Quando trabalhava na editoria de jornais diários em Juiz de Fora, numa herança vinda do meu tempo no JB quando escrevia meus textos nas laudas impressas com marcação de espaços e linhas em verde, eu tinha uma máquina de escrever Facit a que apelidei "Ingrid" por sua origem, sueca e robustez feita lá mesmo em JF, neste chão mineiro...
A saudade da Ingrid é tanta que meu computador tem um programinha que imita som de máquina de escrever - o typewriter sound - e, por isso, hoje me deparei com um texto originário do inefável "O Globo", bastante curioso, mostrando na ilustração uma Olivetti Linea 98 que concorria nas redações do JB, da UPI e até no Diário Mercantil e na Tribuna lá em Juiz de Fora com as Remingtons a preferência dos jornalistas no período pré-computador.
Pela atualidade, vale o registro:
Serviço Federal de Proteção russo comprou ao menos 20 máquinas, diz jornal local
MOSCOU – O serviço secreto russo vai voltar a utilizar a máquina de escrever para evitar que informações confidenciais sejam espionadas, informou nesta quinta-feira o jornal russo “Isvestiya”. Segundo o diário, ao menos 20 máquinas foram compradas pelo Serviço Federal de Proteção (FSO, na sigla em inglês), que já reservou locais sem acesso eletrônico para escrever e guardar papéis com dados secretos.
Em entrevista ao jornal, o ex-chefe dos serviços secretos internos da FSB, Nikolai Kovalyov, disse que é comum o armazenamento de documentos secretos escritos a mão. Cada Triumph-Adler Twen 180 – o tipo preferido de máquinas de escrever do governo russo – tem seu próprio registro para que cada papel esteja relacionado a uma máquina específica.
O porta-voz do FSO, Serguei Devyatov, acrescentou que a Rússia continua a usar antigas conexões telefônicas à prova de escutas para conversas secretas entre lideranças de países. O uso de máquinas de escrever também se estende ao Ministério da Defesa e o Ministério de Proteção Civil, segundo o jornal.
FONTE: O Globo