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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O confronto...

uma boa análise no  Luís Nassif Online:



O "Eleitor Difuso": esta é a discussão relevante a equacionar

Por Esfinge

Insisto que decifrar Marina, analisá-la, etc. é menos importante e relevante do que decifrar, entender e conscientizar seus eleitores do golpe que estarão propiciando.

Tirem ela e Aécio do páreo e coloquem o Tiririca e ele crescerá da noite para o dia. Não o coloquem e crescerá um outro qualquer (ex. um pastor). Tire todos e me coloquem e eu chegarei a mais de 20% da noite pro dia, sem nunca ninguém ter ouvido algo de mim.

Os fatos relevantes nesta eleição são:

1) A demonização do "petismo" (foco em Brasil e seu povo), ajudada pela nefasta consolidação miRdiático-circense do dito "mensalão" e intenso e permanente denuncismo de "escândalos" de um só partido, ainda que sejam meras insinuações de meras caronas ou uso de influência, abafando s verdadeiros roubos bilionários que os opositores praticam desde sempre, com o apoio da mídia.

2) A depreciação dos "petistas" para que seus argumentos sejam de pronto desprezados. Eu, que não sou sequer petista (mas sou brasileirista e, portanto, Dilmista) em conversa com parente (ex diretor de multinacional), ao mencionar o preço de venda do controle da Vale, tive a seguinte reação: "Iiiiih, vc é petista!"... refutou o valor (~R$3,5 bi) como "propaganda do PT" e ... encerrou a conversa!

3) A demonização da política, que faz com que os inexperientes politicamente e os que cuidam de manter sua suada prosperidade fiquem "fartos" de "tudo isso que está aí", sem se querer perceber que os promotores desta farsa são também seus protagonistas.

4) A mistura dos problemas do país, causados por séculos de domínio destes que hoje fazem oposição, em um só saco, escondendo que o governo federal não é o único ou direto responsável por "tudo isto que está aí". Na saúde, na educação, na infra, na industria, no saneamento, na competitividade, etc. Escondem que os principais estados da federação são governados por eles, alguns há muito (ex: SP). Que há milhares de municípios idem. Que há outros poderes (ir)responsáveis, como o Juciário e o Legislativo (nem vou falar da imprensa), onde estão muitas das causas e culpas. A maioria até há muito aparelhada contra este próprio governo que é quase que o ÚNICO A TRABALHAR (embora não perfeitamente) pelo país e seu povo!

5) Dos itens anteriores, aliada a uma posição e comunicação por demais "republicana" de Dilma, ficou fácil elevar suas taxas de rejeição com este povo de visão "difusa", que pensa que vai mudar "tudo isso que está aí" apenas ajudando na sua consolidação e não na verdadeira mudança QUE ESTÁ EM CURSO!

Alguns falam que este seria um "discurso do medo", uma "visão apocalíptica".
Ora colegas, quaisquer 4 anos de destruição conservadora (já somam cerca de 5 séculos) causa estragos como os que quase aleijaram o país nos tempos fernandistas, destruindo décadas de árduo esforço em alguns anos de blitzkrieg neoliberal.

Pode ser Apocalipse para algumas gerações, como a minha, já na sétima década, já que cresci num país do futuro, que nunca chegou. Em 4 anos de arrocho (que alguns dizem: "se errarmos, "paciência"...), alguns ficarão milionários e milhões de dramas pessoais e familiares ocorrerão, muitos irreversivelmente (crime, doença, desesperança, pobreza). Não, não será o fim do país. Mas provavelmente de uma geração, como foi a minha. E tenho filhos!

Pessoal, este é o trabalho árduo e urgente a ser feito.

Mostrar-lhes o risco (deles próprios também) do tal voto "sei lá, meu, acho que é por ali"...

Mãozaóbra!