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sábado, 13 de julho de 2013

Fala quem sabe...


Marcos Coimbra se tornou referência obrigatória da análise política atual pelos seus artigos sempre bem fundamentados e de conteúdo mais liberal que a maioria dos nossos "comentaristas" ou aquilo que Paulo Henrique Amorim do "Conversa Afiada" chama de colonistas... 

Na Carta Capital, Marcos Coimbra publicou mais uma sua análise intitulada "Quem topa a aventura" da qual tiramos o seguinte trecho: 





Nossa vida política é curiosa. No segundo mandato de FHC, o país ficou em sobressalto permanente: uma crise cambial aguda, trocas atabalhoadas de presidentes do Banco Central, denúncias de que autoridades econômicas passaram informações a bancos particulares, a ameaça de um calamitoso apagão elétrico, a inflação voltando a ser voraz. Tudo em um governo suspeito de ter comprado votos na Câmara de Deputados para conseguir permanecer no poder. Onde estava a “grande mídia”? O que escreveram os colunistas que hoje se proclamam indignados? Onde estavam os ministros da Suprema Corte? E a Procuradoria-Geral da República? E a classe média “manifestante”?

Quietos e calados.

No fundo, tudo o que querem, desde quando começaram a gritar de um ano para cá, é derrotar o “lulopetismo”. Mas não sabem dosar a munição. Atingem o conjunto do sistema político e abrem o caminho para aventuras de alto risco. Resta-nos lembrar que a maioria do eleitorado brasileiro até finge que vota em gente que não é do ramo. Quem não se recorda da dianteira de Celso Russomano na eleição municipal de São Paulo, em 2012? Ou de Ratinho Junior em Curitiba? Mas quem foi que ganhou nas duas cidades?

Na hora de escolher alguém para um cargo executivo importante, o eleitor pensa com seriedade. A menos que o impeçam, é o que fará em 2014.

“Vou ganhar essa eleição sem precisar trabalhar muito” (De Aécio Neves, provocando risos em um grupo de tucanos. Não se sabe se riam de prazer ou de ironia).