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domingo, 21 de julho de 2013

O Terceiro Império...

Sabe quem conhece um pouco de história que o Brasil ao se tornar - pelo menos formalmente independente, constitui-se em Império integrado por Províncias que deram origem aos atuais Estados e à República que o golpe militar de 1889 resolveu instaurar após desterrar o chefe de Estado, titular do II Império, Pedro de Alcântara, o Dom pedro II. 

O que pouca gente sabe é que vivemos agora o III Império e se explica: no regime monárquico que vigorou de 1822 a 1889, a figura do Imperador era inimputável e ele não se poderia atribuir crime ou o submeter a julgamento. 

Na boa Análise do "Tijolaço", vivemos o III Império em que o Imperador são três - Os Irmãos Marinho - também inimputáveis e acima da lei... 

Veja-se só: 

Não somos uma república;

           somos o império da Globo


Não havia, infelizmente, nenhum exagero retórico quando escrevi aqui, há duas semanas, que o Brasil, 124 anos depois do gesto do Marechal Deodoro da Fonseca, ainda não era uma República, onde todos são iguais perante a lei.
A matéria publicada pelo Viomundo – reproduzida aqui pelo Miguel do Rosário – é a prova de que a lei, no Brasil, tem uma exceção.
Esta exceção são Sua Majestade, as Organizações Globo.
Lê-se ali que de todas as empresas que tiveram os processos adulterados ou surrupiados pela servidora da Receita condenada a quatro anos e onze meses de cadeia por corrupção administrativa, apenas uma não está sofrendo ação penal: a Globo.
Justamente a que, dentre elas, apresentava o maior valor sonegado ao Fisco, isto é, ao povo brasileiro.
Sua Majestade é inimputável.
Todos tremem como varas verdes diante dela, a começar pelo arrogante Ministério Público Federal, que não se pejou de divulgar uma nota balbuciante, onde só mostrou “desolação” com a revelação do golpe de sonegação milionário.
Foram precisos sete anos e a intervenção de outra regional – a do Distrito Federal – para que resolvessem “abrir uma investigação” sobre o caso.
E olhe lá se não “pro-forma”, como fez a Folha ao publicar, sem qualquer apuração que fosse além do que os blogs já haviam noticiado, a condenação de Cristina maris Meirick Ribeiro pelo sumiço do processo.
A mídia brasileira é, em ponto muito maior, o mesmo que a servidora-surrupiadora dos papéis da Receita.
Surrupia do conhecimento público o que fez a Globo.
Faz com a verdade o que a Globo faz com os impostos.
Sonega.
 

Por: Fernando Brito