Destaques do dia:
* Desmentindo toda a falácia de que o setor público é inoperante e só o setor privado pode bem conduzir os rumos de uma Nação, o IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulga dados que mostram exatamente o oposto, derrubando assim a tese tão cara a neoliberais, tucanos e outros que defem o chamado "estado mínimo". Eis a síntese de pronunciamento do IPEA:
O Ipea avaliou a evolução da
diferença de produtividade entre esses dois setores entre 1995 e 2006.
“Em todos os anos pesquisados, a produtividade da administração pública
foi maior do que a registrada no setor privado. E essa diferença foi
sempre superior a 35%”, diz o presidente do instituto, Marcio Pochmann
(foto). “Há muita ideologia e poucos dados nas argumentações de que o
Estado é improdutivo, e os números mostram isso: a produtividade na
administração pública cresceu 1,1% a mais do que o crescimento produtivo
contabilizado no setor privado, durante todo o período analisado”,
acrescenta.
* No afã de condenar por condenar o governo, postando-se na condição de oposição, como pretende a direção do jornal "Folha de S. Paulo", a grande mídia brasileira na verdade aposta no "quanto pior, melhor". Isso concluí texto da Agência carta Maior:
O TEMPO URGE: O PAPEL DA MÍDIA ALTERNATIVADos
50 maiores tapumes de obras de infraestrutura e energia erguidos no
planeta atualmente, 14 estão no Brasil. Enquanto a Europa se liquefaz e
os EUA ainda tropeçam na sua recuperação, dados da Associação
Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção demonstram que
há no país 12.260 obras e investimentos relevantes agendados até 2016.
Em valores, R$ 1,5 trilhão. As taxas de retorno, no caso das licitações
de grandes projetos, foram revisadas para se tornarem mais atraentes.
Onde a coisa emperra então? Na barragem de fogo que fomenta a incerteza
quanto à capacidade do atual governo de implantá-los.O dispositivo
conservador fala à elite e aos investidores em jogral diuturno. A
mensagem é: ‘não se arrisquem agora; se o PT for derrotado em 2014 , as
regras do jogo mudam'. A pregação pela alta dos juros sinaliza um
convite à adesão e o nome da recompensa. À medida em que posterga
prazos e projetos urgentes , a incerteza muda o pano de fundo econômico
da disputa política. É esse manejo psicológico do futuro brasileiro que
dá à mídia em 2014 uma importância ainda mais central do que já teve em
2002, 2006 e 2010. Desengavetar o marco regulatório do setor é
imperativo. Mas talvez não seja mais suficiente. Recorrer aos veículos
alternativos e aos canais públicos talvez não possa mais ser encarado
como a alternativa do desespero. Chegou a hora de cogita-la como a
resposta da sensatez.