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sábado, 22 de março de 2014

Deu chabu...

Convocada com estrepitoso apoio subliminar de grandes jornais - a Folha de S. Paulo chegou a editar um infográfico com o percurso da marcha - a repetição da manifestação das classes alta e média paulistas em 1964, a "Marcha com Deus pela Liberdade, a Propriedade e a Democratura" se mostrou um fiasco de proporção nacional. Em São Paulo, seu maior contingente ficou por conta de cerca de 500 manifestantes. Em Belo Horizonte foram cinco. Sete em São Paulo foram até o Comando da antiga 2ª Região Militar; 3 em Florianópolis; cerca de 12 em Recife e por aí afora... 

Pelo visto, tá fraca a "Rendentora"....

E esse comentário segue pela Rede: 


Emir Sader: "Devido a falta de quórum, não foi possível aprovar solicitação de intervenção dos militares no dia de hoje."


Fonte: Facebook

E o Portal "Brasil 247" cmenta: 

247 – A adesão às Marchas da Família com Deus Pela Liberdade, realizadas neste sábado 22 em algumas capitais, classifica o movimento em defesa de uma intervenção militar no País como um verdadeiro fiasco. Os atos acontecem 50 anos depois do movimento que antecedeu o golpe militar em 1964.
Belo Horizonte, em Minas, reuniu cinco manifestantes; Florianópolis, em Santa Catarina, três; Recife, em Pernambuco, seis; e Natal, no Rio Grande do Norte, nove. Em Belém (Pará), as vinte pessoas que posaram para registrar o protesto deixaram a bandeira do Brasil de cabeça para baixo (confira aqui).
Em São Paulo, a adesão foi maior: cerca de 700 pessoas, mesmo número de participantes de uma marcha contra o golpe. A presença de policiais que trabalharam no ato que defendeu os militares, no entanto, era tão grande que o evento mais se pareceu com uma reivindicação da categoria. No Rio, foram cerca de 150 pessoas, responsáveis pela principal notícia do dia sobre o tema: um confronto com militantes contra o regime.
No Twitter e no Facebook, onde usuários publicam dezenas de fotos das marchas em suas cidades, os movimentos já ganharam o apelido de "Murcha da Família" ou então uma definição que caracteriza muito bem o movimento minguado, feita pelo usuário @cellso89: "a Marcha da Família começou em marcha lenta e terminou em marcha ré".
"Intervenção militar já!", "o Brasil exige: Ordem e Progresso", "Socorro, forças" e "eleição não, intervenção sim" foram alguns dos cartazes levantados sobre o golpe. O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) compareceu à marcha do Rio de Janeiro, mas não se posicionou a favor do pedido de intervenção militar, por entender que isso descaracteriza o movimento. "Estou aqui como um patriota", disse o parlamentar.
Um dos organizadores da marcha no Rio, o cabo da reserva do Exército Emílio Alarcon, ponderou que, apesar dos pedidos de intervenção, a intenção deles não é a instauração de uma ditadura militar. Para ele, as Forças Armadas devem fechar o Congresso e derrubar o Executivo, para convocar novas eleições apenas com candidatos ficha limpa. "A intervenção é constitucional. A gente não está pedindo nada de anormal", disse ele.
Para reivindicar a intervenção, os militantes desse grupo usaram o Artigo 142 da Constituição, que diz: "As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do presidente da República, e destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem".
Na interpretação do grupo, tal obrigação de garantir os poderes justificaria a intervenção, já que há problemas institucionais graves que só podem ser resolvidos dessa forma: "seria umreset, formatar de novo o Brasil. Todos os partidos estão envolvidos em corrupção", argumentou Alarcon.
No protesto de São Paulo, um discurso um tanto confuso. "Eu sou federalista, sou a favor da democracia. Só que a gente não tem certeza se a nossa democracia está sendo exercida. Então, sou a favor de que os militares intervenham, não o regime, apenas para convocar novas eleições com voto impresso, para o povo ter garantia de que o voto que ele está dando está indo para quem ele colocou lá. Não é regime militar", disse Walace Silvestre.
Os manifestantes da capital paulista, que tinham expectativa de refazer o percurso da primeira edição do evento – da Praça da República até a Praça da Sé – gritaram, por vezes, "fora, Dilma", e entoaram melodias pedindo a prisão da presidenta e a volta dos militares: "Um, dois, três, quatro, 5 mil, queremos os militares protegendo o Brasil", e "um, dois, três, Dilma no xadrez".

Com informações da Agência Brasil