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terça-feira, 9 de abril de 2013

Destaques do dia: 

* Desmentindo toda a falácia de que o setor público é inoperante e só o setor privado pode bem conduzir os rumos de uma Nação, o IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulga dados que mostram exatamente o oposto, derrubando assim a tese tão cara a neoliberais, tucanos e outros que defem o chamado "estado mínimo". Eis a síntese de pronunciamento do IPEA: 

O Ipea avaliou a evolução da diferença de produtividade entre esses dois setores entre 1995 e 2006. “Em todos os anos pesquisados, a produtividade da administração pública foi maior do que a registrada no setor privado. E essa diferença foi sempre superior a 35%”, diz o presidente do instituto, Marcio Pochmann (foto). “Há muita ideologia e poucos dados nas argumentações de que o Estado é improdutivo, e os números mostram isso: a produtividade na administração pública cresceu 1,1% a mais do que o crescimento produtivo contabilizado no setor privado, durante todo o período analisado”, acrescenta.

 

 

 * No afã de condenar por condenar o governo, postando-se na condição de oposição, como pretende a direção do jornal "Folha de S. Paulo", a grande mídia brasileira na verdade aposta no "quanto pior, melhor". Isso concluí texto da Agência carta Maior: 

 

              O TEMPO URGE: O PAPEL DA MÍDIA ALTERNATIVADos 50 maiores tapumes de obras de infraestrutura e energia erguidos no planeta atualmente, 14 estão no Brasil. Enquanto a Europa se liquefaz e os  EUA ainda tropeçam na sua recuperação,  dados da Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção demonstram que há no país 12.260 obras e investimentos relevantes agendados até 2016. Em valores, R$ 1,5 trilhão. As taxas de retorno, no caso das licitações de grandes projetos, foram revisadas para se tornarem mais atraentes. Onde a coisa emperra então? Na barragem de fogo que fomenta a incerteza quanto à  capacidade do atual governo de implantá-los.O dispositivo conservador fala à elite e aos investidores em jogral diuturno. A mensagem é: ‘não se arrisquem agora; se o PT for derrotado em 2014 , as regras do jogo mudam'. A pregação pela alta dos juros sinaliza um convite à adesão e o nome da recompensa. À medida  em que  posterga prazos e projetos urgentes , a  incerteza muda o pano de fundo econômico da disputa política. É esse manejo psicológico do futuro brasileiro que dá à mídia em 2014 uma importância ainda mais central do que já teve em 2002, 2006 e 2010. Desengavetar  o marco regulatório do setor é imperativo. Mas talvez não seja mais suficiente. Recorrer aos veículos alternativos e aos canais públicos talvez não possa mais ser encarado como a alternativa do desespero. Chegou a hora de cogita-la como a resposta da sensatez.