Páginas

domingo, 6 de outubro de 2013

De guerra, comandantes & soldados

Tá lá no Luís Nassif Online: 

Para a guerra política, é preciso que apareçam comandantes



Ciro Gomes, na minha opinião é um dos melhores quadros políticos desse país. Eu, espero, sinceramente, que retorne o mais rápido possível. Não é o tipo de pessoa que pode se dar ao luxo de olhar "de fora". 

Por mais que as militâncias e simpatizantes dos partidos tenham se qualificado e aumentado, ainda somos soldados; é bom que não nos esqueçamos disso. Vencemos mesmo, algumas batalhas e batalhas boas, significativas e até estratégicas, MAS a guerra ainda não veio e, para ela, vamos precisar de comandantes. 

A trajetória política ao contrário da carreira  executiva "coxinha", demanda chão e não juventude. Precisamos da experiência deles; sem ela as posições se invertem. 

Eu explico. Veja a situação do Senado da República frente aos desmandos de Joaquim Barbosa. O cara já atingiu seus pares, o Executivo, o Legislativo, o próprio Judiciário ( advogados, juízes e a própria magistratura), políticos, partidos, jornalistas e, agora servidores... O que o Senado da República está esperando para agir? 

Ah, nós não fomos atingidos e, portanto, ferrem-se vocês todos??? Ocorre que alguns senadores foram a tribuna denunciar essa aberração. E, aqui eu chamo a atenção para a inversão de valores. Ora, é o Congresso que nos representa e não nós que representamos o Congresso.

Pois bem; quando a mídia desce o pau nos políticos, nós defendemos nossa representação e vamos para a briga com a mídia; quando parlamentares são execrados pelo Judiciário, enfrentamos o Judiciário por nossos representantes. Quando o MPF os denuncia, de má-fé, vamos para cima do  MPF...

Ora, eu elegi representantes para comprarem meu barulho e não eles me destacaram para comprar o barulho deles. A imunidade parlamentar é deles. São eles que têm OBRIGAÇÃO de proteger os cidadãos e suas representações desses arbítrios.

É muito comum ver as pessoas reclamando do PT e PCdoB, mas gostaria de saber quem, além dos militantes e/ou simpatizantes desses partidos, aparece para defender o Estado de Direito, independente de seus interesses políticos. Isso a gente aprende com  as lideranças.Quem não tem liderança não aprende ou confunde Justiça com perseguição política. O bom soldado sabe bem a diferença.

Ciro Gomes é uma liderança e tem tudo para ser das melhores. Bons políticos podem estar em qualquer partido, assim como bons soldados podem estar em qualquer exército. Que volte logo. 

O governo Lula, não prejudicou ninguém, ao contrário, fortaleceu e muito os que lutam a seu lado. Uns podem precisar de um tempo maior e é só isso. Passado esse momento de reflexão e o cara ressurge 10 metros maior do que de fato é.  Vamos combinar que, até nós, soldados, hoje, projetamos uma sombra, infinitamente maior que nosso tamanho real.

Minha proposta é que, passado a Campanha eleitoral da Marina ( até amanhã, no máximo ), partamos em busca de nossos senadores que estão escondidos debaixo da mesa, enquanto nós estamos nos expondo. Caso, insistam fingir não perceber o que acontece, aí é campanha CONTRA com nomes no FB, TT e Blogs. Nada de mandar e-mail para cada um deles porque eles é que tem que trabalhar pra gente e não a gente para eles. Ou eles se resolvem com JB ou a gente se resolve com eles.

Politicamente, já estamos em 2014; todos os evenos estão associados e devemos estar atentos. 

Aqui vai um lembrete que postei no FB, anteontem:

Estamos em campanha POLÍTICA, não há frágeis, oprimidos e explorados EM CAMPANHA; abandonem TODOS os clichês, chavões, lugares-comuns, pseudo-intelectualidade. 

Fazer o número do politicamente correto em campanha é posar de massa de manobra. Não existe inocência em política. Qualquer um que te ataque hoje, não está lutando por direitos ou por ninguém, está lutando pelo poder. Não caiam na tentação imbecilizante de reproduzir consensos. Não existe coitadinho em CAMPANHA POLÍTICA! 

Os que querem posar de apolíticos têm como objetivo ÚNICO, desconstruir o projeto de governos populares na América Latina para a manutenção e/ou reconhecimento de seus próprios INTERESSES. 

Vou insistir, NÃO EXISTEM COITADOS NA DISPUTA POLÍTICA! 

O Brasil, tirou milhões da miséria, pela primeira vez em 500 anos e, logo, agora, a política tradicional, parece não representar mais os anseios populares. Estranho porque representava até antes do Governo popular assumir. 

Entendo as questões do precariado e sou até solidária mas não me lembro dessas pessoas nas ruas lutando pelo "ultrapassado" proletariado. Naquele tempo, estavam, ou pareciam estar muito bem representados. 

Sejam todos muito bem-vindos a boa e velha luta de classes. 

Eu não quero o Brasil aonde ele estava há dez anos atrás e se você quer, eu respeito mas vamos lutar e, como muito bem diz José Dirceu, o inimigo público número um; façamos o bom combate; isso é entre nós, as Instituições, MPF, Mídia, STF,etc.., deveriam estar postas para mediar o combate e não para tomar parte nele. 

O mais do mesmo; o tudo que está aí, é o mudar as regras no meio do jogo quando a elite está perdendo, mesmo que para isso, o próprio Estado de Direito fique em xeque. 

Entendem como vocês apoiam os regimes de exceção se sentindo revolucionários? 

É isso, quando vocês estão perdendo pagam qualquer preço. 

Evitem os clichês, jargões e lugares-comuns; é uma armadilha.