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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Esquisitices brasileiras


Do Blog Crônicas do Motta

Coisas estranham acontecem no Brasil.

Uma delas é essa falta de vontade dos industriais de produzir, de investir, quando todo o mundo sabe que o consumo está aquecido, com crédito farto e muita vontade das pessoas de ir às compras.

Outra é a inflação, que os jornalões dizem que está quase fora de controle.
Li que os empresários estão com o pé no freio porque não sabem o que o governo pretende fazer em matéria de política econômica.

Se isso for verdade é mais uma prova de que eles são mesmo uns idiotas, que se guiam pelo Jornal Nacional, pela Folha/Globo/Estadão e pelas capas surrealistas da Veja.

E que consideram um bom investimento a fortuna que gastam para receber conselhos de um Mailson da Nóbrega ou um Alexandre Schwartzman.
Ora, será que esse pessoal, que se considera a elite do país, não consegue somar 2 mais 2?

Será que não tem a mínima capacidade interpretativa?

Não percebe que os tais analistas que tanto prezam e os jornalões que tanto leem integram a tropa que move uma guerra contra o governo trabalhista e, portanto, tudo o que dizem deve passar por um filtro?

Acho que nunca um governo deu tanta colher de chá para a indústria como este.

Todo dia sai uma medida que favorece o setor.

E os empresários parados, se lamentando disso e daquilo, chorando mais e mais facilidades, vendo a banda passar na sua frente...

Quanto à inflação, é claro que ela existe, mas está longe de assustar.
O que ocorre é um movimento claro do setor financeiro forçando a alta dos juros, que, se vier, fará com que lucre ainda mais - sem nenhum trabalho adicional.

O tomate subiu escandalosamente?
Ora, é só parar de comprá-lo.

A mensalidade do estacionamento aumentará criminosos 65%, como a da rede paulistana PARX?

Ora, vamos achar outro mais barato.

Os índices de inflação divulgados diariamente não refletem os aumentos de preços que cada pessoa sente, são somente médias colhidas por meio de um determinado método.

Cada um tem a sua própria inflação.

Quem compra num supermercado X pode estar pagando mais - ou menos - de quem compra no Y.

É claro que os empresários, os comerciantes e os prestadores de serviço estão aproveitando este momento excepcional que o Brasil atravessa, com milhões de pessoas finalmente fazendo parte do mercado consumidor, para lucrar mais.

O que não é possível é entrar no clima intencionalmente derrotista que a imprensa cartelizada pretende criar.

O fato é que, se o industrial brasileiro não fizer a sua parte, que é produzir e investir, os chineses tomarão o seu lugar.

E que se o consumidor insistir em ser roubado, aí sim ele vai sentir o peso da inflação.