Níus é o cacete!!"! (*)

Tinha razão o deputado e atual ministro dos Esportes, Aldo Rebelo em propor ao Congresso Nacional uma limitação ao uso de estrangeirismo, especialmente os galicismos que invadiram a lingua portuguesa e acabaram por confundir a gente.

Nos meios jornalísticos, depois dos mal falados "lead"; "briefing"; "dead-line" e outros quetais, virou mania apelidar emissoras de televisão voltadas para o jornalismo em "não-sei-o-que News". Assim foi com a pioneira, como não poderia deixar de ser, a Rede Globo de Televisão que criou a sua Globo News. Depois se seguiram a Band (que não se sabe bem se é nome de TV ou adjetivo qualificativo) que criou a Band News. Por fim veio o bispo e criou a Record News em duplo galicismo para significar "registro da notícia" ou coisa parecida.

Para não ficar na rabeira dos concorrentes e com inveja do duplo nome inglês da concorrente do Bispo, a emissora noticiosa dos irmãos Marinho - vale dizer da Rede Globo de Televisão - a notória Globo News agora deu para exagerar.

No mesmo dia em que morreram 13 brasileiros em um naufrágio no Pará; dezenas de pessoas no Oriente Médio, vitimadas por disputas políticas de governos insanos, e pela África dezenas de crianças, velhos e mulheres abatidas pela fome e desnutrição, a emissora dedicou nada menos que oito - EU DISSE OITO - horas de seu tempo à cobertura de um cerco a um dos acusados do atentado a bomba durante a Maratona de Boston, quando morreram 3 (tres) norte-americanos.

É bem verdade que para a emissora carioca três norte americanos valem mais que treze brasileiros, oitenta árabes ou trezentos africanos, mas que é um exagero, lá isso é... E isso só pode ser porque a emissora não se sente brasileira, mas sim, uma "níus" que, por erro da geografia, caiu aqui nesse fim de mundo chamado Brazil!!!!!!!!

(*) O uso da palavra "cacete" no título desta postagem é homenagem  e invocação de Ancelmo Góis, colunista do "insento" jornal O Globo,  festejado comentarista das coisas do mundo da Casa Grande brasileira.