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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Os neocons de Minas

O senador Aécio Neves apresenta como cacife para sua eventual candidatura à Presidência da República em 2014 um chamado "choque de gestão"ou, como dizem irônicamente, seus adversários, "um xoque de jetão". 

Juiz de Fora é o mais festejado exemplo desse choque de gestão, por governada até o final de 2012 por prefeito do PSDB, o tucano Custódio Mattos. E também a terra natal e base eleitoral do secretário nacional do PSDB, Marcos Pestana, e - pasme-se - do secretário estadual de saúde, Antônio Jorge de Souza. 

Com esse quadro, um dos destaque na edição de hoje do maior jornal local, a "Tribuna de Minas" é bem indicativo do nível do "choque de gestão" dos neocons tucanos,  de Aécio Neves e do governador Anast´azia: 


04 de Abril de 2013 - 06:00

Com mais 442 notificações, cidade atingiria quadro de epidemia da doença

Por Tribuna

Juiz de Fora já contabiliza 1.058 notificações e 862 casos confirmados de dengue, faltando agora somente 442 notificações para atingir um quadro de epidemia. A Secretaria de Saúde avalia que o cenário seja ainda mais crítico que o traçado pelos números divulgados nesta quarta-feira (03), já que, por causa do feriado da Semana Santa, pode ter ocorrido atraso nas notificações. "Os números continuam em ascendência", observa a chefe Departamento de Vigilância Epidemiológica, Mônica Santana. Ela afirma que a quantidade de doentes ainda deve continuar crescendo neste e no próximo mês.

Mônica afirma que a queda das notificações só deve acontecer quando a temperatura baixar, pois o frio desfavorece a proliferação do Aedes aegypti, além de obrigar as pessoas a se agasalharem mais, reduzindo a possibilidade de picadas. Apesar de os números ainda se manterem em ascendência, o coordenador do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Universitário (HU/UFJF), o epidemiologista Evandro Tomasco, descarta a possibilidade de uma epidemia mais grave que a registrada em 2010, quando a cidade teve 9.050 infecções de dengue e 17 mortes. Mônica é mais cautelosa, alegando que não é possível prever se haverá uma epidemia de intensidade similar a de três anos atrás. "Estamos trabalhando para que não seja maior", acrescenta.

O epidemiologista ressalta, porém, que só 10% dos infectados apresentam sintomas da doença. Isso significa que cerca de dez mil pessoas já devem ter sido picadas pelo Aedes aegypti só em Juiz de Fora este ano.