O "Eleitor Difuso": esta é a discussão relevante a equacionar
Por Esfinge
Insisto que decifrar Marina, analisá-la, etc. é menos importante e
relevante do que decifrar, entender e conscientizar seus eleitores do
golpe que estarão propiciando.
Tirem ela e Aécio do páreo e coloquem o Tiririca e ele crescerá da
noite para o dia. Não o coloquem e crescerá um outro qualquer (ex. um
pastor). Tire todos e me coloquem e eu chegarei a mais de 20% da noite
pro dia, sem nunca ninguém ter ouvido algo de mim.
Os fatos relevantes nesta eleição são:
1) A demonização do "petismo" (foco em Brasil e seu povo), ajudada
pela nefasta consolidação miRdiático-circense do dito "mensalão" e
intenso e permanente denuncismo de "escândalos" de um só partido, ainda
que sejam meras insinuações de meras caronas ou uso de influência,
abafando s verdadeiros roubos bilionários que os opositores praticam
desde sempre, com o apoio da mídia.
2) A depreciação dos "petistas" para que seus argumentos sejam de
pronto desprezados. Eu, que não sou sequer petista (mas sou
brasileirista e, portanto, Dilmista) em conversa com parente (ex diretor
de multinacional), ao mencionar o preço de venda do controle da Vale,
tive a seguinte reação: "Iiiiih, vc é petista!"... refutou o valor
(~R$3,5 bi) como "propaganda do PT" e ... encerrou a conversa!
3) A demonização da política, que faz com que os inexperientes
politicamente e os que cuidam de manter sua suada prosperidade fiquem
"fartos" de "tudo isso que está aí", sem se querer perceber que os
promotores desta farsa são também seus protagonistas.
4) A mistura dos problemas do país, causados por séculos de domínio
destes que hoje fazem oposição, em um só saco, escondendo que o governo
federal não é o único ou direto responsável por "tudo isto que está aí".
Na saúde, na educação, na infra, na industria, no saneamento, na
competitividade, etc. Escondem que os principais estados da federação
são governados por eles, alguns há muito (ex: SP). Que há milhares de
municípios idem. Que há outros poderes (ir)responsáveis, como o Juciário
e o Legislativo (nem vou falar da imprensa), onde estão muitas das
causas e culpas. A maioria até há muito aparelhada contra este próprio
governo que é quase que o ÚNICO A TRABALHAR (embora não perfeitamente)
pelo país e seu povo!
5) Dos itens anteriores, aliada a uma posição e comunicação por
demais "republicana" de Dilma, ficou fácil elevar suas taxas de rejeição
com este povo de visão "difusa", que pensa que vai mudar "tudo isso que
está aí" apenas ajudando na sua consolidação e não na verdadeira
mudança QUE ESTÁ EM CURSO!
Alguns falam que este seria um "discurso do medo", uma "visão apocalíptica".
Ora colegas, quaisquer 4 anos de destruição conservadora (já somam
cerca de 5 séculos) causa estragos como os que quase aleijaram o país
nos tempos fernandistas, destruindo décadas de árduo esforço em alguns
anos de blitzkrieg neoliberal.
Pode ser Apocalipse para algumas gerações, como a minha, já na sétima
década, já que cresci num país do futuro, que nunca chegou. Em 4 anos
de arrocho (que alguns dizem: "se errarmos, "paciência"...), alguns
ficarão milionários e milhões de dramas pessoais e familiares ocorrerão,
muitos irreversivelmente (crime, doença, desesperança, pobreza). Não,
não será o fim do país. Mas provavelmente de uma geração, como foi a
minha. E tenho filhos!
Pessoal, este é o trabalho árduo e urgente a ser feito.
Mostrar-lhes o risco (deles próprios também) do tal voto "sei lá, meu, acho que é por ali"...
Mãozaóbra!