Durante o desfile de discursos sem sentido em sem nexo no espetáculo deprimente que a Câmara Federal dá nesta véspera de votação do impedimento da Presidente, onde a maioria dos pronunciamentos mostra que o deputado que fala não sabe sequer do que se trata, alguns momentos chamaram a atenção dos telespectadores que têm a paciência de assistir a essa repetição do FEBEAPA - o Festival de Besteiras que Assola o Pais, criado pelo inesquecível Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta.
Foi no pronunciamento da deputada federal do PT-RJ, Benedita da Silva, ex-favelada, mulher de origem pobre e vítima como todos os negros em favela de preconceito, segregação e racismo.
Ao lembrar sua vida de mulher pobre, Benedita rememorou episódio em que, com o filho morto nos braços, se viu sem dinheiro até para enterra a criança. No paralelo traçado pela parlamentar carioca, o retrato de um País onde a miséria foi resgatada nos últimos treze anos.
Foi a mais tocante cena vista na TV no desfile de coisas desconexas ditas em sua maioria pelos parlamentares que apoiam o golpe e que chegaram a misturar a votação do impeachment com recados bizarros a eleitores de seus redutos e até discussão sobre o sexo dos anjos.
