Por
puro corporativismo, muita insensibilidade e demonstração explícita de
mercantilização da medicina, esses profissionais atacam providências que
em pouco ou quase nada alterarão suas atividades e seus ganhos e dizem
apenas da necessidade de suprir falhas existentes em rincões onde a
quase totalidade desses manifestantes jamais poriam os pés ou seus
estetoscópios e jalecos.
A
reação popular começa a se moldar para encarar a figura do médico -
profissional que deve ser respeitado pelo seu importante papel na vida e
morte de cada um de nós - na condição de inimigo público por seu
mercenarismo. Isso pode ser notado pela reação que hoje assistimos de um
feirante de uma cidade pequena do interior aqui das Geraes.
O
feirante, diante das notícias de que médicos protestavam em todo o país
contra a abertura de vagas para profissionais do exterior e vetos do
Aro Médico que impede diagnósticos até de psicólogos e fisioterapeutas,
afirmava em alto e bom som, em sua linguagem simples, para que se
aproximava de sua minúsculo comércio: "Essa gente só pensa em
dinheiro, não pensa mais em salvar vidas. Cada médico que vier pra cá
vai impedir que os médicos da cidade grande ganhem mais com a gripe que
virou pneumonia ou a dor de barriga que leva a abrir o ventre e cobrar
mais caro."
Para
o povo, não vale a observação de que "falta estrutura" na invocação
equivocada e falaciosa de que médico onde não tem esparadrapo é absurdo.
na verdade falta esparadrapo por que onde não há médico não há
necessidade de se ter esparadrapo, mesa cirúrgica, pinça, bisturi e
estetoscópio...
Será que a imagem de médicos vai mudar a ponto de confundir nossos profissionais com mascarados a fim de tomar de assalto o dinheiro de quem o tem e deixar à mingua quem não o possui.... Isso é revoltante!!!
É só comparar, pois hoje, as notícias foram estas duas:
ONU solta comunicado atestando a coerência do Programa Mais Médicos
Jornal GGN
***- Segundo comunicado da Organização Pan-Americana da Saúde da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), no Brasil, o Programa Mais Médicos, do governo federal, está em conformidade com as recomendações da organização em questões de saúde para a população. No texto, a informação de que a OPAS/OMS acompanha os debates e “vê com entusiasmo o recente pronunciamento do governo brasileiro sobre o Programa ‘Mais Médicos’”, lembrando que a média nacional de médico/habitantes é muito abaixo do ideal. O comunicado termina com a afirmação de que “em longo prazo, a prática dos graduandos em medicina, por dois anos no sistema público de saúde, deve garantir, juntamente com o crescimento do sistema e outras medidas, maior equidade no SUS”.Leia abaixo o comunicado da ONUPrograma Mais Médicos é coerente com recomendações da Organização Pan-Americana da Saúde23 de julho de 2013A Organização Pan-Americana da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil informou que está acompanhando do debates nacionais sobre como fortalecer a atenção básica e primária de saúde no Brasil. A OPAS/OMS vem trabalhando com atores nacionais para dar seus aportes e vê com entusiasmo o recente pronunciamento do Governo brasileiro sobre o Programa “Mais Médicos”.Segundo a OPAS/OMS, essas últimas medidas guardam coerência com resoluções e recomendações da Organização sobre cobertura universal em saúde, fortalecimento da atenção básica e primária no setor saúde equidade na atenção à saúde da população. O Programa também está direcionado a construir uma maior equidade nos benefícios que toda a população recebe do Sistema Único de Saúde (SUS).O Brasil apresenta uma média de médicos com relação a sua população menor que a média regional e a de países com sistemas de referência, tanto nas Américas como em outras regiões do mundo. Para a Organização, são corretas as medidas de levar médicos, em curto prazo, para comunidades afastadas e de criar, em médio prazo, novas faculdades de medicina e ampliar a matrícula de estudantes de regiões mais deficientes, assim como o numero de residências médicas. Países que têm os mesmos problemas e preocupações do Brasil estão colhendo resultados da implementação dessas medidas.A OPAS/OMS afirma que, em longo prazo, a prática dos graduandos em medicina, por dois anos no sistema público de saúde, deve garantir, juntamente com o crescimento do sistema e outras medidas, maior equidade no SUS.
Contra programa, médicos param em vários estados
BRASIL 247 - Profissionais de mais de 10 estados paralisaram nesta terça-feira o atendimento em hospitais da rede pública em manifestação contra o Programa Mais Médicos e os vetos ao projeto de lei que regulamenta a medicina, conhecido como Ato Médico; atendimento a casos de urgência e emergência está mantido, segundo sindicatos da categoria; em alguns estados, os profissionais participaram de atos públicos