Nos idos de 64 atuava no Brasil com desenvoltura um tal de IBAD - Instituto Brasileiro de Ação Democrática que era mantido e sustentado com verbas da CIA e cujos objetivos era a deposição do Presidente João Goulart... Com apoio da UDN - União Democráticas Nacional partido de direita e de parte do PSD - Partido Social Democrático - e de militares ligados aos americanos, deu-se o golpe e a deposição de Jango.
Passados 50 anos um novo instituto, com recursos vindos do empresariado - e lá sabe Deus de onde mais - refaz os passos do IBAD e o Antônio Mello no seu Blog do Mello comenta:
Mídia corporativa e Instituto Millenium
http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ Por Antônio Mello, em seu blog:
Quando se fala em Lei de Meios; quando se faz o programa Mais Médicos trazendo médicos do exterior, em sua grande maioria de Cuba, para realizar trabalhos em áreas em que nossos médicos brasileiros se recusam a trabalhar; quando se participa ativamente do Mercosul e se toma atitudes independentes dos EUA, como a crítica severa - o verdadeiro pito - que a presidenta Dilma passou no presidente Obama, a respeito da espionagem estadunidense; quando o governo age desse modo, a mídia corporativa o acusa de estar "Venezuelando" o Brasil.
Mas quem está querendo transformar o Brasil numa Venezuela (não no que o chavismo e a revolução bolivariana trouxeram de positivo para aquele país - fim do analfabetismo, assistência médica, participação popular no governo, fim da subserviência aos EUA ), quem está querendo fazer a venezuelização do Brasil é a mídia corporativa, que estimula diariamente o preconceito - evidenciado na reação dos médicos brasileiros à importação de estrangeiros pelo programa Mais Médicos -, a ocupação dos antigos espaços nobres pelos emergentes, essa "gente diferenciada" que tomou de vez aeroportos, shoppings, restaurantes, antes frequentados apenas pelos que em geral têm como medida de suas vidas os EUA, e que hoje se ressentem da dificuldade de encontrar mão de obra barata, ou até em condições análogas à de escravidão...
A partir do Instituto Millenium, eles estão montando seus exércitos com pistoleiros, antigos e recém recrutados (não vou citar nomes, pois todos sabem quem são eles) para diariamente disparar contra o governo.
Basta visitar a página de comentários de qualquer um desses recrutas, soldados ou oficiais do porcalismo (palavra divulgada por este blog - sorry, o diabo é sábio não porque é diabo, mas porque é velho...) vendidos para ver o efeito devastador que causam na cabeça daqueles que chamo, desde 2005, de "indignados úteis" (leia abaixo postagem de 2006 sobre eles), zumbis ressentidos, que se alimentam de ódio e recalque diante do empoderamento de milhões de brasileiros.
Abro parêntese: Também sobre esse tema dos indignados, leia esta postagem de 2008 "Nem Civita lê a Veja" em que o editor da revista e presidente do Grupo Abril, Roberto Civita, defende o governo Lula e define assim os leitores de Veja:
Roberto Civita: “... Os leitores clamam, (...), querem que a sua revista se indigne. Eles querem. Os brasileiros, hoje, não posso falar de outras partes do planeta, mas os leitores de Veja querem a indignação de Veja. Eles ficam irritados conosco quando não nos indignamos. Estou tentando explicar, não justificar. Acho que Veja se encontra toda semana na difícil posição, de um lado, de saber que reportagem é reportagem e opinião é opinião, sendo que não tem editoriais além daquele da frente; e, de outro, sabendo que os leitores..."
Fecho parêntese.