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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Dilma, viagem e os F-16...

Está emperrado por falta de verba, o chamado Programa FX-2 de reaparelhamento da Força Aérea Brasileira, um plano de troca de aviões de caça avançados que vem dos tempos sofridos do governo Fernando Henrique, passou pelos oito anos de Lula e ainda não se resolveu no governo Dilma em razão da crise econômica mundial. 

Pois não é que um passarinho com ninho bem próximo à Embaixada Americana em Brasília contou-me hoje pela manhã que corre nos bastidores daquele representação que agora tem nova chefia, com a embaixadora Liliana Ayalde - com apoio direto da sua antiga antecessora Donna Hrinak e atual representante da fabricante do F-18  a Boeing no Brasil - estaria costurando um acordo entre os governos brasileiro e americano para um mimo que compense a crise gerada pela espionagem da NSA a nossa presidente do país. 


O tal "mimo" seria o fornecimento pela USAF ao Brasil a baixo custo e como solução-tampão ao FX-2 de três esquadrilhas do F-16 Block 40-42, o  jato Falcon produzido pela General Dynamics / Lockheed Martin.e que estão armazenados no 309th Aerospace Maintenance and Regeneration Group (AMARG) e que poderiam aqui ser modernizados pela Embraer. 

A solução seria o primeiro grande ganho da atitude altiva de Dilma diante dos Estados Unidos suspendendo a visita de Estado de 23 de outubro. 

Como os americanos não são nada bobos, pretendem facilitar as coisas para a substituição das esquadrilhas de caças multiuso pelo Brasil, fornecendo os F-16 a baixo custo e deixando encaminhada a futura encomenda dos F-18 Super-Hornet para daqui a cinco ou dez anos, adiando apenas a decisão final do FX-2. 

Afinal, parece que a suspensão da viagem vai acabar sendo bom negócio para o Brasil e isso é um modo bem especial de fazer política externa, né não?