Páginas

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Tirando a máscara...

A final qual é a dos blocos negros, os Black-Bloc que vestidos de negro assombram manifestações pelo Brasil, com destaque para o Rio e São Paulo? 

Matéria de José Alves Pinheiro no Observatório da Imprensa trata do assunto: 



ECOS DOS PROTESTOS

Black Blocs, modismo ou ameaça?

Por José Alves Pinheiro Junior



Os Black Blocs são apresentados na mídia mundial como uma organização que poderia ser rotulada como neoanarquista. Neo talvez, mas ainda afeita aos tradicionais coquetéis molotov. E, como manda o figurino histórico, manifestando-se com estardalhaço e renovada simbologia anticapitalista. Daí a preferência por ataques a autosserviços bancários e a vitrines e fachadas de fast food e marcas e grifes transnacionais de luxo. 

Curiosamente, na semana final de setembro último, a fotografia de um homem segurando um Big Mac e uma Coca-Cola sob o vão do Masp, na Avenida Paulista, foi publicada pela Folha de S.Paulo com intrigante legenda que o identificava como “coordenador de manifestantes mascarados”. Também multinacionais pelo menos na nomenclatura, os Black Blocs são uma novidade no Brasil. Mas são estudados há três décadas por atuação semelhante na Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Turquia, Egito, Grécia, Chile e México. Não nessa ordem, porém sempre se apresentando como “estudantes, trabalhadores, desempregados e revoltados” segundo o Manifeste du Carré Noir, divulgado no Québec, Canadá, em 2012. Um manifesto tipicamente “classe média burguesa”. E que parece definir a “ideologia” Black Blocs.

A ação sem fronteiras dos Black Blocs não passaria de mera imitação de jovens rebeldes em busca de um “modismo extra-rock”. Moda esta desconcertantemente colada a protestos quase sempre autênticos. O que poderia conferir um desesperado idealismo à atuação deles. Ações que, no entanto, perderiam a aura romântica ao serem descobertas como premeditadas. O imbróglio é, assim, sinistro. E tanto mais ao gosto da mídia em busca de “sensações de primeira página”. 

Mas há quem veja no surgimento dos Black Blocs, país após país, o patrocínio de organismos apátridas, agências de inteligência e insuspeitadas “reinsurgências de direita”. Seriam organismos direcionados para implantar o caos em nações-chave da economia e da política mundiais. Se a suspeita for suscetível de comprovação – embora peremptoriamente negada na internet pelos interessados –, então os Black Blocs poderiam ser vistos (e tratados) como uma ameaça à democracia.

Texto completo em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed767_black_blocs_modismo_ou_ameaca