A notícia apenas mostra a quantas anda a submissão dos altos emplumados tucanos a tudo que vem dos seus patrões do North...
Tomado
apenas por um sentimento oposicionista, o senador Aloysio Nunes
Ferreira (PSDB) preferiu a politicagem e optou por defender a postura
dos Estados Unidos a reconhecer a contribuição histórica que a nação
brasileira está dando para a preservação de direitos humanos na
internet.
“Não concordo. Vou votar contra. Não cabe ao Senado
brasileiro, a pretexto de louvar iniciativa da política externa
brasileira, desferir ataque à legislação americana, como se pudéssemos
dar lições aos Estados Unidos”, afirmou.
Tucano adota postura anti-Brasil e se recusa a apoiar combate à espionagem
Resolução conclama os países a respeitar e proteger o direito à privacidade |
Um
curioso episódio de miopia política foi escrito na manhã desta
quinta-feira (28) na Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal
(CRE). Como protagonista, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
teve um acesso do complexo de vira-lata, após o senador Eduardo Suplicy
(PT-SP) apresentar um voto de louvor aos governos do Brasil e da
Alemanha pela aprovação, em comitê da Organização das Nações Unidas
(ONU), do projeto de resolução "O direito à privacidade na era digital",
que põe fim da vigilância eletrônica excessiva.
Suplicy
obervou que se trata de uma “grande vitória da diplomacia” o fato da
proposta brasileira se acatada por consenso. Ele destacou que a
resolução conclama os países a respeitar e proteger o direito à
privacidade, no contexto da comunicação digital, e a tomar medidas para
por fim às violações desse direito, inclusive assegurando que a
legislação nacional pertinente seja condizente com as obrigações
assumidas pelos Estados, no âmbito do direito internacional relativo aos
direitos humanos.
“É
um recado direto aos EUA, cuja legislação interna permite a violação
sistemática do direito à privacidade, principalmente quando se trata de
empresas, governos e cidadãos estrangeiros”, justificou o Eduardo
Suplicy, o requerimento de voto de louvor – mecanismo previsto no
Regimento Interno do Senado, em seu artigo 222, como forma de enaltecer
um acontecimento nacional ou internacional de relevância.
Tomado
apenas por um sentimento oposicionista, o senador Aloysio adotou um
discurso anti-Brasil e optou por defender a postura dos Estados Unidos a
reconhecer a contribuição histórica que a nação brasileira está dando
para a preservação de direitos humanos na internet. “Não concordo. Vou
votar contra. Não cabe ao Senado brasileiro, a pretexto de louvar
iniciativa da política externa brasileira, desferir ataque à legislação
americana, como se pudéssemos dar lições aos Estados Unidos”, afirmou.
A
reação do tucano demonstra uma profunda confusão entre o que é Brasil e
governo petista (ou governo Dilma). Na ONU, não existe um projeto da
presidenta Dilma Rousseff e da chanceler Angela Merkel, mas uma
resolução brasileira e alemã. Portanto, a vitória é dos Estados-Nações
Brasil e Alemanha, e não de Dilma e Merkel.
Votação
A
confusão de Aloysio quase impediu a aprovação do voto de louvor. Além
dele, o colega de partido, Flexa Ribeiro (PA), votou contra o
requerimento; empatando a votação, já que apenas os senadores Eduardo
Suplicy e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) se manifestaram favoráveis. O
voto de minerva teve que partir do presidente da CRE, senador Ricardo
Ferraço (PMDB-ES), porque Eunício Oliveira (PMDB-CE) preferiu se abster.
O
que se assistiu na última sessão da CRE demonstra o quanto a oposição
ainda permanece contaminada pelo sentimento de subserviência que
prevaleceu sobre os brasileiros durante tantos anos, felizmente,
encerrado no governo Lula. O Brasil deixou de ser mais um figurante para
transformar-se, pouco a pouco, em um protagonista altivo no cenário
internacional.