Um dos mais antigos conceitos para avaliação de uma personalidade, de um homem, de um juiz ou de qualquer pública, está na avaliação de seus atos com o passar do tempo. Muitos aparecem ao público no início de sua caminhada em alto conceito e valor e só firmam essa impressão, tornando-se com o tempo, ainda maiores do aquilo que apresentaram em seu "debut" diante do povo.
Outros, ao contrário, surgem como esperança de grande caráter, figuras impolutas, retas e firmes ou como se dizia antigamente, "sem jaça ou mancha em seu conceito" e acabam por se apequenar diante das gentes levando a uma triste constatação de que pessoas assim não têm mesmo o que nelas se respeitar.
No Judiciário, mais que em qualquer outra das instituições públicas reside talvez a mais evidente dessas constatações. A função pública no judiciário, não importando se de um juiz, um escrevente, um promotor, um desembargador, um ministro, um oficial de justiça, um meirinho, todos se cercam da presunção de que atuando em um poder que trata do Direito e da Justiça devem ser justos, retos, imparciais e acima de qualquer suspeita.
Isso se aplica, na proporção da importância do cargo que ocupam, de forma direta aos Ministros da Suprema Corte, o Supremo Tribunal federal onde, por tradição, devem buscar assento os melhores nomes do Direito no País.
Um desses exemplos é do ministro Teori Zavascki que chegou ao STF cercado da aura de um dos nomes de maior independência e significação nos meios jurídicos do Brasil nas últimas décadas. Apontado um homem de seriedade acima da média, sua imparcialidade não era colocada em dúvida em nenhuma avaliação que se fizesse sobre sua futura atuação como Ministro do Supremo.
Pena que não foi assim... Teori hoje é apenas uma lembrança que sem trocadilho ficou apenas na teoria que cercava seu nome....