Veio a cavalo....
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Tão logo o ministro Joaquim Barbosa surgiu "queridinho" da grande mídia conservadora e da classe média deslumbrada, muitos previram - e agora se vê acertadamente - que os jornalões e revistinhas o usariam até esgotar seus interesses e depois o moeriam como carne de segunda a ser dada ao populacho.
A primeira prova escrita dessa avaliação está hoje nas páginas de O Globo e da Folha de S. Paulo na coluna compartilhada pelos dois órgãos da oposição brasileira sob a assinatura do jornalista ítalo-tucano Elio Gaspari, uma das mais festejadas penas da direita brasileira - da qual separamos trecho abaixo.
Pelo visto a moedura começou em grande estilo...
"Na semana passada ele(o ministro Joaquim Barbosa) expôs mais uma verdade: "Nós temos partidos de mentirinha". Bingo. Mas onde estava o ministro no dia 7 de dezembro de 2006, quando o Supremo Tribunal Federal derrubou a cláusula de barreira para partidos que não tem votos? De licença.
Estando de licença, por conhecidos motivos de saúde, Barbosa fez 19 viagens para o Rio, São Paulo, Salvador e Fortaleza, com passagens aéreas pagas pela Viúva. Os ministros do STF ganham R$ 28 mil mensais, mais carro, motorista e bolsa viagem. Seus similares da Corte Suprema americana ganham o equivalente a R$ 35,6 mil, sem mais nada. Passagens? Nem de ônibus. A Viúva paga até mesmo as viagens ao exterior (na primeira classe) das mulheres de ministros. Ricardo Lewandowski é homem de boa fortuna familiar. Gilmar Mendes é casado com uma advogada que trabalha num poderoso escritório de advocacia, onde ganha bem. Nada de ilegal. Tudo de acordo com as leis dos bacharéis que dão até R$ 15 mil mensais a sete garçons do Senado.
Quando a repórter Luciana Verdolin perguntou a Barbosa, como presidente da Casa, sobre o que ele achava da questão, ouviu: "Eu não quero falar sobre esse assunto. Eu não li a matéria. Essa matéria é do seu conhecimento. Não é do meu".
A reportagem podia não ser do seu conhecimento, mas a despesa era. O desempenho de Barbosa tratando dos temas que escolhe é um refrigério. Já sua atitude diante de perguntas estranhas à sua agenda é antropologicamente bacharelesca."
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