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terça-feira, 4 de junho de 2013

Quem diz é o "Le Monde"...

No registro do Wikipédia, o Le Monde "é o jornal francês de maior prestígio internacional. Variedade de informações e articulistas respeitados além de uma postura política “independente” fazem a essência de um jornal de estilo sóbrio".

Pois não é que esse jornal - repita-se o diário francês de maior prestígio no mundo - registra em suas páginas dados importantes da história recente do Brasil, o que parece estar sendo esquecida por nós brasileiros. Com o título "Brasil cada vez maior", matéria assinada por Renaud Lambert o jornal afirma: 

  



O presidente Fernando Henrique Cardoso (1994-2002) aplicou todos os meios e recursos de seus dois mandatos para que o Brasil realizasse o sonho dos EUA: uma grande Área de Livre Comércio das Américas (FTAA (ing.); ALCA (esp., port.), que iria do Alasca à Terra do Fogo.  Mas o empenho neoliberal de Cardoso assustou a franja industrial da burguesia brasileira. A política dos “tucanos” [como são conhecidos no Brasil os políticos do Partido da Social-Democracia Brasileira, PSDB], de abrir o mercado brasileiro sem qualquer restrição, afogou o país num tsunami de produtos importados e levou a uma onda de falências [e consequentes fusões, em que centenas de empresas faliram ou foram vendidas e compradas na bacia das almas, com ganhos estratosféricos para alguns dos envolvidos e correspondente perda para outros, em processo até hoje ainda obscuro].  E a onda de privatizações foi tão avassaladora no Brasil, que levou até a revista Veja, neoliberal, a publicar que “A história do capitalismo conheceu poucas ondas tão intensas de transferências de controle de empresas, como a que se vê hoje, em tão curto período de tempo”. 

O setor financeiro prosperou, mas a poderosa Federação das Indústrias doEstado de São Paulo (Fiesp) passou a temer o pior.  Em 2002 a FIESP produziuestudo em que analisou o provável impacto da ALCA sobre a economia brasileira.
 O estudo confirmou “o que muitos empresários temiam”: que aquele acordo de livre comércio traria “mais riscos que vantagens para a economia brasileira”. Nas eleições presidenciais de 2002, o grande empresariado brasileiro apoiou um ex-metalúrgico, Luiz Inácio Lula da Silva, que cuidou de fazer naufragar as negociações com os EUA, desde o primeiro momento de seu governo. A própria FIESP – que se mantivera em silêncio durante as discussões sobre a ALCA, nem por isso teve papel menos decisivo para fazer naufragar aquele projeto.


Texto completo em:  http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/relacoes-do-brasil-com-os-eua-e-a-integracao-regional