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sábado, 30 de abril de 2016

O retrocesso de Pai Temer

Circula pelas ruas de São Paulo um cartaz afixado em postes que mostra de forma evidente como boa parte da população já percebe um eventual governo de Michel Temer. O cartaz não inclui as figuras de Gedel Vieira Lima, Moreira Franco, Eduardo Cunha e outros do mesmo nível, mas aponta o tal programa "Ponte para o Futuro" - que melhor seria se se chamasse "Pinguela para o Passado" - a base de um desastre. 

Hoje, por exemplo, em entrevista a ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social, responsável pelo programa Bolsa Família revelou a proposta de Temer de só atender somente os 5% mais pobres da população com os programas sociais do governo, o que tiraria de imediato de 40 milhões de beneficiários do Bolsa Família os seus ganhos mensais de pouco mais de R$150,00.

Se o desastre de um governo Temer acontecer, o Brasil vai viver o maior caos de sua história recente, pois como diz o escritor Fernando Morais “se Temer não aumentar impostos, diminuir o tamanho do estado e apertar o gasganete dos trabalhadores, perde a blindagem". 

O cartaz é este: 
 




A entrevista da Ministra Tereza Campello, que sabe bem do que fala, ao Portal Brasil 247 é esta: 

Por meio de nota, o Ministério do Desenvolvimento Social, comandado por Tereza Campello, demonstrou preocupação com o programa do PMDB para a área social. que defende o foco apenas na população 5% mais pobre; "A intenção de focalizar a política social na parcela dos 5% mais pobres, em populações esparsas e vivendo em comunidades isoladas, sugere que cerca de 40 milhões de beneficiários do Bolsa Família ficarão desprotegidos", diz o texto; "O Brasil superou em 2014 a pobreza extrema. Praticamente erradicou o trabalho infantil entre crianças mais pobres. Muito se deve ao Bolsa Família, que também contribuiu para tirar o Brasil do Mapa da Fome das Nações Unidas"



247 – Uma nota divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento Social aponta que a proposta de política social do governo Michel Temer pode excluir 40 milhões de beneficiários do Bolsa Família. Confira abaixo:

Documento Travessia Social sinaliza retrocesso em políticas públicas


Opção por atender apenas a parcela de 5% mais pobres da sociedade sugere que 40 milhões de beneficiários deixarão de receber Bolsa Família
Brasília - O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome manifesta preocupação com o retrocesso sinalizado pelo documento Travessia Social, que expressa as intenções do PMDB para as políticas sociais.
A agenda social apresentada diz que o crescimento econômico, a redução da inflação e o equilíbrio fiscal devem vir primeiro. Ou seja, é o retorno de uma antiga teoria de que é preciso primeiro fazer crescer o bolo para depois distribuí-lo. E isso implica abrir mão do processo de desenvolvimento inclusivo e das significativas conquistas sociais registradas nos últimos anos.
A intenção de focalizar a política social na parcela dos 5% mais pobres, em populações esparsas e vivendo em comunidades isoladas, sugere que cerca de 40 milhões de beneficiários do Bolsa Família ficarão desprotegidos. 
“Estamos diante da real possibilidade de desmonte do programa que garante o acompanhamento escolar de 17 milhões de crianças e jovens e é reconhecido internacionalmente por ter reduzido em quase 60% a mortalidade infantil por desnutrição”, avalia a ministra Tereza Campello.
Entre outros resultados cientificamente comprovados, o Bolsa Família já contribuiu para reduzir em mais da metade o déficit de altura das crianças mais pobres, um indicador da desnutrição crônica associado a deficiências intelectuais. Muitos dos beneficiários chegaram à universidade. Com acesso à comida e à educação, as crianças ganharam direito a um destino diferente dos pais.
O Brasil superou em 2014 a pobreza extrema. Praticamente erradicou o trabalho infantil entre crianças mais pobres. Muito se deve ao Bolsa Família, que também contribuiu para tirar o Brasil do Mapa da Fome das Nações Unidas, além de ajudar a movimentar a economia, sobretudo nos pequenos municípios. Não há como não ver nas propostas do PMDB um claro retrocesso nas conquistas sociais do país.