Páginas

quarta-feira, 13 de abril de 2016

A "legitimidade" de Temer, o 0,48%

Uma das coisas mais espantosas na atual crise por que passa a democracia brasileira é assistir a um personagem político insignificante em termos eleitorais, arvorar-se em "futuro presidente da República" ostentando a história eleitoral que Michel Temer possui.

Pois não é que, consultando o mapa eleitoral do último pleito que Temer disputou, em 2006, quando se elegeu deputado federal se chega a um resultado simplesmente assustador para quem quer substituir pelo golpe - e suprimir 54 milhões de votos dados a Dilma Roussef - por um  político que em seu estado natal, São Paulo, foi o 54º (isso mesmo, quinquagésimo quarto) colocado numa bancada de 70 deputados obtendo em seu próprio Estado, apenas 0,48% dos votos válidos, isto é, menos que meio por cento dos votos dados aos deputados federais. 



E realmente assustador ver o homem de 0,48% e de apenas 99 mil votos querer governar um país de 204 milhões de habitantes. 

Para quem duvida aí fica o resultado final publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, com a posição de Temer no pleito: 


Em 2010,  findo esse mandato de 0,48% de votos, aproveitando-se do fato de ocupar a Presidência do PMDB, Temer foi indicado pelo partido para compor a chapa com Dilma Roussef. O nosso cálculo tem razão de ser, quando Temer pede ao TSE que separe as campanhas eleitorais dele próprio e de Dilma. Com isso, ele expõe o político de menos de meio por cento dos votos em sua terra...

E realmente, muita "representatividade", né mesmo?