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sexta-feira, 29 de abril de 2016

O preço de uma consciência

Hoje, diante das notícias, sou obrigado a voltar ao Tema Miguel Reali Júnior e Janaína Paschoal, agora para comentar a novidade: eles receberam 45 mil reais cada um para assinar a peça pseudo-jurídica que busca o golpe parlamentar no País. Não incluo Hélio Bicudo por não ter lido nada a respeito da figura do sexagenário ex-petista, desautorizado até por seus familiares com acusação de senilidade. 

Não tenho nada contra advogado receber honorários por seu trabalho e como antigo operador do Direito eu também atuei na defesa de muita gente e na acusação de uns poucos. Nem sempre fui remunerado como deveria e não lamento isso. Mas, como princípio moral que estabeleci para minha vida, jamais aceitaria causa que fosse contra o meu próprio País e seu povo mais simples. Acho que, por isso, não fiquei rico com a advocacia. 

Este preâmbulo todo serve para dizer que agora entendo, embora não aprove, o desempenho dos dois advogados paulistas que estavam representando um papel pago. Não o fizeram por convicção. Fizeram por dinheiro, jogando o País nas mãos sujas de Eduardo Cunha. 

Agora, uma coisa fica bem clara: a advogada Janaína Paschoal exagerou na sua representação, pois um advogado que se respeita jamais incorporaria uma pomba-gira na USP ou derramaria teatrais lágrimas pelas criancinhas, sentada em honorários de 45 mil reais.  Mas, há advogados que até se vestem de palhaço para levantar bons honorários. Mas, estes são os "adevogados" que existem por aí.




E uma boa grana, mas não bastante para comprar consciência.