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quarta-feira, 20 de abril de 2016

O nome do golpe

O nome do golpe é golpe e sobre isso não há a menor dúvida. Apesar da chiadeira da oposição e até do inacreditável Paulinho da Forca - que quer que o Supremo Tribunal da Injustiça impeça a Presidente Dilma de falar no encontro sobre o clima na ONU - o processo de impedimento, continua sendo golpe. 



E isso, porque: 

1. O STF definiu que o impedimento só poderia ser votado com base em duas premissas claras: os decretos de abertura de crédito assinado pela Presidente e o financiamento da Plano Safra. 

2. A Câmara Federal não votou esses pontos. Dos quinhentos e tantos deputados, apenas 4 mencionaram esses dois elementos de um suposto "crime de responsabilidade" para justificar seus votos. Todos os demais que votaram sim, o fizeram por motivos que vão de erros do governo até a homenagem a prefeito ladrão e torturador. 

3. O Brasil tem como forma de governo o presidencialismo republicano e não o parlamentarismo. Neste último é normal e legal a moção de desconfiança que derruba governos. No presidencialismo não há hipótese de impedimento de presidente por não se gostar dele, por baixa popularidade e outras coisas mais. Só o crime de responsabilidade bem claro permite a deposição.  

Daí as manifestações já esperadas de Gilmar Mendes o "sinistro" do STF e do sempre empolado e complicado Celso de Mello que formam com a parceria de Dias Toffoli e "trio tucano" naquela Corte (???) que não reconhecem nem mesmo decisões da casa que integram quando se deve falar sobre o governo do qual são publicamente críticos contumazes e ácidos. 

Já a oposição, essa não dá nem para falar. Mas, sobre ela, cabe lembrar que o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) candidato a vice-presidente na chapa de Aécio neves, correu na semana passada a Washington, nos Estados Unidos para pedir apoio do governo americano onde foi devidamente assessorado pelo ex-embaixador americano no Brasil Thomaz Shannon. 




Mas como para Dilma, uma mulher governando um país machista, nada vale e para a oposição vale tudo, a gritaria de agora. 

Dilma faz bem em denunciar na ONU que o Estado Democrático de Direito, a Constituição e seus direitos políticos estão sendo golpeados pelo Congresso, pela mídia e com apoio do Judiciário.  Não há outro caminho..