Páginas

terça-feira, 17 de maio de 2016

OEA, UNASUL e até a CEPAL contra o golpe...

Depois das manifestações dos secretários da OEA e da UNASUL, agora vem a público a condenação explícita de um órgão da ONU, a Secretaria Executiva da CEPAL  - Comissão Econômica para a América Latina, assinada por Alícia Barcena com clara condenação do golpe parlamentar e judiciário dado no Brasil contra a presidente Dilma Rousseff. 

Ainda que proteste o sr. José Serra, ocupante interino da Chancelaria brasileira, a manifestação é muito séria e pesa bastante no conceito internacional do País. 


Mapa da América Latina - Banco de imagens

Esta é a nota da CEPAL da qual publicamos versão que foi por nós traduzida: 


CEPAL manifesta sua preocupação diante das ameaças à democracia brasileira

A Secretária Executiva do organismo enviou uma mensagem pública à Presidenta Dilma Rousseff. 

"Com profunda preocupação temos assistido ao desenrolar dos acontecimentos políticos e judiciais que estão convulsionando o Brasil e em curso nas últimas semanas. Nos preocupa ver a estabilidade democrática de sua Pátria ameaçada. 

A soberania popular, única fonte de legitimidade da democracia, foi entregue antes a Lula e logo a seguir a você, Presidenta Rousseff, em mandato constitucional que se traduz em governos comprometidos com a justiça e a igualdade. 

Nunca na história do Brasil, tantas e tantos de seus compatriotas conseguiram deixar a fome, a pobreza e a desigualdade. Significativa também para nós a caminhada determinante com suas gestões reforçaram a nova arquitetura da integração de nossa região, da UNASUL e da CELAC. 

Conhecemos o esforço dos tribunais para perseguir e reprimir a cultura de práticas corruptas que tem sido historicamente a parte mais opaca do vínculo entre os interesses privados e as instituições do Estado. E a temos visto apoiando permanentemente essa tarefa com valentia e honradez que é o selo de sua biografia, apoiando a criação da nova legislação, mais rigorosa, e de instituições repressoras mais fortes. 

E por isso que nos agride que hoje, sem medir juízo nem provas, servindo-se de vazamentos e uma ofensiva midiática que já ditou sua condenação, se busque demolir sua imagem e seu legado ao mesmo tempo em que se ampliam atitudes para diminuir a autoridade presidencial e interromper um mandato que lhe entregaram nas urnas os seus cidadãos.

Os acontecimento por que passa o Brasil nestes dias ressoam com força além de suas fronteiras e ilustram para o conjunto da América Latina os riscos e as dificuldades a que se expõe a nossa democracia".

No original, o comunicado para a imprensa distribuído pela CEPAL


CEPAL manifiesta su preocupación ante amenazas a la democracia brasileña

La Secretaria Ejecutiva del organismo envió un mensaje público a la Presidenta Dilma Rousseff.


CEPAL – BRASILIA

La Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL) emitió un mensaje dirigido a la Presidenta Dilma Rousseff, respaldando la plena vigencia del Estado Democrático de Derecho y el ejercicio de las potestades del Poder Ejecutivo brasileño.
En una declaración pública, la Secretaria Ejecutiva del organismo de las Naciones Unidas, Alicia Bárcena, manifestó su preocupación por las amenazas a la estabilidad democrática y reconoció los avances sociales y políticos que ha experimentado Brasil en la última década.
A continuación el texto íntegro de la declaración de la alta funcionaria internacional:

Mensaje de Alicia Bárcena, Secretaria Ejecutiva de la CEPAL, a la presidenta Dilma Rousseff:
“Con honda preocupación hemos asistido al desarrollo de los acontecimientos políticos y judiciales que han convulsionado a Brasil en el curso de las últimas semanas. Nos alarma ver la estabilidad democrática de su patria amenazada.
La soberanía popular, fuente única de legitimidad en democracia, le entregó antes a Lula y luego a usted, Presidenta Rousseff, un mandato constitucional que se tradujo en gobiernos comprometidos con la justicia y la igualdad. Nunca, en la historia de Brasil, tantas y tantos de sus compatriotas habían logrado sortear el hambre, la pobreza y la desigualdad. Significativa es también para nosotros la huella determinante con la que sus gestiones reforzaron la nueva arquitectura de la integración de nuestra región, de la UNASUR a la CELAC.
Conocemos del esfuerzo de los tribunales por perseguir y castigar la cultura de prácticas corruptas que han sido históricamente la parte más opaca del vínculo entre los intereses privados y las instituciones del Estado. La hemos visto apoyando permanentemente esa tarea, con la valentía y honradez que es el sello de su biografía, apoyando la creación de nueva legislación más exigente y de instituciones persecutoras más fuertes.
Es por ello que nos violenta que hoy, sin mediar juicio ni pruebas, sirviéndose de filtraciones y una ofensiva mediática que ya ha dictado condena, se intente demoler su imagen y su legado, al tiempo que se multiplican los empeños por menoscabar la autoridad presidencial e interrumpir el mandato que entregaron en las urnas los ciudadanos.
Los acontecimientos por los que atraviesa Brasil en estas jornadas resuenan con fuerza más allá de sus fronteras e ilustran para el conjunto de América Latina los riesgos y dificultades a los que aún está expuesta nuestra democracia.”
***

Sobre a Cepal (texto extraído do site da entidade):
A Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) foi estabelecida pela resolução 106 (VI) do Conselho Econômico e Social, de 25 de fevereiro de 1948, e começou a funcionar nesse mesmo ano. Mediante a resolução 1984/67, de 27 de julho de 1984, o Conselho decidiu que a Comissão passaria a se chamar Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe.
A CEPAL é uma das cinco comissões regionais das Nações Unidas e sua sede está em Santiago do Chile. Foi fundada para contribuir ao desenvolvimento econômico da América Latina, coordenar as ações encaminhadas à sua promoção e reforçar as relações econômicas dos países entre si e com as outras nações do mundo. Posteriormente, seu trabalho foi ampliado aos países do Caribe e se incorporou o objetivo de promover o desenvolvimento social.