"O Patriota" é título em português de um dos filmes que mais glorificam o espírito que pautou o nascimento dos Estados Unidos. É drama épico de arrepiar e com notável roteiro e louvação aos "pais da Pátria" lá do Norte.
Mas, curiosamente, Patriota é o sobrenome do chefe da Chancelaria brasileira, um diplomata que não tem descalçados os sapatos diante da prepotência e da arrogância de Washington, ou como fazem certas redes de TV - com destaque à GloboNews - que chega ao exagero de, por submissão cultural, dedicar horas e horas de cobertura televisiva à caçada ao suposto segundo autor do atentado contra a Maratona de Boston.
Vejam só que o deu o Brasil 247:
PAPEL PICADO
A Venezuela foi tema do almoço entre Susan Rice, representante
permanente dos EUA na ONU, e o chanceler brasileiro Antonio Patriota,
anteontem, em Brasília. Ela defendeu a necessidade de recontagem dos
votos para que Nicolás Maduro seja reconhecido como vencedor por outros
países. Os diplomatas brasileiros rechaçaram. E até citaram eleições nos
EUA que foram questionadas.
PICADO 2
Um dos diplomatas lembrou que, em 2000, mesmo com acusações de fraude na
eleição de George W. Bush, o Brasil reconheceu prontamente o resultado
--o Itamaraty diz que cabe ao sistema interno de cada país resolver esse
tipo de questão e que os outros não poderiam "meter a colher". Naquele
ano, Bush foi declarado vencedor depois de a Suprema Corte negar
recontagem manual de votos na Flórida.