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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Xiiii... Alguém pirou aqui!!!

Só mesmo no único país que tem jabuticaba em todo o mundo podemos registrar fatos como estes:

* O Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão, pela voz de William Bonner e de Patrícia Poeta, engrossa o coro contra a Copa do Mundo para tentar derrubar a Presidente Dilma... Acontece que a Copa tem por principal parceira da FIFA a própria TV, Globo...

 * Ainda o Jornal Nacional, onde imperava a Senhora do Futebol, dona Fátima Bernardes, agora vê sua ex-apresentadora e mulher do seu editor William Simpson Bonner, anunciando linguiça na telinha.... E isso não tem preço!!!



* O candidato da oposição à Presidência e neto do democrata Tancredo de Almeida Neves, o brilhante representante de Ipanema na Casa Alta do Congresso brasileiro, Aécim das Neves, propõe a intervenção brasileira na Venezuela contra o governo eleito daquele país, numa irresponsabilidade digna de uma verdadeira sara palin tupiniquim

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A propósito desta última nota, Fernando Brito no seu "Tijolaço", publica o seguinte texto: 


Aécio, o Itamaraty não é uma franquia do Departamento de Estado, viu?

 Autor: Fernando Brito
big

Só há uma frase sensata no artigo  de Aécio Neves, hoje, na Folha, sobre a diplomacia brasileira.
A que diz que há “a tradição centenária do Itamaraty, pautada no respeito aos direitos humanos, à defesa da liberdade e da democracia”.
No resto, o artigo inteiro é a negação desta tradição por um homem que pretende ser Presidente da República.
Aécio sugere que o Brasil tenha uma postura agressiva e invasiva da política interna dos países latino-americanos, defendendo que nos intrometamos nas situações internas da Argentina e da Venezuela, o que é um absurdo que nem Fernando Henrique Cardoso fez.
A linguagem de Aécio é totalmente incondizente com a prudência que um aspirante à Chefia de estado de um país como o Brasil tem a obrigação de ter, e é mais adequada aos tipos como  Reinaldo Azevedo:
“Soma-se à vocação autoritária do chavismo uma grave instabilidade econômica, com a maior inflação da América Latina (57%) e a menor taxa de crescimento (1,1%). Arruinado pela má gestão, o país expõe seus cidadãos a uma rotina de escassez de alimentos e de energia.”
Senador, o senhor se recorda que a Venezuela teve eleições livres para a escolha de seu presidente, há apenas dez meses?
E que há dois meses teve novas eleições, municipais, onde o partido de Maduro teve mais votos que seus opositores?
É assim a sua noção de democracia: todo o povo escolhe pelo voto e uma parte dele vai para a rua e derruba o governo eleito?
O senador invoca a “cláusula democrática” do Mercosul, que estaria sendo desrespeitada.  O que diz ela? Que os Estados membros do Mercosul atuarão quando de uma “ruptura da ordem democrática em algum deles”.
Há uma crise política, sim, mas onde a ruptura da ordem? O congresso foi fechado? O exército interveio? A Justiça foi bloqueada em sua ação?
Ou ruptura da ordem democrática é qualquer coisa que ocorra contra um governo eleito que não agrade à direita?
o Governo brasileiro está fazendo o que lhe compete, que é assumir uma postura de defesa do diálogo dentro dos marcos da legalidade.
Há 12 anos atrás, até seu mentor Fernando Henrique, refugou de apoiar o golpe venezuelano, que se serviu das mesmas acusações – que depois se comprovaram falsas – de que milícias chavistas estavam disparando contra marchas de oposição.
Aécio, insano, parece ter feito da histeria sua – péssima – tática de campanha.
Isso fica bem num  pateta udenista, não num candidato a Presidente, mesmo de natureza conservadora.
Se, amanhã, viesse a ser eleito, como se relacionaria com o governo da Venezuela? O que faria de nossos interesses políticos e comerciais naquele país, ou na Argentina?
Eu sugiro que, na política do “vamos conversar”, que O Itamaraty mandasse um de seus diplomatas explicar ao senador que a diplomacia brasileira não tira mais os sapatos aos EUA e também não calça ferraduras ao lidar com nossos vizinhos.
Alguém precisa avisar a ele que não rola mais ne nos EUA a política do “big stick”, tristemente famosa.
Francamente, quando alguém faz José Serra parecer um moderado é que a coisa vai mal…