A final qual é a dos blocos negros, os Black-Bloc que vestidos de negro assombram manifestações pelo Brasil, com destaque para o Rio e São Paulo?
Matéria de José Alves Pinheiro no Observatório da Imprensa trata do assunto:
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ECOS DOS PROTESTOS
Black Blocs, modismo ou ameaça?
Por José Alves Pinheiro Junior
Os Black Blocs são apresentados na mídia mundial como uma organização
que poderia ser rotulada como neoanarquista. Neo talvez, mas ainda
afeita aos tradicionais coquetéis molotov. E, como manda o figurino
histórico, manifestando-se com estardalhaço e renovada simbologia
anticapitalista. Daí a preferência por ataques a autosserviços bancários
e a vitrines e fachadas de fast food e marcas e grifes
transnacionais de luxo.
Curiosamente, na semana final de setembro
último, a fotografia de um homem segurando um Big Mac e uma Coca-Cola
sob o vão do Masp, na Avenida Paulista, foi publicada pela Folha de S.Paulo
com intrigante legenda que o identificava como “coordenador de
manifestantes mascarados”. Também multinacionais pelo menos na
nomenclatura, os Black Blocs são uma novidade no Brasil. Mas são
estudados há três décadas por atuação semelhante na Alemanha, Canadá,
Estados Unidos, Turquia, Egito, Grécia, Chile e México. Não nessa ordem,
porém sempre se apresentando como “estudantes, trabalhadores,
desempregados e revoltados” segundo o Manifeste du Carré Noir,
divulgado no Québec, Canadá, em 2012. Um manifesto tipicamente “classe
média burguesa”. E que parece definir a “ideologia” Black Blocs.
A ação sem fronteiras dos Black Blocs não passaria de mera imitação de
jovens rebeldes em busca de um “modismo extra-rock”. Moda esta
desconcertantemente colada a protestos quase sempre autênticos. O que
poderia conferir um desesperado idealismo à atuação deles. Ações que, no
entanto, perderiam a aura romântica ao serem descobertas como
premeditadas. O imbróglio é, assim, sinistro. E tanto mais ao gosto da
mídia em busca de “sensações de primeira página”.
Mas há quem veja no
surgimento dos Black Blocs, país após país, o patrocínio de organismos
apátridas, agências de inteligência e insuspeitadas “reinsurgências de
direita”. Seriam organismos direcionados para implantar o caos em
nações-chave da economia e da política mundiais. Se a suspeita for
suscetível de comprovação – embora peremptoriamente negada na internet
pelos interessados –, então os Black Blocs poderiam ser vistos (e
tratados) como uma ameaça à democracia.
Texto completo em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed767_black_blocs_modismo_ou_ameaca