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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Precisa dizer mais alguma coisa?????


Se a Petrobras não se defende, quem a defenderá?

 Autor: Fernando Brito - "Tijolaço"
vejalula

Corretíssima a observação do Luís Nassif, na CartaCapital, de que a falta de informações da Petrobras faz com que, para parte da opinião pública vire  ”papel passado a versão de que a Astra adquiriu a Pasadena por US$ 42,5 milhões e revendeu para a empresa brasileira por US$ 1,2 bilhão”.

Não é a primeira e não será a última vez que a Petrobras sofre e sofrerá uma campanha difamatória, haja ou não fatos que sirvam de base real a isso.
Em 2009, claro que também próximo a um processo eleitoral, a empresa criou um blog, o Fatos e Dados – e enfrentou, com informação, toda a campanha que se fazia sobre ela.

Desta vez, porém, não saem nem fatos nem dados da empresa.
Restam apenas, portanto, as versões.

Nassif elenca os detalhes da história, o que não cabe aqui, numa análise político-administrativa.

Claro que, em qualquer grande empresa, pública ou privada, há bons e maus negócios e, volta e meia, até casos de esperteza de ocupantes de cargos de direção.

Mas está claro que não podem ser levadas a sério algo tão grosseiro quanto o que se está alegando, o comprar uma refinaria por mais de US$ 1 bilhão, quando fora adquirida um ou dois anos antes por menos de 5% deste valor.

Qualquer pessoa com alguma experiência em empresas sabe que um contrato destes não é feito sem passar por diversas avaliações internas, de funcionários permanentes, de carreira, das áreas técnicas e jurídicas.

Não é um “vai lá e compra”.

Nem uma transação assim teria o aval de auditorias internas ou externas (como a do Citibank).

A desculpa do ex-diretor que conduziu o processo, de que enviou o contrato com 15 dias de antecedência aos integrantes do Conselho de Administração é ridícula.

Nãos apenas porque foi desmentida por um dos insuspeitos integrantes privados do Conselho – o empresário Jorge Gerdau Johanpeter, que até estava no convescote de Aécio –  mas porque o contrato, em si, só serve aos altos dirigentes de uma empresa para comparação com os pareceres que recebeu dos especialistas técnicos, econômicos e jurídicos que validaram seus termos.

Mas o que impera, solitário, na avalanche de notícias sobre a Petrobras - clique aqui para ver a disparidade da cobertura da Globo sobre este caso e o dos trens paulista,s onde há provas e até confissões –  são afirmações vagas, escandalosas,  sobre situações impossíveis numa empresa cheia dos controles externos da chamada governança corporativa e, ainda que se possa descrer dos nossos, também sujeita às regras da lei Sabanes-Oxley, aplicável a todas as empresas com ações na Bolsa de Nova York, que prevê uma série de mecanismos de auditoria e seguranças confiáveis.

Os defensores da Petrobras – a quem a mídia chama de “blogueiros sujos” – não estamos pedindo anúncios, destes que a empresa distribui em quantidade a seus inimigos.

Pedimos, apenas, informação – e não exclusiva, mas pública.

Ninguém pode ser pretensioso ao ponto de achar que sua própria integridade pessoal é forte o suficiente para resistir a uma onda de exploração e ódio político contra nossa maior empresa, a Petrobras, e nosso maior tesouro, o pré-sal.