectadores, ouvintes. E a
credibilidade vai se perdendo a cada dia.
Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, e divulgada na
última quarta-feira – claro, não na própria mídia – revela que 71% dos
brasileiros não confiam nas emissoras de televisão do País. A
desconfiança em relação à imprensa escrita é de 62%. Os dados, que
constam do 7º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e que
também aborda outras instituições, como a polícia, mostra simplesmente
que os brasileiros não aceitam mais serem enganados pelos grandes grupos
de comunicação.
Leia abaixo reportagem do jornal Brasil de Fato sobre a pesquisa:
71% dos brasileiros não confiam nas TVs e 62% nos jornais
Os dados foram produzidos a partir da pesquisa índice de Confiança na Justiça Brasileira (ICJBrasil), da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, e fazem parte do Anuário
Os dados foram produzidos a partir da pesquisa índice de Confiança na Justiça Brasileira (ICJBrasil), da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, e fazem parte do Anuário
07/11/2013
Da Agência FEM-CUT/SP
Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas divulgada na
quarta-feira (5), mostrou que a imprensa está perdendo, a cada dia, a
credibilidade. Componente do 7º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança
Pública, a pesquisa mostrou que é alta a desconfiança em relação aos
meios de comunicação: TVs não têm a confiança de 71%, percentual maior
que a polícia (70,1%) e a imprensa escrita (62%).
No primeiro semestre de 2013, a instituição da qual a população mais
desconfiava eram os partidos políticos (95,1% dos brasileiros
desconfiam), seguida do Congresso Nacional (81,5%). Com índice melhor
que as polícias, aparecem a Igreja Católica (50,3% desconfiam) e as
Forças Armadas (34,6%).
Os dados foram produzidos a partir da pesquisa índice de Confiança na Justiça Brasileira (ICJBrasil), da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, e fazem parte do Anuário. Foram coletados junto a 3.300 brasileiros de oito estados brasileiros por semestre.
Os dados foram produzidos a partir da pesquisa índice de Confiança na Justiça Brasileira (ICJBrasil), da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, e fazem parte do Anuário. Foram coletados junto a 3.300 brasileiros de oito estados brasileiros por semestre.
O Anuário selecionou, da pesquisa, essas cinco instituições. O índice
de desconfiança de todas elas aumentou na comparação do primeiro
semestre de 2012 para o mesmo período desse ano. No caso dos partidos
políticos, o índice de desconfiança ficou em 1,2 ponto percentual. O do
Congresso cresceu 2,6 pontos percentuais, o da Igreja Católica subiu 7,8
pontos percentuais e o das Forças Armadas, 9,9 pontos percentuais.
Desconfiança nas polícias
O professor da FGV Rafael Alcadipani afirma, em artigo no Anuário,
que alguns fatores que contribuem para a desconfiança nas polícias são a
baixa taxa de resolução dos crimes, a burocracia no atendimento ao
cidadão e a imagem de violência que está associada às polícias,
principalmente à Polícia Militar. "Vale lembrar que os constantes
confrontos entre PMs e manifestantes que aconteceram neste ano
terminaram por reforçar ainda mais a imagem de uma polícia truculenta"
afirma Alcadipani.
Segundo a FGV-SP, Pernambuco é o estado em que as pessoas que
procuraram a ajuda das polícias se mostraram mais insatisfeitas com o
trabalho das corporações. Só 27% dos cidadãos que solicitaram apoio da
PM no segundo trimestre de 2013 se disseram satisfeitas ou muito
satisfeitas. O percentual foi de 25% para a Polícia Civil.
A Bahia é o estado em que houve maior índice de satisfação com a PM
(54%) e com a Polícia Civil (50%). O Rio de Janeiro foi o estado com
segundo melhor índice de satisfação da população com a Polícia Civil
(43% ficaram satisfeitos). Já em relação à PM, o índice de satisfação
ficou em 45%, o mesmo que no Amazonas. Estes dois estados só ficaram
atrás da Bahia.