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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Prudência e caldo de galinha...

Diz velho ditado que prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém... Pois não é que o Fernando Brito hoje usou bem o ditado...

Os componentes a serem visto na pesquisa CNT: o “desejo de ordem” e o “risco-Copa”

cnt

Não é novidade o resultado da “parte eleitoral” da pesquisa CNT/MDA divulgada hoje.

Dilma segue onde estava, isolada numa dianteira que indicaria uma vitória no primeiro turno, com boa margem de folga; Aécio continua conversando com ninguém e Eduardo Campos não existe.

43,7% x 17% X 9,9% não é placar que mostre perigos imediatos a Dilma.

Mas a pesquisa não pode ser tomada – e o pior é que eu acho que está – como fator de imobilização da luta política.

Abaixo do mar tranquilo dos índices dos candidatos, é perceptível a corrente submarina provocada pela mídia com o medo da desordem e a ideia de que a Copa do Mundo é um mau negócio para o país e, portanto, um erro do Governo.

Os estrategistas da campanha de Dilma, como faziam há um ano, antes de junho, recomendam-lhe a submersão.

É, creio, um erro.

Os problemas com a realização da Copa, os reais e os imaginários, estão todos os dias na mídia. Não causarão mais desgaste e à medida em que as obras, atrasadas, vá ficando pronta, tendem a ter uma percepção reduzida.

Idem os conflitos de rua, que não precisam de nenhuma mudança de lei, mas de decisão de enfrentamento político.

O governo, porém, parece ter se fechado numa casca, achando que entre a mídia de direita e a oposição de extrema-esquerda, ambos saem menores.

Em política, ao contrário, sai menor quem fica mudo.

Claro que ninguém sugere que se adote uma linguagem de histeria, muito menos uma de que “tudo vai bem”.

Mas fatalismo é “atitude” perigosa, como o ano de 2013 demonstrou.
Trata-se muito mais do que amainar os apetites desestabilizadores do “mercado”.

Ou esperar que o catastrofismo econômico, ou o foco fechado em pequenos mas turbulentos protestos consolidem a imagem de um país em desordem, desgovernado.

É essencial renovar a certeza de que a mudança não terminou. E, portanto, esgotou-se.

Para ficar claro que ela mal começou, é preciso que aconteça.

E no sentido do que fez o povo brasileiro levar estas forças ao Governo e mantê-lo lá por duas vezes.

Do contrário, talvez se tenha de “correr atrás” dos prejuízos inesperados.

Não esqueçam que a direita, que não tem voto, tem poder, tem mídia e nenhum escrúpulo.