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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Fogo amigo....

Por melhor que tenham sido a intenção do secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, fica evidente que o quer mais pesa contra Dilma, no momento, é o fogo amigo... 

Dizer aos jornais que Dilma foi vaiada por "todo mundo" é ampliar o discurso de oposição. 

Fica a dúvida sobre qual será que o Ministro não entende bem: a política ou português? 

Olha só o que diz o "Estadão": 
  • J.F. Diorio/Estadão

Xingamentos contra Dilma não partiram apenas da ‘elite branca’, afirma ministro

Rafael Moraes Moura - O Estado de S. Paulo -

Titular da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho diz que animosidade com presidente se espalha pelas classes sociais porque o PT é alvo de ‘pancadaria diária’; segundo ele, governo não conseguiu fazer contraponto de comunicação

Brasília - Principal interlocutor do Palácio do Planalto com movimentos sociais, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou nesta quarta-feira, 18, que os xingamentos à presidente Dilma Rousseff na Arena Corinthians durante a abertura da Copa do Mundo, na quinta-feira passada, não vieram apenas “da elite branca”.

“Essa pancadaria diária é o que resulta no palavrão para Dilma no Itaquerão. No Itaquerão não tinha só elite branca, não. Fui (ao estádio) e voltei de metrô, não tinha só elite, não, tinha muito moleque gritando palavrão no metrô”, afirmou Carvalho, que participou ontem de duas mesas de debate com blogueiros, ativistas e lideranças de movimentos juvenis no Palácio do Planalto para discutir o polêmico decreto sobre os conselhos de participação popular. As discussões não foram abertas à imprensa, mas transmitidas pela internet.

“Essa coisa desceu, (essa coisa) de que nós somos um bando de aventureiros que veio aqui para se locupletar, essa história pegou, na classe média, na elite, e vai descendo (a outras classes sociais), porque não conseguimos fazer contraponto. Esta eleição agora vai ser a mais difícil de todas, porque enfrenta o resultado desse longo processo”, disse.

Após os xingamentos dirigidos à Dilma no estádio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a atribuir as ofensas à “elite” do País. Chegou a reciclar seu slogan eleitoral da campanha vitoriosa de 2002: substituiu “a esperança vai vencer o medo” por “a esperança vai vencer o ódio”. A própria presidente sugeriu ser vítima de ataques de quem “não suporta” ver “mulheres, negros, jovens e crianças” passando a ter “direitos antes negados”.