Do: Luis Nassif Online
A modernização da AP ao longo do tempo
Enviado por luisnassif, qui, 04/04/2013 - 19:22
Por ROSE
A Associated Press (AP) foi fundada em 1846. Um século depois...
Sala de Imprensa da Associated Press (AP) em Nova York, 23/04/1948
As antigas máquinas Teletipo da AP:
http://www.newstechzilla.com/2009/04/the-nostalgia-of-the-good-old-days/
http://infocult.typepad.com/infocult/2008/02/a-few-notes-on.html
Mas foi imperioso mudar para acompanhar o mundo.
Vista da redação atual, na sede em NY -
http://www.ap.org/company/overview
Para entrar forte na área de vídeos, uma outra sede - em Londres.
Esta é uma sala de controle mestre recém-construída, projetada para vídeo de alta definição. (AP / Elizabeth Dalziel)
Essa parte dos negócios sob o nome Associated Press Television News - APTN, e envolveu uma corrida tecnológica rumo à alta definição (HD).
http://www.aptn.com/
http://sportsvideo.org/main/blog/2012/04/27/associated-press-moves-to-hd-with-amberfin-icr-standards-converter-system/
Muita história até poder chegar aqui...
http://blog.bambuser.com/2012/09/bambuser-and-ap-cement-citizen-content.html
Comentário de Carlos Alberto Lemes de Andrade:
Boa lembrança esta, Nassif.
No Brasil a The Associated Press funcionou com sua sede inicialmente na Av. Rio Branco nº 12 no Centro do Rio de janeiro e teve maior atuação e destaque nas décadas de sessenta e setenta do século passado, quando sua grande concorrente era a United Press International, a UPI.
A diferença entre as duas agências vinha de sua composição acionária. A AP era uma cooperativa de jornais norte-americanos que a mantinham e deram origem ao seu próprio nome, Imprensa Associada, enquanto que a UPI era uma empresa privada, mais tarde vendida pelos seus controladores e fechada por um financista mexicano. A disputa das duas agências fez o melhor do jornalismo ao longo da maior parte do século 20.
Aqui no Brasil o auge da atuação da AP se deu sobre a Gerência Geral do jornalista Ewaldo Monteiro de Castro, o primeiro native-man a dirigir um escritório da agência na América do Sul.
Nessa época a UPI era dirigida pelo argentino Antônio Schazim assessorado pelo jornalista Luís Menezes. Da AP vieram às bases para a criação da primeira agência noticiosa verdadeiramente nacional e aberta do país, a Agência JB, do Jornal do Brasil, empresa que foi criada por Alberto Dines que conseguiu tirar Ewaldo Castro da AP. A AJB, assim como a AP e UPI, transmitia seu noticiário na década dos setenta através de telegramas, chamados "presses" transmitidos pelos Correios no antigo Telégrafo no velho Paço Imperial da Praça 15 aos jornais que dela eram clientes em todo o Brasil. As teletipos foram implantadas no final da década de setenta, substituindo esse sistema embrionário de telegramas que tinham cotas fixadas para cada um dos usuários (AP, UPI, Ansa, Radiopress, Meridional e AJB).
Dines e Castro, especialmente este último, foram os grandes artífices da entrada do Brasil no mundo da comunicação mais rápida instando a então recém criada Embratel, tirada de uma costela dos Telégrafos do velho DCT (Correios) e transmitindo seu noticiário por micro-ondas às quais foram ligados teletipos do modelo da AP e, posteriomente, outros mais modernos e avançados. Da AP para a AJB também vieram as nossas primeiras máquinas de radiofotos que substituíram o velho sistema de envio de fotos em tamanho 18x14, p&b, em envelopes transportados por cortesia dos passageiros de avião no Santos Dumont, no Rio e apanhados no destino por estafetas dos jornais clientes. Depois as agências e a AP acompanharam a evolução dos meios de comunicação e se modernizaram.
Mas a foto que abre este texto é emblemática dos "desks" da agência entre os quais se sobressaia o Latin-America Desk em Nova Iorque, abastecido em quase 30% do seu noticiário pelo escritório da agência no Brasil.
Foi uma época romântica e maravilhosa de jornalismo autêntico e busca permanente pelo furo jornalístico com frenética corrida contra o tempo.