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sábado, 16 de abril de 2016

A confusão dos "ismos"...

Durante o discurso do deputado Alexandre Molon (Rede-RJ) no plenário da Câmara, ontem, o parlamentar usou uma argumentação curiosa para reafirmar seus argumentos contra o golpe, lembrando que a Câmara Federal parece votar uma espécie de "moção de confiança" no governo, numa invocação do parlamentarismo que foi rejeitado tanto na Constituinte de 1988 quanto no plebiscito de 1993 quando a mudança na forma de governo foi derrotada primeiro pelos constituintes, depois pela própria população. 



O deputado carioca acertou em cheio na sua avaliação. A maioria dos deputados que discursaram a favor do impedimento da Presidente desfiam argumentos que lembram claramente as moções de desconfiança existentes no sistema parlamentarista quando o Parlamento destitui um governo por voto de seus integrantes... 

O que destoa são dois fatos bem claros: 

1. O Brasil adotou na Constituição de 1988 o sistema de governo Presidencialista onde não há o "voto de confiança ou desconfiança" e essa menção na Carta Magna tornou-se cláusula pétrea, vale dizer, não pode ser mudada... 

2. Com o Congresso Nacional que temos - o nosso Parlamento  - implantar o Parlamentarismo como sistema de governo no Brasil seria entregar os cofres públicos a um bando de saqueadores, ladrões, bandidos, corruptos e capazes de levar o País à terra arrasada para satisfazer seus apetites.